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>O Orfanato (El Orfanato, 2007)

publicado em:9/04/08 9:01 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Além da presença de uma heroína machucada emocionalmente, um bom filme de suspense tem que contar com uma criança bastante especial. Quando usam esses seres pequeninos – geralmente ligados a uma imagem de alegria e de que nada de mal pode ocorrer com eles –, as obras do gênero não têm pena deles e os colocam em situações de extrema vulnerabilidade. “O Orfanato”, do diretor J.A. Bayona, usa – e abusa – desses dois elementos para criar uma atmosfera de medo e apreensão.

A personagem principal da obra é Laura (Mireia Renau quando criança e Belén Rueda quando adulta), uma garota órfã que é adotada por uma família e que, tempos depois, já casada com Carlos (Fernando Cayo) e mãe de Simón (Roger Príncep), decide retribuir toda a sorte que teve e compra o antigo orfanato aonde morou, pois pretende transformar a casa em um ambiente no qual crianças com necessidades especiais poderão ser bem tratadas.

Seu próprio filho, Simón, é uma criança com necessidades especiais. Tanto Laura quanto Carlos procuram proteger o menino de duas verdades sobre a sua origem. A primeira: ele é adotado. A segunda: ele é portador do vírus HIV. No entanto, como tantas outras crianças, Simón tem uma característica: o menino tem uma imaginação fértil e é cheio de amigos que só existem em sua mente. Como seus pais são muito presentes em sua vida, permitem que Simón desenvolva sua fantasia da maneira que ele queira.

Para não entregar mais detalhes sobre a trama criada por Sergio G. Sánchez, o importante é saber que o passado de Laura e a imaginação de Simón terão um papel fundamental para o que veremos mais na frente: uma série de acontecimentos estranhos e que terão influência direta na dinâmica familiar que, um dia, foi perfeita.

Filmes como “O Sexto Sentido” e “Os Outros” nos ensinaram a esperar um desfecho surpreendente de longas no gênero de suspense. No entanto, em sua estrutura narrativa, “O Orfanato” é um filme muito convencional e que se aproxima de obras como “Os Mensageiros”. Vai chegar um momento em que você irá se perguntar: mas esse filme não vai terminar nunca? Entretanto, isso – de forma alguma – tira o maior mérito de “O Orfanato”: a performance de Belén Rueda. É por causa dela e da trilha sonora de Fernando Velásquez que o filme, em vários momentos, vai lhe causar aquele friozinho na barriga que a gente tanto espera de obras desse gênero.

Cotação: 6,5

O Orfanato (El Orfanato, México, Espanha, 2007)
Diretor(es): J.A. Bayona
Roteirista(s): Sergio G. Sánchez
Elenco: Belén Rueda, Fernando Cayo, Geraldine Chaplin, Montserrat Carulla, Mabel Rivera, Andrés Gertrúdix, Roger Príncep, Carla Gordillo Alicia, Georgina Avellaneda, Alejandro Campos, Oscar Guillermo Garretón, Edgar Vivar



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