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Hellboy 2 – O Exército Dourado

publicado em:23/09/08 6:28 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Hellboy (Ron Perlman) é uma criatura que desmonta todos os pré-conceitos. Encontrado pelo Professor Trevor Broom (John Hurt) quando ainda era uma espécie de bebê demônio, foi pelas mãos dele que aprendeu a utilizar o grande poder que tinha para o bem e para a proteção da humanidade. Mesmo vivendo num ambiente de restrito acesso (a base do Departamento de Assuntos Paranormais do FBI), Hellboy consegue ser uma pessoa com desejos e motivações comuns – e é justamente isto que faz do personagem alguém muito interessante.

 

Após adaptar “Hellboy” (uma série de histórias em quadrinhos criada por Mike Mignola) para a grande tela, o diretor mexicano Guillermo del Toro fez de “Hellboy 2 – O Exército Dourado” seu primeiro filme após o sucesso de crítica e público “O Labirinto do Fauno”. Na continuação, o personagem título se encontra novamente em uma guerra para salvar a humanidade. Desta vez, ele enfrenta o Príncipe Nuala (Luke Goss), que pretende reviver o Exército Dourado e entrar numa batalha contra o homem por discordar da maneira como ele “administra” o universo.

 

No entanto, “Hellboy 2 – O Exército Dourado” não é somente um filme de ação. O roteiro escrito por Guillermo del Toro e Mike Mignola oferece um grande espaço aos conflitos pessoais do personagem principal. Agora envolvido em um romance com Liz Sherman (Selma Blair), ele enfrenta uma crise no relacionamento com ela. A verdade é que Hellboy chegou ao ponto em que tem que pensar em sossegar um pouco para cuidar do lado afetivo e alcançar a plenitude como pessoa.

 

“O Labirinto do Fauno” (filme de perfeita técnica e que aliava elementos como o fantástico ao obscuro) mostrou o amadurecimento do diretor Guillermo del Toro. Em “Hellboy 2 – O Exército Dourado” vemos praticamente uma repetição disto. O mexicano só erra por exagerar demais nas cenas que mostram a divisão de Hellboy e Abe Sapiens (Doug Jones) entre o dever e o amor. Alguns momentos vistos no filme são forçados demais e acabam causando o efeito contrário no espectador. Ou seja, eles deveriam nos emocionar, mas acabam deixando a impressão de que são artificiais demais.

 

Cotação: 6,5

 

Hellboy 2 – O Exército Dourado (Hellboy II – The Golden Army, 2008 )

Diretor: Guillermo del Toro

Roteiro: Guillermo del Toro e Mike Mignola (com base na série de histórias de quadrinhos de Mignola)

Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, James Dodd, Jeffrey Tambor, Luke Goss, Anna Walton



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Comentários


Gostei de ‘Hellboy II – O Exército Dourado’. Mas mais por suas cenas de ação e ambientação (seu visual e personagens bizarros enchem os olhos), do que pela história em si. O roteiro continua sendo na minha opinião o calcanhar de Aquiles desta franquia. Apesar do “Vermelho” ser um personagem cool e divertido, seus parceiros são totalmente sem graça e descartáveis até. Além de mal desenvolvidos. A sequência final (primeiro enfrentando o exército e depois o príncipe) é uma das melhores do ano quando o assunto é luta corporal. Vale pelas boas sequências de ação. Um abraço!

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Kami, eu até achei esse filme muito bonito visualmente como é normal, vindo de Guillermo. Mas encontrei os mesmos defeitos que você. Não gosto da grande ênfase que deram ao romance…

Bjos!

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Dei um tempo no cinema durante esse mês devido às provas na faculdade, mas pretendo corrigir isso no fim de semana e “Hellboy 2” está na lista dos filmes que verei imediatamente – mas somente por causa do diretor Guillermo Del Toro, uma vez que acho o primeiro péssimo e seus comentários sobre essa continuação não me animaram muito.

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Milla … já senti o repeteco de fauno em O Orfanato …
Se eu rever essa mesma vibe … É melhor questionar logo as qualidades de Del Toro … veja bem … questionar e não detratar …

Beijos …

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Alex Sandro, não poderia ter expressado minhas opiniões sobre “Hellboy 2” de melhor maneira! Faço suas as minhas palavras. Abraços!

Kau, já tínhamos comentado isso na comunidade no Orkut. Beijos!

Vinícius, acho que muita gente deve ter conferido esta continuação só por causa do nome do Guillermo del Toro.

João, ao contrário de você, não encontrei elementos recorrentes, em “O Orfanato”, de “O Labirinto do Fauno”. E concordo: devemos questionar, e não detratar. Beijos!

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Hellboy 2, para mim, apresenta um resultado bem inferior ao primeiro filme do Del Toro sobre o demônio das HQs. Fora os aspectos técnicos e alguns momentos extremamente divertidos protagonizados por Rona Perlman o filme deixa a desejar em alguns aspectos, se entregando a convencionalismos hollywoodianos.

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Eu adoro o primeiro “Hellboy” por Guillermo del Toro conseguir se desviar dos padrões que as adaptações de HQs insistem em preservar, como a ação pouco memorável e o desenvolvimento dramático dos heróis serem tocados de forma para lá de batida. Um pouco me assusta que del Toro tenha acrescentado nesta sequência esta minha segunda queixa de forma artificial. Mas com a descontração e aventura que deve entregar em “O Exército Dourado” isso deve ser um detalhe pouco incômodo.

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Kamila, pelas suas palavras nem parece que se trata de um filme dirigido pelo mesmo diretor de “O Labirinto do Fauno”, que decepcao! Como nunca vi o primeiro “Hellboy”, acho que nao verei essa continuacao no cinema.

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Wanderley, concordo totalmente!!

Alex, para mim, esta trama meio açucarada foi totalmente incômoda e, sinceramente, não vi como isto poderia se encaixar no roteiro central do filme.

Romeika, “Hellboy 2” não chega a ser uma decepção, mas, com certreza, é uma daquelas obras que poderia ser melhor.

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Estou com ele aqui, mas ainda não vi, semaninha de provas e trabalhos também.

Beijoss!

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Estou muito receoso quanto a este trabalho de Del Toro. Talvez devido aos excessivos elogios da crítica, talvez por não ter gostado do primeiro filme. O fato é que Labirinto do Fauno é extraordinário, e por isso Del Toro merece que vejamos seu novo filme.
A sua resenha é um pouco mais pé no chão, apesar de ter elogiado os mesmos pontos que a crítica ressaltou.

Abs!

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Na verdade, eu gostei de “Hellboy” – pelo menos enquanto um filme despretensioso e que se intitula e entende como mero passatempo. Porém, este tipo de continuação não costuma me animar o suficiente para encará-la no cinema. Mas, é sempre bom ressaltar que o Guillermo del Toro costuma ousar em seus trabalhos, e quem sabe esta “ousadia” não me faça curtir essa sequencia?
Abraço!

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Marcus, nem tenha muita expectativa em relação a este filme. Beijos!

Ramon, obrigada! Eu acho que é importante, mesmo não tendo gostado muito do filme, ressaltar seus aspectos bons. Abraços!

Robson, seja bem-vindo de volta!

Weiner, a questão é que Del Toro não foi muito ousado nesta sequência. Mesmo assim, assista ao filme e tire suas próprias conclusões sobre ele. Abraço!

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Kamila, essa parte açucarada já existia no filme original, mas eu gostei porque foi executada com humor e diversão.

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Achei o filme muito bom. Além da maquiagem que dispensa o CGI, a dosagem de humor e aventura é muito agradável. A química entre os personagens também é boa. Guillermo del Toro é craque nas cenas de luta. O que me incomodou mesmo foi a semelhança excessiva com “O Labirinto do Fauno”. Abraço, Kamila!!

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Alex, existia, sim, a parte açucarada. Mas, era algo mais natural e não forçado como o visto no segundo filme.

Pedro, a parte técnica do filme é muito boa. Só acho que esta parte de humor, romance e aventura ficou forçada. Concordo que a química entre os personagens ficou excelente. E confesso que não vi a semelhança com “O Labirinto do Fauno”. Abraço!

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É, entendo sua visão mas eu fui enfeitiçado pelo charme do filme, movido claro, pela paixão do diretor ao concebe-lo. Achei uma aventura exemplar, inspirada, altamente criativa e poética até. O romance em nenhum momento me incomodou.

Nota 8,0

Ciao!

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Wally, não duvido da paixão de Del Toro pelo projeto. Só acho que a história poderia ter fluido de forma mais natural.

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Gostei do filme, Dell Toro é muito bom, mas essa adaptação em nada tem a ver com o gibi, bem abaixo do mesmo., porém cinema vive de concessões neh….. O q me preocupa é q Dell Toro tem mania de usar maquiagens estilo expressionismo russo ao invés de CG. Fika legal em Hellboy (q é teatral como Star Wars), mas quase perco minhas noites de sono ao saber q o cara vai dirigir O Hobbit (prelúdio da trilogia do anel), preferia Peter Jackson e monstros em CG. Medo. Belo post Kamila. Boa semana.

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Marcio, eu não conheço o gibi no qual se baseia a história de “Hellboy”, por isso nem vou entrar no mérito da adaptação feita pelo Del Toro. E eu acho que ele vai fazer um excelente trabalho em “O Hobbit”. Obrigada e uma ótima semana para você!

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