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>Uma Noite no Museu (Night at the Museum, 2006)

publicado em:17/01/07 9:14 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Numa época em que a informação está a um clique de distância, não chega a ser surpreendente saber que os museus estão passando por uma crise de público. Afinal, quem quer ir ao museu mais próximo se pode dar uma volta virtual pelo museu do Louvre, em Paris? “Uma Noite no Museu”, filme do diretor Shawn Levy (mais conhecido pelo trabalho em comédias como “Recém-Casados”, “Doze é Demais” e a refilmagem de “A Pantera Cor de Rosa”), quer provar justamente o contrário. Você deve ir fazer uma visita ao museu, pois esse é o lugar em que a história ganha vida.

Larry Daley (Ben Stiller) é um homem divorciado, pai de Nick (Jake Cherry). A vida dele é completamente instável. Ele não consegue se firmar num emprego ou se fixar em um endereço. Ao ver que seu filho começa a tomar como exemplo a figura de um outro homem – a do padrasto investidor da Bolsa de Valores (Paul Rudd) –, Larry finalmente percebe que precisa dar um jeito em sua vida.

Portanto, Larry vai a uma agência de empregos e, depois de escutar algumas negativas, é enviado ao Museu de História Natural da cidade de Nova York, pois talvez lá exista alguma vaga para ele. Após passar pelo crivo dos guardas-noturnos que ele irá substituir (a trinca de atores formada por Dick Van Dyke, Mickey Rooney e Bill Cobbs), Larry inicia o seu trabalho.

O que parecia ser algo absolutamente normal ganha contornos extraordinários quando Larry percebe que, durante o turno da noite, as criaturas de cera que habitam o museu (como o ex-presidente Teddy Roosevelt; os exploradores Lewis e Clark e Cristóvão Colombo; Átila, o Huno; os romanos; os índios e os cowboys; os combatentes da Guerra Civil Americana; dentre muitos outros) ganham vida – transformando o que era calmo em caos absoluto.

A interação que existe entre Larry e as criaturas do museu – que deveria ser o ponto alto de “Uma Noite no Museu” – só funciona quando Robin Williams (que interpreta o ex-presidente Teddy Roosevelt) está na tela. Esse intercâmbio entre passado e futuro também chama a atenção para o ótimo trabalho de direção de arte, de figurinos e de caracterização de personagens que o filme possui. No resto do tempo, “Uma Noite no Museu” abre espaço demais para o humor do irritante Owen Wilson (que interpreta Jedediah, um cowboy) e coloca em segundo plano atores que poderiam contribuir mais com o filme, como a ótima (quando ela irá receber um papel digno de seu talento no cinema?) Carla Gugino e o comediante inglês Ricky Gervais (criador das séries “The Office” e “Extras”).

Se formos abstrair a presença excessiva de Owen Wilson na tela, “Uma Noite no Museu” é até um filme que rende boas risadas. A trama desenvolvida pelos roteiristas Ben Garant e Thomas Lennon é bastante explicativa e vai agradar em cheio aos jovens que, certamente, irão lotar as salas de cinema para assistir ao filme. No entanto, o que de melhor “Uma Noite no Museu” possui é oferecer a oportunidade para que toda uma nova geração conheça os atores Dick Van Dyke, Mickey Rooney e Bill Cobbs. Ainda bem que eles não foram colocados como peças do museu. Mesmo assim, a eles só cabe o papel de ser o suporte para que Ben Stiller possa brilhar – e, neste filme pelo menos, ele está bem melhor do que nas suas últimas aparições na grande tela.

Cotação: 6,8

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


Comentários


>Gostei do filme por ele ser simplesmente isso, uma comédia sem compromisso. Taí um filme que assistirei novamente em “Tela Quente”, em 2008.

PS.: A cena do pneu esvaziando realmente é a mais engraçada do filme.

Bjs Kamila!

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>O filme é ótimo justamente por causa dos motivos que você citou, Felipe. Dá para a gente se divertir muito.

Beijos!

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