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Mulher-Maravilha

publicado em:11/07/17 11:24 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Nascida na paradisíaca ilha de Themyscira e filha da rainha das Amazonas, Hipólita (Connie Nielsen), Diana (Gal Gadot) nasceu com a aura de princesa e embaixadora dos seus pares. Curiosamente, Diana sempre foi protegida pela mãe, que sempre hesitou muito até permitir que Antíope (Robin Wright), finalmente, pudesse treiná-la para que ela se transformasse numa Amazona e, consequentemente, estivesse apta a defender seu reino de Ares, Deus da Guerra e maior inimigo das Amazonas.

Este é, basicamente, o prólogo de Mulher-Maravilha, filme dirigido por Patty Jenkins, e uma das maiores apostas da DC Comics para o ano de 2017, especialmente tendo em vista o futuro filme da Liga da Justiça, que tem direção de Zack Snyder, e previsão de lançamento para este ano. Assim, fica claro o objetivo do filme: apresentar a personagem para o grande público e criar um clima favorável para a estreia do grande longa da DC Comics no ano.

O ponto de virada na trama de Mulher-Maravilha acontece quando o piloto norte-americano Steve Trevor (Chris Pine) aparece, do nada, em Themyscira. Aqui, é importante fazer um adendo: a ilha em que as amazonas moram segue uma linha temporal totalmente paralela ao mundo em que vivemos, então Steve sai da II Guerra Mundial (conflito que ele vivia naquele período) e mergulha fundo numa localidade que vivia pacificamente e que enxerga nos relatos de Steve a volta de Ares.

É assim que Diana toma para si a função de levar Steve de volta para casa e enfrentar Ares, restabelecendo a paz à humanidade. No desempenho desta missão, alguns pontos bem interessantes, como o choque de realidade que Diana vive ao adentrar na Londres da década de 40, bem como o relacionamento que ela estabelece com a equipe de trabalho de Steve. Entretanto, do ponto de vista narrativo, o ponto maior de interesse nesta trama é a transformação que Diana passa, descobrindo-se a si mesma (especialmente os seus poderes) e encarando o seu destino como a grande heroína que ela é.

Como dissemos anteriormente, Mulher-Maravilha foi um filme que nasceu com grandes ambições. A maior delas é cumprir uma função social e comercial, dentro de Hollywood, uma vez que o longa traz uma protagonista forte, interpretada por uma atriz quase que estreante no mercado norte-americano, e tendo como chefe uma diretora. Porém, Mulher-Maravilha chega a desapontar bastante, especialmente porque, quando o longa deveria ficar cada vez melhor, que são nas cenas em que vemos, de maneira mais pungente, a transformação de Diana na heroína, a obra perde muito o seu impacto. Talvez, em Liga da Justiça, filme no qual a personagem dividirá a cena com dois grandes heróis (Superman e Batman), a situação mude de figura.

Mulher-Maravilha (Wonder Woman, 2017)
Direção: Patty Jenkins
Roteiro: Allan Heinberg (com base na história dele mesmo, de Zack Snyder e Jason Fuchs, bem como baseado nas personagens criados por William Moulton Marston)
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Said Taghmaoui, Ewen Bremmer, Elena Anaya



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Comentários


Gosto do filme, fiquei mais empolgada que você, mas entendo que ele vai caindo mesmo. Gosto muito da parte inicial das Amazonas e é uma pena que elas fiquem lá atrás, por exemplo.

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Amanda, concordo contigo em relação às Amazonas e meu problema com “Mulher-Maravilha” começa quando o filme entra no conflito propriamente dito. Ali, eu acho que a obra se perde no roteiro.

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