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>American Idol – Season 6

publicado em:9/04/07 12:57 AM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Depois de seis temporadas, o programa “American Idol” virou muito mais do que um reality show ou um concurso de talentos cuja audiência é a maior dos Estados Unidos. O programa se transformou em uma verdadeira fonte de revelação de talentos, que ultrapassam os limites da realidade e passam a ser respeitados dentre as grandes lendas. Nos últimos anos, duas ex-vencedoras do programa, Kelly Clarkson e Carrie Underwood, ganharam Grammys (o maior prêmio da indústria da música). O sucesso chega até para os perdedores, tendo em vista que Jennifer Hudson – participante da terceira temporada de “American Idol” – ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela sua performance em “Dreamgirls – Em Busca de um Sonho”’; e, no exato momento em que esta blogueira digita estas palavras, três ex-participantes da quinta temporada do programa (Katharine McPhee, Chris Daughtry e Elliott Yamin) vêem seus discos na lista dos mais vendidos de acordo com a revista Billboard.

Na última quarta-feira, com três semanas de atraso, o canal Sony Entertainment Television levou ao ar o primeiro programa “pra valer” da sexta temporada de “American Idol”. Na ocasião, os doze participantes selecionados pelo público dentre os 24 escolhidos pelos jurados Randy Jackson, Paula Abdul e Simon Cowell, se apresentaram em um grande palco perante a audiência do mundo todo para apresentarem canções de Diana Ross, uma verdadeira lenda da música norte-americana. O primeiro programa foi só uma pequena amostra daquilo que veremos ao longo dessa temporada.

Como sempre, já dá para a gente notar a divisão de “papéis” entre os participantes. Existe aquele grupo formado pelos cantores cuja verdadeira vitória é o tanto de tempo que eles conseguem permanecer no programa (os chamados “figurantes”). São eles: Gina Glocksen, a garota rocker de atitude e piercing na língua, mas que mais grita do que canta; a carismática – e favorita dos meninos – Haley Scarnato, ex-cantora de casamentos; o pai de família Phil Stacey, que conta com o apoio da Marinha norte-americana; e o ex-backing vocal Brandon Rogers, que já trabalhou para artistas do porte de Christina Aguilera.

Existe também aqueles participantes que parecem meio deslocados em meio à competição, como Chris Sligh, o sósia de Jack Osbourne, e filho de pais missionários. Uma dupla se destaca por ser uma cópia de artistas que já se encontram no mercado: Stephanie Edwards, a garota que sempre gostou de cantar, soa muito como Beyoncé; e Chris Richardson tem o mesmo corte de cabelo, a mesma voz e a mesma chatice de Justin Timberlake.

No entanto, a sexta temporada de “American Idol” é cheia de casos únicos. Tome-se, por exemplo, Blake Lewis, um cantor razoável, mas que esbanja modernidade (sua marca é colocar beat-box nas músicas que apresenta). Um perfeito caso de participante que, talvez se dê bem no programa, mas terá muito sucesso comercial. Entretanto, jurados, produtores e nem o público do programa estavam preparados para o fenômeno que se tornaria Sanjaya Malakar. O jovem de 17 anos e carisma inegável conquistou o público jovem norte-americano não por causa de seus talentos vocais, e sim pelo seu cabelo. Semanalmente, o público liga a televisão só para ver qual o próximo penteado de Sanjaya. O caso se tornou tão impressionante que o público fiel do “American Idol” já está se irritando e boicotando a audiência do programa (que vem caindo semanalmente) tendo em vista a campanha que foi deflagrada pelo site VotefortheWorst.com e pelo radialista Howard Stern, que querem sacanear o “programa número 01 dos Estados Unidos” levando Sanjaya à vitória.

Polêmicas a parte, a sexta temporada de “American Idol” tem uma disputa até bem interessante pelo título de ídolo. O trio de ferro dessa edição vem representado por três garotas de talento e carisma impressionantes. São elas:

Jordin Sparks, 17 anos. Filha de um ex-jogador profissional da NFL, liga de futebol americano. Jordin foi modelo e venceu a edição do “Arizona Idol”, ganhando uma passagem aérea e hospedagem para fazer o teste para o programa nacional. A jovem agrada em cheio ao público jovem, tem uma voz potente e uma maturidade impressionante para alguém de sua idade. É uma grande favorita a uma das duas vagas na final de “American Idol”.

Lakisha Jones, 27 anos. Mãe solteira, ex-bancária e, como cantora, tem um estilo bem clássico e parece ter saído direto dos anos 50. Era a favorita inicial do programa, mas perdeu muito do seu brilho a partir do momento em que o terceiro vértice desse trio começou a crescer na preferência do público norte-americano.

Melinda Doolittle, 29 anos. A mais velha participante dessa temporada do “American Idol”. Trabalhou como backing vocal de artistas como Michael McDonald, Aaron Neville, Jonny Lang, Vanessa Bell Armstrong e CeCe Winans. Melinda é, provavelmente, a melhor cantora que o programa já teve em todos os tempos. Sua técnica é de mestre, a maneira de entoar os versos das canções que apresenta é única. Um trunfo a favor de Melinda é a sua personalidade humilde e autêntica. Ela é a favorita disparada ao título de novo ídolo norte-americano.

De uma certa maneira, este trio de ferro lembra muito outro trio que passou na história do programa. Na terceira temporada de “American Idol”, o público foi presenteado com o talento de Fantasia Barrino (uma mãe solteira e dona de uma belíssima história de vida), LaToya London (a participante de técnica refinada) e Jennifer Hudson (a personalidade impetuosa e jovial em pessoa). As três dividiram as atenções e a preferência do público, bem como um caso polêmico naquele ano. No episódio que levou à eliminação precoce de Jennifer Hudson, as três foram as menos votadas numa semana em que tudo foi um desastre. A produção do programa disse que houve uma pane nas linhas telefônicas. Elton John acusou os norte-americanos de racismo.

Na próxima terça-feira, nos Estados Unidos, os 8 participantes restantes vão cantar músicas latinas e terão a orientação da “mentora” Jennifer Lopez. Os fãs de “American Idol” já estão temerosos de que o que aconteceu na terceira temporada se repita agora. Num ano em que as coisas mais bizarras têm acontecido, isso nem seria surpreendente. A verdadeira surpresa, afirmam os especialistas em “American Idol”, seria ver Melinda Doolittle sair derrotada desse programa. Como diz o Ryan Seacrest, América, por favor, se manifeste da maneira correta.

American Idol
Quando: Quartas, às 20hs.; Quintas, às 21hs.; Sábados, às 17hs.
Onde: Sony Entertainment Television



Jornalista e Publicitária


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