A Era do Gelo 4
De cara, você já pode encontrar um ponto extremamente positivo na animação “A Era do Gelo 4”, dos diretores Steve Martino e Mike Thurmeier: se, nos filmes anteriores da série, o esquilo Scrat e sua gula pela noz que ele, insistentemente, persegue de forma desastrosa, era uma subtrama quase que independente da trama principal; agora não. A jornada dele em busca da sua noz é que dá origem ao cataclismo que ocasiona um movimento de placas continentais que, justamente, dá princípio à trama principal deste longa.
Este movimento de placas continentais tem proporções tão altas que faz com que o bando de Manny (dublado por Ray Romano na versão original), Diego (dublado por Denis Leary na versão original), Sid (dublado por John Leguizamo na versão original) e Ellie (dublada por Queen Latifah na versão original) se separe. Enquanto, os três homens do grupo vão para um lado, Ellie a filha dele com Manny, Amora (dublada por Keke Palmer na versão original), vão para outro. Como se pode perceber, a situação é ainda mais difícil para o javali Manny, por causa dessa situação familiar e do agravamento advindo do fato de que ele e Amora tinham acabado de ter uma briga feia por causa do instinto do pai de querer proteger sua filha.
Portanto, “A Era do Gelo 4” aborda, principalmente, a luta desses personagens pela vida, ao mesmo tempo que eles tentam encontrar uma forma de se reencontrarem. O longa, nesse sentido, tem um lado otimista de esperança, de altruísmo e de coragem, além de mostrar a possibilidade de expansão desse bando com a introdução de novos personagens que acrescentam positivamente ao longa, como a leoa que faz parte de um bando de piratas que entra no caminho de Manny, Sid e Diego – ao contrário, por exemplo, do caso da avó de Sid, que é irritante demais.
Por mais que tenha alguns bons momentos, “A Era do Gelo 4” peca pela irregularidade. A verdade é que um filme como esse tem a importante qualidade de fomentar a consciência ecologicamente correta das crianças ao mostrar uma série de problemas ambientais que são diretamente causados pelo homem. Nesta quarta parte, é importante mencionar, este mote foi perdido para privilegiar o enfoque de valores familiares. É uma mudança narrativa que, talvez, seja necessária a uma franquia que precisava de uma mexida como essa. Mas, pelo visto, as transformações, pelo menos neste quarto filme, não surtiram os efeitos desejados.
A Era do Gelo 4 (Ice Age: Continental Drift, 2012)
Direção: Steve Martino e Mike Thurmeier
Roteiro: Michael Berg e Jason Fuchs
Com as vozes de: Aziz Ansari, Joy Behar, Peter Dinklage, Queen Latifah, Denis Leary, John Leguizamo, Jennifer Lopez, Nicki Minaj, Heather Morris, Keke Palmer, Simon Pegg, Ray Romano, Seann William Scott, Patrick Stewart, Wanda Syke
Gostei da “Era do Gelo” 2 e 3 (o primeiro eu não assisti),mas o terceiro já demostrava que a franquia não tinha muita história para desenvolver.Verei o quarto.Bjs.
Kamila,ano passado vc publicou os palpites para o Oscar e adoro comentar(e ler) sobre a festa mais importante do cinema.Um semestre do ano já passou e não temos favoritos até aqui(mais o filmes que badalaram em Cannes como o de Haneke).Tem previsão para publicar os palpites?
Ainda não vi esse capítulo, mas pelas muitas críticas que li (a maioria não muito animadoras), deixarei pra ver esse em DVD ou quando sair no Telecine. Abraço, Kamila 🙂
Paulo, esse filme é o mais fraco dessa série. Ainda não tenho previsão para publicar meus palpites pro Oscar 2013. Até está cedo pra isso.
Jeniss, é melhor esperar pelo DVD ou pela TV por assinatura mesmo. Abraço!
Verdade, Scrat como responsável pelas grandes mudanças geográficas da humanidade é o ponto forte do filme, tanto do plot inicial quanto daquela resolução engraçada, hehe. Já A Era do Gelo, acho que desgastou, concordo com você em relação a importância da questão ecológica, da lição para as crianças, até da construção histórica de uma forma positiva. Mas, as tramas parecem não ter razão de ser, apelam para tudo… Enfim…
Eu já esperava mesmo uma queda acentuada no nível da franquia. Agora, acho que o foco nos valores familiares estiveram sempre presentes. Desde o primeiro filme. Enfim, de qualquer jeito, gostei do novo gadget do blog para classificação de “estrelinhas” dos filmes.
bjs
Amanda, a franquia desgastou mesmo. Espero que tenha sido o último longa da série, porque não dá mais. A trama nem linearidade tem…
Reinaldo, mas essa queda vem de longo tempo… Que bom que gostou do novo sistema de classificação de estrelinhas do blog. Beijos!
Acredito que a dublagem brasileira também não tem o que podemos dizer, aquele atrativo.
Uma pena por que o terceiro de longe é o melhor … e sim, as estrelas são lindas, melhor ainda para quem conhece sua pessoa e seu estilo. Beijos.
João, sim, não teve qualquer atrativo, mas esse filme em si não tem nenhum atrativo, vamos falar a verdade. Beijos! Obrigada! 🙂
Não gosto nem um pouco da franquia “A Era do Gelo” (veja só, me recordo até hoje do dia que vi o primeiro filme na escola, quando ainda estava no ginásio). Por outro lado, admito que o terceiro episódio me divertiu relativamente, me fazendo criar até mesmo um pouco de esperança quanto a esse quarto episódio. Mas não é um filme que consigo me entusiasmar para ver na tela grande.
Alex, eu não tenho muita afeição por essa franquia. Acho que só guardo boas lembranças mesmo do primeiro filme, que é o que eu mais gosto. Acho que essa quarta parte deve ser vista em casa mesmo, por ser meio decepcionante.
Não achei o filme fraco, é super divertido principalmente quando trata da divisão dos continentes como se fosse feita pelo Scrat, que dá todo o enredo do filme. Como em todos os outros falam da boa amizade, com as diferenças. Também estão mostrando a velhice e a importância da família. O que é mais importante para qualquer faixa etária? Se isso é ser fraco não sei o que é o ser forte.
Ana Flávia, o filme tem seus momentos engraçados, mas é fraco, sim. Eu acho a mensagem do longa importante e esse enfoque nos valores familiares é típico dos filmes de animação, mas aqui o foco foi sempre a questão ecológica.