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A Travessia

publicado em:12/10/15 11:39 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Considerado o “crime artístico do século”, a travessia feita pelo francês Philippe Petit, ao equilibrar-se em cabos de aço fixados entre as Torres Gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova York, em 1974, foi retratada com muita competência pelo documentário “O Equilibrista”, dirigido por James Marsh, e que venceu o Oscar da categoria em 2009. Inspirado por essa história, o diretor Robert Zemeckis idealizou uma versão ficcional deste feito.

Na realidade, no roteiro que o diretor co-escreveu com Christopher Browne fica claro que os dois estão interessados em retratar Philippe Petit (Joseph Gordon-Levitt) como um visionário, e, além disso, como um homem que correu atrás da realização do seu grande sonho. A Travessia acompanha a formação de Petit, como homem e artista, e como ele foi construindo o seu caminho até chegar ao ápice de sua trajetória como equilibrista.

O ato de A Travessia que retrata o planejamento para o “crime artístico” ocorrido nas Torres Gêmeas, sem dúvida, é o ponto alto do filme. E, curiosamente, é aqui que o longa de Robert Zemeckis se aproxima bastante do documentário de James Marsh, na medida em que ambos enfocam a ousadia do plano de Philippe Petit e o seu pioneirismo em vislumbrar algo que nunca antes foi realizado.

A Travessia encontra seu ponto alto na história inspiradora de um homem que acreditava na sua capacidade e que, contra todas as adversidades, conseguiu colocar em prática aquilo que mais desejava. Robert Zemeckis compreende esse lado de Philippe Petit e, principalmente no seu último ato, consegue nos entregar um filme tenso, emocionante e mágico, assim como foi a travessia feita por Philippe Petit naquela manhã de 07 de agosto de 1974.

A Travessia (The Walk, 2015)
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis e Christopher Browne (com base no livro escrito por Philippe Petit)
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Ben Kingsley, Charlotte Le Bon, Clément Sibony, Mark Camacho, Steve Valentine, James Badge Dale, Ben Schwartz, Benedict Samuel



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Jornalista e Publicitária


Comentários


Esse filme ainda não estreou na minha cidade,mas faço questão de assistir em uma sessão 3-D.É uma história de coragem e uma homenagem as torres gêmeas.Robert Zemeckis que sempre foi um diretor antenado em tecnologia deve ter feito um grande trabalho.Sua crítica ficou muito boa e vou observar se Philippe Petit é tratado como um visionário(que pelo feito não tenho dúvidas de que é).Espero assistir ainda essa semana.

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o último ato carrega o filme maravilhosamente e faz tudo valer a pena. uma tela grande e o 3d fazem diferença as vezes!

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Paulo, obrigada! Assista ao filme, em 3D, e desafie seu medo de altura. Vai valer a pena! 🙂

Bruno, concordo com seu comentário!

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A parte da Travessia é mesmo o ponto alto, daqueles filmes que merece mesmo ver em 3D. E acho que a parte inicial, ainda que mais frágil, acaba sendo importante para que a gente se sinta cúmplice de tudo aquilo.

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Amanda, sim, concordo. O planejamento, a construção do plano é muito importante e faz com que a gente também se sinta cúmplice de Philippe na ousadia do seu feito.

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