6 Balões | Resenha Crítica
O filme 6 Balões, dirigido e escrito por Marja-Lewis Ryan, se passa no decorrer de um dia, quando a personagem principal, Katie (Abbi Jacobson), está preparando uma festa surpresa para celebrar o aniversário de seu namorado Jack (Dawan Owens). No decorrer desse dia, além de deixar pronta a decoração da festa e de ter que pegar o bolo do aniversariante, uma das atribuições de Katie é pegar seu irmão Seth (Dave Franco) e a sobrinha Ella (Charlotte e Madeline Carel), que só tem 2 anos.
Acontece que Seth é usuário de heroína e, no decorrer do dia em que o filme se passa, Katie percebe que ele está em plena recaída do vício. A decisão urgente que a personagem toma é de chamar a responsabilidade pra si mesma e internar o irmão para mais uma tentativa de reabilitação. Entretanto, a importante questão que 6 Balões levanta é a seguinte: Seth deseja se tratar? Ele quer ser ajudado? Essas perguntas encontram-se de uma maneira metafórica durante o longa, quando somos deparados com uma reflexão interessante: a de que sempre existirá um barco no cais. Porém, a decisão de embarcar nele ou não só caberá a nós mesmos.
6 Balões tem uma estrutura narrativa bem interessante e retrata, dentro de suas possibilidades, as crises internas vividas por um viciado em heroína, bem como os efeitos físicos que a droga tem sobre aquele que a usa, bem como sobre os familiares – mérito também das boas atuações de Abbi Jacobson e Dave Franco. Entretanto, fica aquela sensação de que este é um filme que poderia muito mais – caso tivesse sido feito de uma forma mais caprichada.
6 Balões (6 Balloons, 2018)
Direção: Marja-Lewis Ryan
Roteiro: Marja-Lewis Ryan
Elenco: Abbi Jacobson, Dave Franco, Charlotte Carel, Madeline Carel, Jane Kaczmarek, Dawan Owens, Tim Matheson
Parece curioso, ainda que não tão bom.
Amanda, sim. Mesmo sendo uma obra apenas mediana, recomendo assistir.
Fiquei decepcionado com esse filme também.O maior problema do roteiro é não criar uma identificação do espectador com o personagem do Dave Franco(como por exemplo Jonathan Demme conseguiu com Anne Hathaway no excelente “O Casamento de Raquel”)
Paulo, exatamente! Perfeito! Eu concordo. Eu senti mais empatia pela irmã, por exemplo.
O filme tenta passar a realidade de uma pessoa que tem um irmão viciado em drogas e que por ama-lo tanto abre mão de viver a sua propria vida para ajuda-lo.
Porém ela percebe que todos seus esforços são inúteis, porque quem precisa tomar a decisão de se curar é o irmão.
Enfim, toda a situação estava deixando ela sufocada … até que ela se liberta.
Porém, acho que o filme deixou algo mais a desejar … poderia ter sido melhor.
Ivonete, concordo plenamente com você. O filme deixa a desejar. Poderia ter sido bem melhor.
Fantástico filme. Entendo que o abjetivo do diretor foi trazer o real mais cru possível e colocar o dependente e co-dependente exatamente na mesma condinção doentia.
O filme transmite as multiplas faces dos dependentes químicos e co-dependentes, deixa um frio na barriga e a cena seguinte fica sempre a duvida entre o suspense, terror, alivio ou um momento feliz.
Gilberto, olá! Obrigada pelo seu comentário e pela sua visita! 🙂