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Gran Torino

publicado em:28/03/09 12:23 AM por: Kamila Azevedo Cinema

O ator, diretor e produtor Clint Eastwood ganhou fama através da interpretação de personagens que são anti-heróis e que possuem uma personalidade truculenta, brucutu e implacável, como o policial “Dirty” Harry Callahan, da bem-sucedida série que foi iniciada com o longa “Perseguidor Implacável”. Em “Gran Torino”, filme que Eastwood dirigiu, protagonizou e produziu, ele interpreta novamente mais um tipo assim.

 

Walt Kowalski acaba de perder sua esposa e se vê alvo das preocupações dos dois filhos (Brian Haley e Brian Howe) e do padre (Christopher Carley) da sua paróquia. No entanto, Walt, um norte-americano bem xenófobo e politicamente incorreto, não está inquieto com sua solidão, e sim com a descaracterização do bairro em que ele vive (o qual foi invadido por um grupo étnico asiático chamado de Hmong) e, consequentemente, do mundo que ele conhece – e cujo maior emblema é o Gran Torino 1972 que ele ostenta em sua garagem.

 

De alguma forma, Walt Kowalski é obrigado a confrontar tudo aquilo que ele sente e tudo aquilo do qual ele tentou fugir quando ele se vê diante dos irmãos Sue Lor (a ótima Ahney Her) e Thao Vang Lor (o péssimo Bee Vang). Estes dois jovens vão conseguir transpor a barreira que Walt coloca para separar-se dos outros e vão fazer com que ele enxergue tudo de uma maneira diferente – mesmo que ele insista em seguir suas próprias regras.

 

Em muitos momentos de “Gran Torino”, Walt Kowalski lembra Ed Tom Bell, personagem que Tommy Lee Jones interpretou em “Onde os Fracos Não Têm Vez”, dos irmãos Joel e Ethan Coen. Os dois podem ser pessoas à moda antiga, mas acabam-se revelando totalmente distintos um do outro. Afinal, Ed Tom Bell insistia em viver uma utopia em que a crença na lei e na justiça prevaleciam; enquanto Walt Kowalski sabe que o mundo mudou e que – para se alcançar a justiça – é necessário se tomar atitudes, passar por sofrimentos e se fazer sacrifícios.

 

Cotação: 7,0

 

Gran Torino (Gran Torino, 2008)

Diretor: Clint Eastwood

Roteiro: Nick Schenk (com base na história de Dave Johannson e Nick Schenk)

Elenco: Clint Eastwood, Christopher Carley, Bee Vang, Ahney Her, Brian Haley, Geraldine Hughes, Brian Howe, John Carroll Lynch



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Comentários


Clint é um diretor bem acadêmico, o que às vezes deixa a desejar no quesito emoção. Este ainda não vi. Espero que como em ‘A Troca’, ‘Gran Torino’ seje bom. Quem sabe, melhor.

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ainda não vi esse. esperando passar pelos cines da cidade. se não, vejo em DVD mesmo.
abraço, Kamila.
🙂

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Acho que fui o único que não gostou muito de “Gran Torino”
Achei bem comum e sem atrativos!

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Huum … a Kamilla disse tudo o que temia, quando fiquei sabendo que Clint iria fazer dois filme, pensei que seria como em 2007 … acabou que não gostei do primeiro (A Troca) e este, estou com o pe atrás!

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Apesar de não ter gostado da redenção forçada que o Clint deu ao filme, curti Gran Torino de um modo geral. Seu personagem desafia alguns tabus da sociedade americana, como a imigração, a falta de identidade dos americanos e a própria crise financeira do país ( o automóvel Gran Torino é uma versão nostálgica do auge da Ford). O garoto asiático preguiçoso que não sabe martelar num prego nada mais é do que um reflexo da nossa geração que seu personagem xenófobo repudia. Embora não seja o melhor filme do Clint, achei-o melhor do que a A Troca, que aliás, ele foi meio que obrigado a fazer…

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Gostei do link que fizeste com o “Onde os fracos não têm vez”. Os velhos estão ficando sem lugar nesse mundo e confesso que simpatizo mais com eles do que com os novos tempos. Eu gostei muito mais de “Gran Torino” do que a “A Troca”, inclusive acho que foi (junto com O Lutador) a maior esnobada do Oscar desse ano.

Beijõezões! =P

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Gostei bastante deste filme. Mostra a situação atual da américa sem exageros dramáticos e até com um pouco de desdém.

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Quero tanto assistir esse filme, tenho lido muitos elogios por aí. Ainda não vi “A Troca”, mas irei fazer isso em breve. Abraço!

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Olá, Kamila! Tudo bem?

Gostei bastante de “Gran Torino”, mas do que “A Troca”, apesarem de serem histórias diferentes um do outro. O modo como é contado alguns conflitos… E concordo com o que disse sobre o ator que interpreta Thao, ele é mesmo fraquinho. E a Ahney Her, para mim foi uma grata surpresa. Destaco a canção-tema do filme, tocada no final dos créditos, é linda! rs.

Beijos! 😉

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Pela tema o filme tem a cara de Eastwood. Gosto muito da obra dele, tanto como diretor, assim como ator.
Ainda irei conferir este.

Bjos

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AINDA NÃO VI, MAS OS TRAILERS NÃO CHAMAM MUITO, SÓ FIQUEI IMPRESSIONADO COM A ATUAÇÃO DE EASTWOOD, HOMEM PELO QUAL EU SOU UM FÃ INCONDICIONAL.

BEIJOS

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Não sei se posso dizer que desgostei do filme, mas não me empolgou muito, não. O final é realmente excelente, mas todo o miolo do filme me pareceu frágil, caricatural e mal escrito. Muito longe dos melhores dele dessa década como Menina de Ouro e Sobre Meninos e Lobos.

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Leonardo, eu achei “Gran Torino” melhor que “A Troca”.

Jeniss, não creio que este filme não estreou nos cinemas daí! Abraço!

Matheus, o texto leva a crer que eu gostei bastante de “Gran Torino”, mas achei uma obra somente razoável.

Cleber, eu acho que Clint não teve um bom ano de 2008.

Charles, gostei de ler sua opinião sobre este filme. Achei-a interessante.

Marcus, eu também gostei mais deste filme que de “A Troca”. Beijos!

Pedro, bota desdém nisso!!!!

Rafael Moreira, acho que os dois filmes do Clint devem ser assistidos, mas sem expectativa alguma, uma vez que são obras bem comuns.

Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Eu odiei a música que fecha os créditos do filme. Achei PODRE!!!! Beijos!

Hugo, realmente, este é um material com a cara de Eastwood. Beijos!

Brenno, eu não gostei da atuação do Eastwood. Acho que ele forçou demais aquela cara carrancuda.. Beijos!

Rafael Carvalho, eu concordo totalmente com seu comentário!!!!

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Gostei bastante desse filme, mas certamente o Clint Eastwood já me emocionou mais. Alguns aspectos são bem exagerados, mas acaba ficando acima da média. Só aquela música do final que é péssima e me deixou com vergonha alheia pelo Clint…

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Ah, até que sua nota não foi ruim. Pela crítica que você fez lá no blog, achei que seria pior.
Abs!

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Se este for realmente o último filme em que Clint atua, sua carreira como ator foi encerrada com chave de ouro. Não achei Gran Torino surpreendente, mas muito interessante. Um obra questionadora, conduzida com talento, no enredo, na conjuntura e no término. A possibilidade e necessidade de mudança, de adaptação, reavalição de conceitos, assimilação das diferenças… Um misto de idéias preciosas para a era em que vivemos. Vida longa as direções de Eastwood.

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Adorei o filme, o único incomodo foi a cantoria no final ..nada que comprometesse o resultado final..como sempre !!!!!!!!!

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Amauri Terto, seu comentário foi muito melhor do que o filme. 🙂

Giane, exatamente. Mas, você gostou do filme mais que eu.

Paulo Soares, eu discordo….

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Comentário do cara que tava do meu lado no cinema assim que o filme acabou: Mas ele (o Clint) só deu um tiro no flime, mesmo assim por acidente, sem querer, que coisa!!!
O personagem do Clint nos ensina que pra fazer justiça por um amigo que sofreu violência não é preciso devolver na mesma moeda tb praticando violência. Ele perdeu a vida sim, mas deixou essa lição de que precisamos repensar nossa convivência em sociedade, precisamos recuperar nossa capacidade de sociabilidade, de se aproximar e conviver de maneira harmoniosa com quem está do nosso lado, mesmo que ele seja de uma origem ou de uma cultura diferente da nossa!
É daqueles filmes que leva à reflexão! Abraço.

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“Um filme que trata do tema preconceito e culpa. Walt Kowalski é um racista veterano da Guerra da Coréia, e flagra um garoto asiático tentando roubar seu carro, um Gran Torino de 1972 para poder fazer parte de uma gangue. Defendendo o rapaz, da ação da gang, Walt torna o herói do bairro, especialmente para a família do garoto. Através da bondade da família “chinoca”, Walt finalmente compreende algumas verdades sobre as pessoas que ele não considerava vizinhos. Pois faleceram ou mudaram-se e foram substituídas pelos imigrantes do sudeste asiático, que ele despreza. Descobre que os visinhos asiáticos, têm mais em comum consigo, do que ele tem com a sua própria família. Gran Torino não é uma obra-prima, mas um interagido filme que caracteriza um drama. É um dos temas que tem fascinado o ator na maioria de seus filmes recentes: Família, guerra, perda, fé e inesperada ligação humana. Todo orgulho e nacionalismo americano são expostos no filme que reserva um bom final para o expectador. Nota 10.”

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