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Colateral

publicado em:6/06/13 12:44 AM por: Kamila Azevedo Filmes

A cidade de Los Angeles, como todos nós sabemos, é a capital mundial do cinema, local onde os sonhos se tornam realidade, ponto aonde o luxo e a ambição se misturam. A noite de Los Angeles é bastante movimentada, com seus bares, restaurantes e clubes noturnos lotados de celebridades, pessoas comuns e de aspirantes à fama. Em “Colateral”, filme do diretor Michael Mann, iremos conhecer uma nova faceta da noite de Los Angeles, a cidade que, aparentemente, nunca dorme.

A história de “Colateral” se passa em uma noite/madrugada de trabalho de um ser humano normal: o motorista de táxi Max (Jamie Foxx, roubando a cena). Na profissão de taxista não existe uma rotina bem definida, uma vez que o seu destino depende de cada novo passageiro que embarca no seu veículo. Max até arrisca assumir uma nova personalidade a cada pessoa que encontra. Mas, no fundo, ele mantém a sua essência. Max é um homem sonhador (do tipo que carrega consigo uma foto das Ilhas Maldivas), que quer mudar os rumos de sua vida (o que significa deixar o emprego atual e abrir uma firma de limusines) e que quer ser o melhor naquilo que ele faz.

Michael Mann quer que nós da platéia acreditemos que este é mais um dia normal na vida de Max, entretanto ele não o é. Desde o primeiro momento, quando ele leva a promotora Anne (Jada Pinkett-Smith) ao prédio da promotoria de Los Angeles – na melhor cena do filme – sabemos que o que estamos vendo foge do trivial. Max se solta e se abre, flerta com a passageira e oferece à Anne a oportunidade de repensar a vida dela.

Max, até agora, estava paralisado na vida, conformado com a sua situação. Ele precisa de alguém que faça com ele o que ele fez com Anne. Esta tarefa caberá ao seu próximo passageiro: Vincent (Tom Cruise), um tipo meio intrigante e que fará uma proposta irrecusável à Max: dirigir somente para ele durante aquela madrugada em troca de seiscentos dólares (o que é muito mais do que o taxista ganha num dia de trabalho). Max aceita o trato e começa a levar Vincent a cinco diferentes destinos. Nestes diferentes locais, Vincent desempenhará o seu papel: assassinar cinco testemunhas chaves de um processo que está sendo movido contra um figurão do tráfico de drogas. É esta a razão da exclusividade do serviço de Max. Porém, algo sai errado e o taxista se vê envolvido diretamente na série de crimes e em uma outra disputa, na qual será decidida quem é o mais esperto: Max ou Vincent.

“Colateral” ficou conhecido erroneamente como o filme no qual Tom Cruise está com os cabelos grisalhos e interpreta o primeiro vilão de sua carreira. Ao invés disso, as pessoas deveriam lembrar ou assistir ao filme por ele ser um trabalho de extrema qualidade, com um visual fantástico, um roteiro inteligente, atuações excepcionais (tanto do trio principal como do elenco de apoio, que conta com nomes como o de Mark Ruffalo e Javier Barden) e um ritmo frenético. Enfim, um filme que captura a atenção da platéia e a insere no meio de seu clima de ação e tensão.



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Jornalista e Publicitária


Comentários


Adorei a frase: “Colateral” ficou conhecido erroneamente como o filme no qual Tom Cruise está com os cabelos grisalhos e interpreta o primeiro vilão de sua carreira.

Também acho que o filme é mais que isso. Tem muita coisa interessante.

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É mais um ótimo exercício do talento de Michael Mann, que capta a noite na cidade de Los Angeles de forma diferente do usual, além do bom roteiro da ótima atuação da dupla principal.

Abraço

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De fato, esse é um ótimo filme. Vi no cinema faz tempo. Deu até vontade de rever e saudade de Michael Mann.

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Hugo, exatamente.

Celo, também assisti a esse filme, originalmente, no cinema. Um dos bons longas do Michael Mann.

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Ta aí um filme que acho ótimo. Prende a atenção mesmo, como o Michael Mann bem sabe fazer. O diálogo entre Max e Anne é mesmo um dos melhores momentos do filme, mas o meu é quando toca shadow on the sun, do audioslave.

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Primeiro vilão? Lestat de Lioncourt de “Entrevista Com o Vampiro” é o que? Esse filme é demais, o trio principal está formidável. Mais uma ótima interpretação de Tom Cruise que a Academia esnobou.

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Pedro, quando do lançamento de “Colateral”, o destaque do vilão foi dado por boa parte da crítica. O Lestat: não sei se era um vilão propriamente dito. Porém, concordo que o Tom Cruise poderia ter sido indicado ao Oscar por esse filme.

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