Nome Próprio
O filme “Nome Próprio”, do diretor Murilo Salles, conta com uma protagonista que não causa qualquer empatia com o espectador, mas o interessante é que você fica intrigado com ela e se interessa em saber que destino ela terá. Camila (Leandra Leal) é uma brasiliense que vive em São Paulo. Sem qualquer lugar ou pessoa que lhe ofereça segurança nos momentos mais difíceis, ela encontra consolo nas palavras que escreve para o seu blog.
O roteiro do filme, que foi escrito por Melanie Dimantas, Murilo Salles e Elena Soarez (numa adaptação livre de dois livros da escritora – e blogueira – gaúcha Clarah Averbuck), é uma peça que fala muito sobre a maneira como a Internet redefiniu os relacionamentos entre as pessoas. No decorrer de “Nome Próprio”, vemos as várias identidades assumidas por Camila (a auto-suficiente, a apaixonada, a rejeitada, a vingativa, a que machuca aqueles que ama, a intensa, a corajosa, entre outras), ao mesmo tempo em que percebemos como isto está diretamente manifestado – e revelado – nos textos que ela escreve.
Por causa disso, o elemento mais importante de “Nome Próprio” é a atuação de Leandra Leal. A atriz se entrega a tal ponto ao papel que, chega num momento, nós não conseguimos mais enxergá-la no filme. Tudo o que vemos é pura Camila, a paixão que ela coloca naquilo que faz e como ela banca todas as suas escolhas – por mais difíceis que elas sejam. Há que se destacar também a estética do longa. O diretor Murilo Salles foi quem fez todo o trabalho de câmera e os momentos flagrados por ele são invasivos, reais e incômodos. No entanto, nada disfarça a sensação de que “Nome Próprio” necessitava de uma liga maior, algo que conectasse de forma mais fácil tudo aquilo que vemos em tela.
Cotação: 7,5
Nome Próprio (2008 )
Diretor: Murilo Salles
Roteiro: Melanie Dimantas, Murilo Salles e Elena Soarez – com a colaboração de Viviane Mosé (tendo como base dois livros e textos escritos por Clarah Averbuck)
Elenco: Leandra Leal, Milhem Cortaz, Rosane Mulholland
Cinema nacional é sempre bem-vindo, ainda mais sabendo que é inspirado nos livros de uma gaúcha.
Abraço, Kamila!
Pedro, ainda mais se for cinema nacional de boa qualidade, o que é o caso de “Nome Próprio”. Abraços!
A Leandra Leal é ume grande atriz, nunca me depcionou em nenhum papel que tenha visto até agora. A trama é muito interessante para todos nós blogueiros, sem falar que é sempre importante prestigiar uma obra nacional dessa qualidade. Espero que passe por aqui em breve. Abraço!
Vinícius, a Leandra Leal é, realmente, muito talentosa. Acredito que este seja o melhor papel da carreira dela. Espero mesmo que “Nome Próprio” estréie por aí. Abraço!
Kami, você sabe que eu estou louco para conferir este filme. Dois motivos os quais perecebi no trailer: o roteiro, que parece ser muito diferente e ousado; e Leandra Leal.
O que me deixa feliz é o nome de Elena como uma das roteiristas. Ela já me deixou boquiaberto com seu belíssimo Casa de Areia. Bjos!
Que grande dica!
Vou conferir assim que puder. Parece um filme bem interessante, e atual.
Abs!
Me soa muito interessante esse filme. Mas é um dos muitos que não chegaram e não irão chegar por aqui. Espero encontrá-lo logo depois de sua crítica positiva.
Ciao!
Não fui ao cinema assistir ‘Nome Próprio’. Vou esperar pelo DVD. E Leandra Leal é sem dúvida uma das melhores atrizes de sua geração.
Kau, não gosto de “Casa de Areia”. Acho um filme pretensioso demais, com uma proposta diferente, mas muito mal executada. Beijos!
Ramon, exatamente! Abraços!
Wally, espero que “Nome Próprio” estréie em sua cidade.
Alex, que pena! Concordo com o que disse sobre a Leandra.
Já tinha lido comentários elogiosos sobre a interpretação da Leandra, vc veio confirmar isso Kamila. Gosto da atriz, acho que ela sempre se entrega as personagens, gostei dela em O Homem que Copiava.
Esse filme não chegou por aqui!
Jura Kami?! Bom, eu acho o filme um obra-prima e entra na lista dos 5 melhores filmes nacionais que já vi (junto com Central do Brasil, Lavoura Arcaica, A Máquina e Estômago). A meu ver, o roteiro é muito bonito e a fotografia exemplar. Porém, o que faz do filme uma obra-prami, pra mim, é o elenco magnífico. Mas achei interessante o que você falou; é uma das poucas pessoas que eu conheço que não gosta do filme. Bjos.
Observei que a crítica apontou Leandra Leal como o coração de “Nome Próprio”. Eu sou apaixonado pelo trabalho da atriz (mesmo naquelas coisas mais bobinhas, tipo sua personagem em Ciranda de Pedra). Isto também ocorre em “Falsa Loura”, você já assistiu? Para mim, o trabalho de Rosane Mulholand foi o cérebro do filme de Carlos Reinchenbach. Um abraço!
Cassiano, não acredito que “Nome Próprio” não estreou em Salvador. Então, espero que o filme chegue em breve por aí!
Kau, o filme é bom, ousado, mas poderia ser melhor. O roteiro é ótimo, a fotografia boa; mas senti a falta daquela liga maior (como disse no texto). O que faz do filme exemplar também é a performance de Leandra Leal, que está sensacional. Beijos.
Weiner, não sou a maior fã de Leandra Leal, mas, depois de “Nome Próprio” coloco ela ao lado de Débora Falabella como uma das boas atrizes jovens do Brasil. Não conheço “Falsa Loura”, mas li os elogios feitos à atuação de Rosane Mulholland. Abraço!
Só para corrigir: quando falo em obra-prima, me refiro à Casa de Areia, ok? ;D
Kau, ah!!!!!!!! Então, vou corrigir o que eu disse: as únicas coisas que eu gosto em “Casa de Areia” são a fotografia, a trilha sonora e as atuações.
Eu quero tanto assistir a esse filme, mas com certeza não vai passar no cinema de minha cidade. Vou ter que esperar pela cópia em DVD, que droga!!!!!!
Rafael, então vamos torcer pelo lançamento em breve do filme em DVD.
Alguém sabe se já saiu o DVD??
Ivan, parece que o DVD saiu neste mês de dezembro.