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>Os Cem Anos de David Lean

publicado em:25/03/08 2:34 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Se estivesse vivo, o cineasta inglês David Lean completaria hoje, dia 25 de março, 100 anos de idade. Nascido na cidade de Croydon, no condado de Surray (Inglaterra), Lean era de uma família bastante tradicional, que o proibia de ir ao cinema durante a infância. Até chegar ao posto de diretor de um longa-metragem (sua estréia aconteceu em 1942, com o filme “Nosso Barco, Nossa Alma”, que ele co-dirigiu com Noel Coward), Lean serviu chá e exerceu as funções de carregador de latas de negativos, editor e mensageiro num estúdio londrino.

O reconhecimento veio com as suas adaptações de duas famosas obras do escritor Charles Dickens: “Grandes Esperanças” (1946) e “Oliver Twist” (1948). No entanto, David Lean deixou sua marca definitiva no cinema com filmes que carregavam em si as grandes marcas do estilo do diretor, como o perfeccionismo e o detalhismo. São eles: “A Ponte do Rio Kwai” (1957), “Lawrence da Arábia” (1962) e “Doutor Jivago” (1965).

Com estes filmes, os quais possuem uma característica clássica e refinada, David Lean influenciou uma série de outros diretores – notadamente o diretor Anthony Minghella (que faleceu recentemente) e seu “O Paciente Inglês” (1996).

David Lean recebeu, em 1984, o título de Cavaleiro do Império Britânico e faleceu no dia 16 de Abril de 1991, em Londres, pouco tempo antes de começar as filmagens de “Nostromo”, filme que seria baseado na obra homônima de Joseph Conrad.

Para homenagear o diretor, o Cinéfila por Natureza coloca aqui o vídeo de uma das mais clássicas trilhas sonoras de todos os tempos: a de “Doutor Jivago”, composta pelo francês Maurice Jarre (que também trabalhou com David Lean em “Lawrence da Arábia”). A apresentação aconteceu em 1992, num tributo feito ao diretor.




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Comentários


Kamila, fui ouvir um CD antigo, “Lean by Jarre”, que é a gravação do tributo ao diretor que você cita, e resolvi ler um pouco mais sobre Lean. Aí achei seu site e gostei muito do seu artigo pelos 100 anos. David Lean era mesmo especial, refinado, profundo. Gostaria de ver os filmes da década de 40, sobretudo as adaptações da obra de Charles Dickens e de Noel Coward.
Fiquei surpresa em saber que “A filha de Ryan”, um filme excepcional, foi fracasso de bilheteria! Isso me causou estranheza, porque o considero uma obra prima. A sutileza e o refinamento de Lean são dificílimos de se observar em outras produções, mas concordo que “O Paciente Inglês” tem algo dessa linha elegante e profunda que marcou a obra de David Lean. Adorei descobrir o seu site!

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Obrigada pelo comentário e pela visita, Maurette. Fico muito feliz que tenha chegado até aqui! O David Lean é um dos grandes diretores que o cinema já teve.

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