>Premonições (Premonition, 2007)
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No segundo filme, “Premonições”, do diretor alemão Mennan Yapo, Sandra Bullock interpreta a dona-de-casa Linda Hanson, que é casada com o executivo Jim (Julian McMahon) e mãe das garotinhas Megan (Shyann McClure) e Bridgette (Courtney Taylor Burness). Linda, claramente, está passando por uma crise. Ela e seu marido não são carinhosos um com o outro, mas algumas coisas nos chamam a atenção quando ela recebe a notícia da morte de Jim, em decorrência de um acidente de carro: é a frieza com que ela reage ao ocorrido.
Logo em seguida, o roteiro de Bill Kelly começa a desvendar o por quê de tanta frieza. Linda, de certa maneira, sabia que seu marido iria morrer, pois a cada novo dia com que ela se deparava, ela encontrava duas realidades distintas: numa, Jim estava morto; na outra, Jim estava vivo. O que “Premonições” realmente relata, portanto, é a busca de Linda por uma maneira de lutar por aquilo que ela mais valoriza (a sua família), tentar evitar a morte de Jim e, finalmente, fugir do obscuro dia-a-dia que se desenha no seu mundo após o falecimento de seu marido.
Os cinéfilos irão reconhecer, em “Premonições”, traços do filme “Efeito Borboleta”, dos diretores Eric Bress e J. Mackye Gruber, em que o personagem de Ashton Kutcher, ao tentar interferir nos acontecimentos de seu passado, acabava influenciando de maneira negativa o presente de sua vida e das pessoas que mais importavam para ele. Em “Premonições”, os efeitos da interferência de Linda Hanson no passado não levam a conseqüências tão drásticas, mas, definitivamente, os dois filmes carregam um elemento principal em comum: a presença de uma premissa interessante, mas que é trabalhada de forma inadequada.
Cotação: 2,5
Crédito Foto: Yahoo! Movies