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A Bela e a Fera

publicado em:17/02/12 12:58 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Nos últimos anos, o gênero de animação tem alcançado um pico criativo notável, com suas obras quase que, anualmente, sendo listadas entre os melhores filmes produzidos naquele determinado ano. A consistência desse gênero cinematográfico é tanta que até mesmo eles ganharam uma categoria própria no prêmio mais importante da indústria: o Oscar. Entretanto, por incrível que pareça, especialmente se formos analisar a história deste gênero cinematográfico, o primeiro longa nesse estilo a receber uma indicação na categoria mais importante da noite mais célebre do cinema, a de Melhor Filme, foi “A Bela e a Fera”, dos diretores Gary Trousdale e Kirk Wise, que, em 1992, recebeu seis indicações ao Oscar, das quais venceu duas.

Assim como fez no ano passado, quando relançou “O Rei Leão” e “O Rei Leão 2” em apresentações especiais na tecnologia 3D, a Walt Disney Pictures faz a mesma coisa, em 2012, portanto, 21 anos após seu lançamento, com “A Bela e a Fera”. Há que se aplaudir, diga-se de passagem, essa decisão da Disney de relançar alguns de seus clássicos, especialmente porque existe toda uma nova audiência de crianças e pré-adolescentes a serem conquistadas e, verdade seja dita, vistos tantos anos depois de seus lançamentos originais, a gente percebe que estas são histórias que não envelhecem e este é o melhor tributo que podemos prestar a estes filmes, que marcaram a infância de tantas pessoas, como eu, por exemplo.

“A Bela e a Fera” é a adaptação livre de um famoso conto de fadas francês. No roteiro imaginado por Linda Woolverton, um príncipe meio insolente e vaidoso se recusa a dar abrigo a uma velha senhora, num dia de muita chuva. Como castigo, ela aplica um feitiço nele e faz com que ele se transforme numa fera assustadora. Esse feitiço só seria revertido se o tal príncipe amasse alguém de verdade e fosse retribuído – no período de tempo em que uma rosa que ela deixou com ele brotasse e, posteriormente, murchasse. Neste sentido, a animação tem uma mensagem das mais bonitas, pois reforça a importância de se saber apreciar a beleza interior, ao invés da valorização excessiva da superficialidade da beleza externa, que foi justamente o motivo pelo qual o príncipe decidiu não abrigar a velha senhora naquele dia de chuva.

Para amar um ser como a Fera, seria necessário alguém especial, alguém que tivesse a mente aberta e que não fosse uma típica garota. É aqui que entra Bela, uma jovem filha de um inventor, que mora numa pequena aldeia. Bela é uma jovem que foge do comum para as garotas de sua idade. Interessada em leitura, em viver aventuras diferentes, ela não irá se contentar com um casamento com o cara mais bonito da aldeia (Gastón) e uma vida calma e pacata que ela já conhece. O caráter peculiar – e forte – dela está provado na cena em que ela se oferece pra trocar de posição com o pai, que havia sido feito prisioneiro pela Fera, depois de “invadir” o castelo em que ele morava. E é esse encontro o momento definidor deste filme.

“A Bela e a Fera” é, provavelmente, a minha animação favorita. Gosto de histórias românticas e me identifico muito com a Bela. Talvez, por isso, seja um longa tão marcante pra mim. Ter a chance de conferi-lo pela primeira vez, no cinema, por meio desse relançamento, foi uma das experiências mais especiais que eu já tive em relação à sétima arte. Quanto à tecnologia 3D, no filme, ela existe mesmo? Não dá para se notar nada de diferente na versão que está sendo apresentada agora, a não ser pela presença de uma cena inédita, que eles chamaram de “Humano Outra Vez”. No mais, somente a grande alegria de ver as crianças presentes na sessão em que eu assisti a esta animação aplaudindo efusivamente ao final do filme. Acho que esse é o melhor retorno, né?

Cotação: 10,0

A Bela e a Fera 3D (Beauty and the Beast, 1991)
Direção: Gary Trousdale e Kirk Wise
Roteiro: Linda Woolverton (com base na história de Roger Allers, Brenda Chapman, Burny Mattinson, Brian Pimental, Joe Ranft, Kelly Asbury, Chris Sanders, Kevin Harkey, Bruce Woolside, Tom Ellery e Robert Lence; e no conto de fadas escrito por Jeanne-Marie Leprince de Beaumont)
Com as vozes de: Paige O`Hara, Robby Benson, Richard White, Jerry Orbach, Angela Lansbury,  Brian Cummings
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O blog vai dar um parada neste Carnaval para um merecido descanso. Voltamos com as postagens no dia 23 de fevereiro. Até lá e um ótimo Carnaval pra todo mundo!



Jornalista e Publicitária


Comentários


Kamila, A Bela e a Fera não é meu favorito , mas foi a partir dele que comecei a prestar atenção nas melodias de Celine Dion. Se eu não me engano, a canção deste filme foi a primeira de muitas indicadas, cantadas pela artista, pela qual tenho muita admiração.

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João, pois é. Nesses casos, não tem preço. É tudo especial demais!

Flávio, sim, acho que você está certo em relação à Celine Dion.

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Acho que esse é um dos melhores textos que você já postou aqui no blog! Ok, sou suspeito para falar do filme, já que sou fã incondicional de “A Bela e a Fera”. Mas fico feliz de ver que ainda existem crianças que sabem apreciar uma animação de qualidade, que não apela para o vulgar ou a violência. Aplausos merecidos! E a nota dez também!

Abraços!

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Clóvis, obrigada! Eu também sou suspeita pra falar desse filme, porque é um dos meus favoritos. Eu concordo que todos os aplausos para esse filme são totalmente merecidos. Abraços!

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Este foi um dos primeiros filmes que vi no cinema! Só por isso já é marcante para mim… preciso rever um dia. E a ideia de relançar os clássicos é mesmo ótima.

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Assim como vc Kamila, eu tb acho A Bela e a Fera uma das melhores animações da historia e seu comentario me fez ficar com vontade de assisti-lo no cinema.

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Acho que o retorno ao cinema vale pela remoção de rever esse clássico na tela grande. Para muitos, ver pela primeira vez. O 3D, aqui, é um enfeite.

Justíssima indicação ao Oscar de melhor filme A bela e a fera recebeu. Inscreveu definitivamente esse clássico Disney na galeria dos grandes filmes da história. E justíssima nota 10 tb.
Bjs e bom carnaval

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Bruno, eu sou apaixonada por esse filme, mas foi a primeira vez que eu assisti à obra no cinema. Foi uma experiência especial, como eu mesma disse no texto. Também acho bacana a iniciativa de relançar esses clássicos.

Cleber, sim! 🙂

Pablo, assista! 🙂

Reinaldo, se comigo, que assisti a esse filme, pela primeira vez, em VHS, eu fiquei super emocionada de conferir “A Bela e a Fera” na grande tela; imagino a emoção de quem assistiu ao filme em seu lançamento original, nos cinemas… Deve ter sido demais! 🙂 Sim, o 3D é somente um enfeite. Pela magia da história, eu também acho justa a indicação ao Oscar de Melhor Filme pra essa animação. E concordo mais ainda quando você diz que esse clássico é um dos melhores da história. Beijos e bom Carnaval pra você também!

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Você sabe da paixão que eu tenho por essa animação e contei no face o pq é uma obra importante para mim.ótimo carnaval pra ti tbm e se prepara que vamos falar muito da cerimonia do Oscar semana que vem.

Beijos!

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Parabens pelo texto, ficou bem legal. Pensei que seria sobre esse filme novo com a Hughens..rs. Não sou um entusiasta Disney, mas há de se afirmar que esse é dos mais marcantes.

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É realmente um belo trabalho da Disney.

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Paulo, obrigada! E agora é voltar as postagens normais porque tem Oscar domingo!! Beijos!

Celo, obrigada! Ainda não assisti ao filme com a Vanessa Hudgens e, pra ser bem sincera, não é a minha prioridade no momento! rsrsrs

João, um belíssimo trabalho, eu diria!

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Minha animação preferida (ao lado de “O Rei Leão”) que conta com uma trilha sonora do mais autêntico estilo Disney de ser.

Beijos

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Kamila, não tenho muito interesse em ver esses relançamentos que viraram moda agora, especialmente porque o 3D de “O Rei Leão” em nada me impressionou… Só vejo mesmo por causa do filme em si (como será o caso de “Titanic”, que não vi no cinema, e aguardo ansiosamente). Não lembro direito de “A Bela e a Fera”, o que também não me motiva muito. Talvez dê uma chance em dvd =)

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É uma animação incrível mesmo, merece todos os aplausos e destaques. Pena que na minha sessão não teve tanto entusiasmo, tinha um guri chato que não parava quieto, hehe. Mas, não tirou o brilho do filme.

Quanto ao 3D, tem, discreto, mas tem, em vários momentos, eles incluem objetos na frente da tela para vermos a profundidade do cenário, mas não é nada que mude nossa vida mesmo. hehe.

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Brenno, também é a minha animação favorita. Beijos!

Matheus, eu tenho, especialmente porque não tive a chance de conferir aos lançamentos originais no cinema. Acho esse tipo de relançamento muito bom, especialmente porque tem sempre uma nova platéia ser conquistada. Você não assistiu a “Titanic” no cinema? CARAMBA! Eu estou em dúvida se eu vou assistir a esse relançamento porque eu ODEIO “Titanic”. Não sei se tenho saco pra conferir de novo.

Amanda, exatamente. Esse é o tipo de filme que merece mesmo todos os aplausos possíveis. Eu fiquei muito feliz de ver a reação na sessão que acompanhei.

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Esse filme não é só um clássico: é o clássico mais lindo, com músicas mais bem-escritas e com a história mais sensacional que a Disney já fez! 🙂

Só é filme de criança porque criança é pessoa, porque é filme pra todo mundo!

(sim, sou uma entusiasta. sim, amo esse filme. hahaha)

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Também é minha animação favorita! Acho que todos os elementos pessoais que também cercam esse filme, para mim o torna ainda mais mágico.

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Mari, concordo totalmente!!! É um filme de linguagem universal. Todo mundo adora. Acho, inclusive, muito chato reduzir os filmes de animação a filmes infantis. Poxa, todo mundo aprecia esse gênero.

Luís, exatamente. Este é um filme mágico!

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Queria muito ter levado minha irmã para rever este em 3D, mas não deu. É uma das minhas animações preferidas e seu texto diz tudo.

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Wally, eu queria ter levado minha sobrinha e meus irmãos para assistir no cinema, mas não deu. Pelo menos, já assisti com eles aqui em casa. 🙂

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Já vi esse filme centenas de vezes. Não só eu amo, mas minha sobrinha também, me forçando a assistir toda vez com ela. hahaha
Uma pena que não veio em 3D pra Goiânia, assim como O Rei Leão. Já Toy Story veio e eu vi, me apaixonei! Acho bacana essa iniciativa da Disney, por mais que haja um motivo muito mais comercial do que artístico por trás disso!

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Júlio, eu também amo esse filme profundamente. Agradeço até esses relançamentos da Disney, que me permite assistir a esses filmes no cinema, pela primeira vez!

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