Desejo de Matar | Cena da Semana
O filme Desejo de Matar, dirigido por Eli Roth, revisita a série cinematográfica homônima de sucesso, estrelada nos anos 1970, pelo ator Charles Bronson.
Os dois filmes possuem a mesma essência: Paul Kersey (Bruce Willis) se torna um justiceiro anônimo após ver a sua esposa (Elisabeth Shue) e sua filha (Camila Morrone) serem vítimas de um ato de violência e ele ter a sensação de que nunca os responsáveis pela ação serão responsabilizados.
Nos anos 70, um filme como Desejo de Matar se tornou popular, pois os Estados Unidos estavam enfrentando altas taxas de criminalidades. Em 2018, pensar num remake para esta obra implica em uma série de coisas, principalmente a questão da discussão ética em torno da figura de um justiceiro anônimo, de alguém que decide fazer justiça com as próprias mãos.
Em que pese esta questão estar presente, mesmo que de forma superficial, em Desejo de Matar, a verdade é que o filme poderia ter aprofundado isso muito mais, principalmente, ao tentar inserir o fator das redes sociais como um propagador de tudo aquilo que Kersey passou a fazer.
Além desses aspectos, o filme ainda esbarra num elemento muito importante: Bruce Willis não é Charles Bronson. Com seu jeito quase robotizado de atuar, fica difícil sentir empatia pelas escolhas feitas pelo seu Paul Kersey.
Concordo ipsis litteris com seu texto, Kamila. Mesmo achando o Eli Roth um diretor ainda em formação.
Cassiano, obrigada! Não sei se Eli Roth ainda pode ser considerado como um diretor em formação, tendo em vista o currículo que ele tem. Mas entendo o seu pensamento!