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Canções de Amor

publicado em:4/06/09 11:48 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Quando uma música aparece em um filme, ela deve estar sempre em harmonia com os personagens e as imagens que vemos em tela. Ela pode até ajudar a estabelecer o tom de um longa ou de uma determinada cena, mas tem como objetivo principal colocar na linguagem musical aquilo que não poderia ser dito de uma outra forma – uma vez que ela quer causar sensações e sentimentos na gente. No caso particular de “Canções de Amor”, do diretor francês Christophe Honoré, as músicas compostas por Alex Beaupain nos ajudam a compreender os personagens desta história. 

O roteiro é dividido em três fases. Em comum entre elas, a presença dominante de Ismael (Louis Garrel, em mais uma parceria com Honoré), diagramador de um jornal diário, o qual vai continuar caminhando erroneamente pela vida após passar por uma tragédia pessoal. Em cada uma das etapas retratadas em “Canções de Amor”, Ismael tem a companhia de pessoas que também foram atingidas por esta tragédia, mas, ao contrário dele, lidam cada uma de forma bastante particular com os efeitos dela e tentam ajudá-lo a reencontrar um norte, um indicativo do que fazer, do que sentir, enfim, do que viver. 

Neste sentido, as músicas entoadas pelos personagens, no decorrer de “Canções de Amor” são importantes, pois elas acabam sendo o retrato verbal (ou seria musical?) dos pensamentos deles; dos seus desejos, anseios, medos e ideias. Mas, tal premissa interessante acaba perdida num roteiro que peca pela sua irregularidade, pelo desenvolvimento pobre dos personagens e pela total incapacidade de nos fazer ficar interessados pela jornada de Ismael – e olha que é difícil não ficar de olho ou atraída pelo charmosíssimo (e talentoso) Louis Garrel. 

Cotação: 5,0

Canções de Amor (Les Chansons d’amour, 2009)
Diretor:
Christophe Honoré
Roteiro: Christophe Honoré
Elenco: Louis Garrel, Ludivine Sagnier, Chiara Mastroianni, Clotilde Hesme, Grégoire Leprince-Ringuet



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Comentários


Christophe Honoré não é dos meus favoritos, mas ao tratar de assuntos como homossexualidade e sexo, seu trabalho é nada menos que irresistivel!

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Ainda não ouvi falar sobre esse filme em lugar nenhum. Pelo visto, é um filme que verei só pra ter o prazer de ouvir a língua francesa.
Beijos!

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Eu estou com este musical desde o início do ano para assistir, mas até agora não me empolguei em vê-lo. E eu já havia confessado a você que acho o Louis Garrel um ator bem insosso, que parece emular a si mesmo em cada novo filme. Mas eu verei, pois AMO a Ludivine Sagnier e, claro, o gênero musical.

Obs.: adoro a Alison Pill, uma jovem atriz sensacional!

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Cleber, isso é verdade. E ele fala sobre estes temas com muita classe e respeito.

Carol, eu também adoro ter o prazer de ouvir a língua francesa. Beijos!

Alex, eu não consigo achar o Garrel insosso. Que bom que gosta da Alison Pill. Ela tem talento!

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Achei esse filme bem estranho. As músicas colocadas de maneira bizarra, de um jeito que não combinava em nada com o clima do filme. Seria melhor sem as músicas.

Beijos!

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Discordo, mas respeito sua opiniao, Kamila. Acho q depende da impressao pessoal de cada um, eu pelo menos me interessei pela historia do personagem, e nao me incomodei com o desenvolvimento curto de outros.. A historia em si, o amor em si eh q sao complexos, o amor impossivel de se explicar, e esta afirmacao do diretor me basta. Fora q amo as musicas, e o Garrel, obviamente ^.^ hehehe

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Ciro, eu concordo. Beijos!

Romeika, eu amo o Garrel também e concordo que o filme fala sobre um amor que é impossível de se explicar, de um amor complexo. Mesmo assim, sinto que falta algo à esta obra.

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Nesse caso em particular eu discordo de você. Acho que “Canções de Amor” foi um dos melhores filmes do ano passado (quase entra no top 10) e deixa uma sensação indescritível ao seu final. Canções inspiradíssimas!

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Olá, Kamila! Tudo bem?

Não vi este ainda, mas já tinha escutado algumas músicas do filme e tinha gostado do que tinha ouvido até agora. Pelo que percebi, as músicas devem funcionar fora do filme. rs.

Beijos! 😉

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Vinícius, tudo bem. Respeito sua opinião e me lembro do seu texto sobre esse filme.

Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Eu acho que as músicas funcionam melhor fora do filme. Beijos!

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Nossa, que coincidência Kamila, porque vi esse filme há uns três dias e sempre gostei dele. Acho o roteiro muito bem desenvolvido, com todos os encontrops e desencontros dos personagens e possui um tom bastante leve também. A trilha sonora é sensacional, embora a noção de musical não está próxima da concepção hollywoodiana e parece mais um filme de Jacques Demy.

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Rafael Carvalho, isso é verdade. A concepção dele se distancia dos musicais hollywoodianos.

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Preciso discordar, Kamila. Além de ter adorado a abordagem original e amado todas as canções, me apaixonei pelo que o filme versava com tanta paixão e sensibilidade. Me cativou e me comoveu. Adorei, mesmo!

Nota 8,5

Ciao!

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