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>O Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider, 2007)

publicado em:13/03/07 11:01 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Toda a trama do filme “O Motoqueiro Fantasma”, do diretor e roteirista Mark Steven Johnson, se baseia em uma lenda que afirma que o diabo possui um ajudante que ganhou o nome de motoqueiro fantasma. Esse auxiliar trabalha na terra, durante a noite, e se alimenta dos pecados das almas daqueles que fugiram do inferno. Geralmente, o motoqueiro fantasma é alguém que fez um pacto com o demônio. O trabalho que eles desempenham é só uma maneira que o diabo arrumou para coletar a sua dívida.

No filme, a bola da vez é Johnny Blaze (Matt Long quando jovem e Nicolas Cage quando adulto), que faz um show de acrobacias em motocicletas com o pai Barton Blaze (Brett Cullen). Quando descobre que o pai está com um câncer em estágio avançado, Johnny recebe a visita de Mefisto (Peter Fonda), o diabo em si, que o faz uma proposta “irrecusável”: ter a saúde do pai em troca de sua alma. Assim que o trato é feito, Johnny logo percebe que sua vida será pautada por muito sofrimento – afinal, ele perde as pessoas que mais amava: o pai (que morre ao fazer uma das acrobacias do show) e a namorada Roxanne Simpson (Raquel Alessi quando jovem e Eva Mendes quando adulta).

Quando a platéia reencontra Johnny Blaze, ele fez fama e riqueza como o mais importante astro de acrobacias em moto que o mundo conhece. E ele ainda tem uma personalidade que vai de encontro ao estereótipo do motociclista: ele é fã da música dos The Carpenters, não bebe e é um consumidor ferrenho de jujubas. Além disso, Johnny tem medo e temor de que, um dia, Mefisto venha cobrar a sua parte no trato. E o demônio aparece no pior momento – o do reencontro com Roxanne – para pedir que Johnny o ajude a se livrar de seu filho Blackheart (Wes Bentley, o sumido ator de “Beleza Americana”), que quer tomar o lugar do pai como dono das maldades humanas.

“O Motoqueiro Fantasma” é um daqueles filmes que vai fazer parte do segundo escalão de películas com heróis da Marvel Comics (“Demolidor – O Homem Sem Medo”, outro filme dirigido por Mark Steven Johnson, é um representante desse segmento mais “pobre”). A execução dada pelo diretor é muito interessante, mas o filme peca em elementos importantíssimos, como roteiro e elenco. A princípio, a história de “O Motoqueiro Fantasma” não parece ter muitas ambições, mas fica muito difícil acreditar na transformação de um homem que só queria ter a sua vida de volta em um herói que luta contra o demônio.

A platéia não acredita nesta transformação, pois o diretor Mark Steven Johnson não consegue tirar de seus atores (com exceção de Eva Mendes) interpretações convincentes. Wes Bentley e Peter Fonda estão no piloto automático e parece que tiveram seus rostos congelados. Não se sente qualquer emoção, raiva ou repúdio na interpretação deles. O mesmo é o caso de Nicolas Cage, um ator que tinha tudo para ser um dos grandes astros do cinema atual, mas que, depois do Oscar de Melhor Ator pela sua interpretação em “Despedida em Las Vegas”, mais tomou decisões erradas do que acertadas.

Cotação: 0,5

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


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