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Cena da Semana

publicado em:17/02/13 10:50 PM por: Kamila Azevedo Cena da Semana

(Amor [2012] – diretor: Michael Haneke)

Produção escrita e dirigida por Michael Haneke, “Amor” é uma obra tão rica, do ponto de vista temático e cinematográfico, que renderia algumas horas de discussão. Essa cena do pombo entrando no apartamento do casal Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), por exemplo, é cheia de simbolismos que nos ajudam a tentar compreender um pouco do final aberto proposto pelo diretor austríaco ao seu filme. Poderíamos também fazer um post inteiro e longo somente sobre essa cena, mas ela já é tão contundente e fala tanto por si mesma que acrescentar qualquer coisa à poesia das imagens orquestradas por Michael Haneke não vai fazer jus à beleza desta cena, em particular.

Sem dúvida alguma, “Amor” é um dos filmes mais fortes e emocionantes de 2013. E nosso favorito, por enquanto, dentre os nove filmes indicados ao Oscar 2013 da categoria.



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Jornalista e Publicitária


Comentários


SPOILERS!

Kamila,Esse filme é maravilhoso e você escolheu uma ótima cena que como você disse é cheia de simbolismo.A cada filme Michael Haneke reafirma sua excelência de grande autor e foi devidamente reconhecido pela AMPAS.Georges(Jean-Louis Tringnant)não suporta ver sua companheira se deteriorar aos poucos.É dolorido e triste tudo aquilo e a cena do pombo vai muito além de um mero cheiro de carniça de um corpo e pode ser um painel do estado de Georges após a morte da esposa.Preso e acuado em um mundo com poucas possibilidades.Kamila,é uma obra que suscita várias discussões e pontos de vista.O final não é tão aberto quanto de “Cachê”(até aqui meu favorito de Haneke).Vamos falar desse filme domingo que vem,porque ele provavelmente ganha o Oscar de filme estrangeiro.

Bom final de semana!

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Pra mim, essa cena é o simbolismo de se libertar do sofrimento. Não só nesta parte, mas até pela atitude dele em cenas antes dessa. Um baita filme!

Beijos e uma ótima semana! 😉

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Paulo, não só Georges, como a Anne estavam presos em um mundo sem muitas possibilidades. Iremos falar sobre este filme várias vezes nesta semana. Teremos a resenha crítica dele aqui e também as previsões pro Oscar 2013, na sexta-feira.

Matheus, “Amor” também ainda está comigo. É um filme muito realista e forte. Um excelente trabalho mesmo do Michael Haneke.

Mayara, não diria que é o simbolismo de se libertar do sofrimento, mas é o símbolo de que o Georges também estava se deteriorando, se perdendo a cada dia, assim como a Anne. Um excelente filme mesmo! Obrigada e uma ótima semana para você também!

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Realmente, é uma cena chave e cheia de simbolismo como você apontou. Grande filme que adoraria ver vencedor do Osca esse ano (na categoria principal), mas acho que vamos ter que nos contentar com o prêmio de filme estrangeiro mesmo.

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Amanda, exatamente. Eu também espero que vença o Oscar 2013 de Melhor Filme, mas acho que só vai rolar mesmo o de Melhor Filme Estrangeiro e, quem sabe, Melhor Atriz para a Emmanuelle Riva.

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Até que enfim você assistiu o filme Kamila! Já o vi mais de 5 vezes, viciei, não canso.

E acho que ele pode surpreender e levar a estatueta de Melhor Filme, já que com tantas indicações (considerando que é estrangeiro), a Academia mostrou um amor diferenciado por ele.

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Flor, seu texto está excelente, parabéns mais uma vez! Esse filme traz uma das faces do amor bem representada com uma emotividade tamanha possível de ser sentida entre suas longas cenas de demonstração de atenção, carinho, compreensão, dor e sofrimento. Afinal o que é o amor se não o equilíbrio disso tudo.

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Pedro, adorei “Amor”. Publico a crítica em breve por aqui. Não acho que tenha chances de ganhar em Melhor Filme. Seria uma zebra daquelas e o favoritismo de “Argo”, a essa altura, parece ser imbatível.

, obrigada! Amanhã publico o texto pra valer sobre esse filme, que a gente tanto gostou. Perfeito seu comentário!

Reinaldo, se eu votasse no Oscar, meu voto estaria declarado, o que não é o caso. rsrs Sem dúvida alguma, “Amor” é um belíssimo filme.

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Engraçado como é Haneke, essa é uma das cenas mais comentadas do filme, e a mais singela de sua carreira, obra-prima Avmour

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Cassiano, pois é. Em se tratando de Haneke, essa cena é até muito simples, porém repleta de força emocional.

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