W.
Um dos personagens mais interessantes da história política recente se chama George W. Bush, o qual foi eleito o 43º presidente dos Estados Unidos da América. A sua trajetória indicava que ele seria um dos mais discretos commander-in-chief a passar pelo posto de homem mais poderoso do planeta, mas o nome dele será lembrado eternamente por causa do 11 de Setembro de 2001. O acontecimento mudou os rumos de seu governo e George W. Bush se transformou no ícone da Guerra Contra o Terror.
É este personagem o objeto de análise da cinebiografia “W.”, do diretor Oliver Stone, que segue o personagem a partir do momento em que ele entrou na universidade de Yale, em Setembro de 1964, até o instante crucial de seu mandato, pelos idos de Março de 2003, quando ele estava prestes a decidir por embarcar na Guerra do Iraque sob a falsa alegação de que eles armazenavam armas de destruição em massa – ainda sobra tempo para abordar as conseqüências desse ato.
O roteiro escrito por Stanley Weiser nos mostra um George W. Bush (Josh Brolin, numa notável atuação) ávido pela aprovação do pai, o ex-presidente George H. W. Bush (James Cromwell); meio irresponsável; perdido (uma vez que ele pulou de profissão em profissão até decidir seguir carreira política); alcoólatra e, depois, livre do vício e cristão renovado; bonachão; desinteressado por cultura em geral e alguém dependente da opinião externa (e raivoso se essa opinião acaba por lhe deixar em apuros). O interessante é perceber que, apesar disso, o diretor e o roteirista não menosprezam o seu personagem principal e nos relatam o que ele, talvez, tenha de mais importante: a capacidade de se reerguer e de ter acabado construído, contra todas as chances, amando-o ou odiando-o, uma vida que, no mínimo, é digna de respeito.
Fazer um filme como “W.” é uma tarefa complicada, especialmente porque, quando o longa estreou nos Estados Unidos a história do presidente George W. Bush ainda não havia chegado ao fim – ele ainda tinha alguns meses de mandato para cumprir. Tendo em vista o que nos é apresentado em tela por Oliver Stone (quem for assistir à obra esperando ver algo polêmico, irá se decepcionar), a impressão que temos é a de que “W.” é quase que um questionamento direto em busca de saber qual será o próximo passo de um homem que nunca faz aquilo que é o esperado dele. Para usar uma metáfora do filme: a bola de beisebol foi lançada, ela ainda está no ar, mas não se sabe ainda se ela vai resultar num home run ou não. Ou seja, só o tempo dirá que lugar George W. Bush, efetivamente, ocupará na história.
Cotação: 6,0
W. (W., 2008)
Diretor: Oliver Stone
Roteiro: Stanley Weiser
Elenco: Josh Brolin, Colin Hanks, Toby Jones, Jeffrey Wright, Thandie Newton, Scott Glenn, Richard Dreyfuss, James Cromwell, Ellen Burstyn, Noah Wyle, Elizabeth Banks
Kamila, realmente George W. Bush entrou para história americana por seu polémico governo. Veria o filme mesmo por ter curiosidade em torno da atuação de Josh Brolin.
Beijos! 😉
Acho que o Stone não consegue mais me decepcionar, já assisto esperando bomba. Não vi esse mas não parece fugir do recente histórico do homem. Abs!
Mayara, e a atuação do Brolin está excelente! Beijos!
Bruno, o Stone é um daqueles casos de bom diretor que se perdeu completamente… Quem te viu, quem te vê, né? Abraços!
Bem, eu não espero muito desse filme, pois não gosto de algo feito “muito em cima”, pois para se ter uma visão geral e mais apurada das coisas, é preciso uma certa distância de tempo e espaço, né? De qualquer forma, quero assistir… Abs!
Achei esse filme mediano, mas gostei de algumas coisas, especialmente o Josh Brolin…
Agora, terrível está Thandie Newton. Além de ser uma completa figurante, está péssima em suas caras e bocas…
SERIA UM GEORGE W BUSH QUE AS CÂMERAS DE TV NÃO MOSTRAVAM?
BEIJOS
Denis, eu não esperava muito do filme, mas acabei gostando dele mais do que eu imaginava. Eu concordo contigo: para se ter uma visão mais justa das coisas, é necessário uma certa distância de tempo e espaço. Abraços!
Matheus, o Josh Brolin é a melhor coisa do filme e a Thandie Newton entraria na minha lista de piores do ano.
Brenno, não! Beijos!
Kamila, já está em DVD?
Bom, gostei do seu texto e quero ver este filme.
E acho que o Josh Brolin está cada vez melhor. Se bem que eu já gostava dele desde OS GOONIES, em sua fenomenal atuação como o irmão mais velho da garotada. Mas eu não posso dizer o mesmo do Oliver Stone, que pirou depois de ASSASSINOS POR NATUREZA, filmaço que encerrou sua grande fase.
Bjs!
Perdi esse quando tava em cartaz!
Otavio, acho que não. Eu assisti ao filme no cinema. Obrigada! O Josh Brolin está mesmo muito bem! Teve um renascimento na carreira. Stone é que anda numa fase não muito boa. Beijos!
Cassiano, que pena! Mas, o assista quando puder.
Tinha muita curiosidade de ver esse filme, mas depois que saíram todos os comentários mornos a seu respeito, nem tive tanta curiosidade de assistir “W.” quando estreou. Mas pretendo ver em DVD, até pela elogiada atuação do Brolin.
Oi Kamila! Minhas impressões sobre o filme combinam com as tuas. Embora W. seja visto como persona non grata por boa parte do mundo, o Oliver Stone exagerou um pouco ao infantiliza-lo daquela maneira. abs.
Kamila,
gostei bastante do filme, acho que todo mundo espera um filme polêmico, mas Stone quis apenas mostrar os erros, acertos de um presidente e de um povo. Sem dizer que deixa muitas perguntas no ar.
As atuações são um caso aparte, principalmente o Brolin, algo sensacional de se ver.
Bjo,
André
🙁
Vinícius, assista só por causa dele mesmo.
Charles, eu não achei o personagem meio infantilizado. Pelo contrário. Abraços!
André, concordo contigo. Beijo!
E eu que ainda não vi este filme? Muitos reclaram mesmo, mas ainda assim, to muito curioso para assistir.
Sabe que achei um dos melhores trabalhos do Oliver Stone nos últimos anos(tarefa que naum parece ser muito difícil diante de filmes como Alexandre e As Torres Gêmeas…). Josh Brolin arrasa na composição!
Wally, esteja mesmo. O personagem merece a curiosidade.
Wanderley, eu discordo em relação ao Oliver Stone e concordo em relação ao Josh Brolin.
Se esperarem neste filme uma denúncia sobre o 43º presidente dos EUA, poderá ficar desapontados. O filme de Oliver Stone, W. é sobre a juventude e ascensão de George W. Bush. É um filme surpreendente que tem um começo, um meio e um fim, e que mostra grande integridade, na sua utilização de matérias sobre um homem que tem despertado tanta raiva e desconfiança. O filme não ira mudar ninguém, ou idéias sobre os valores dos últimos oito anos. E, no entanto, o cineasta Oliver Stone, talvez inesperadamente contivesse equilibradamente como ele revela os essenciais instantâneos e os registros marcantes na vida de George W. Bush. É um roteiro com a investigação: Stone e o escritor Stanley Weiser, pesquisaram por pelo menos 14 livros sobre a família Bush e da Presidência para não mencionar incontáveis horas de filmagens. No final, temos um filme que é como um álbum de fotos feitas de imagens animadas, focando o seu início, não domesticado vida, a extraordinária reviravolta e, finalmente, o primeiro mandato. Com alguns elementos de prova, Stone mostra W. como a ovelha negra da família. Bush, não conseguiu encontrar o seu caminho profissional e continuamente decepcionando seu pai, o 43o presidente. Em W. durante um pesadelo, George W. Bush ouve o pai dizer-lhe, “Você arruinou ela, o nome Bush, que levou 200 anos para construir, e você estragou.” Na Casa Branca contemporânea passagens, no entanto, não é tão fácil de evitar totalmente comentário e caricatura. Muitas cenas são individuais e cativantes: um almoço com o Dick Cheney (Richard Dreyfuss), no qual o Vice Presidente tenta manobras para obter o seu curso sobre o tratamento de prisioneiros, mas é abruptamente informado pelo seu chefe de “manter o seu ego em cheque”, as inúmeras tentativas de Secretário de Estado Colin Powell (Jeffrey Wright) para argumentar por um curso prudente sobre o Iraque, os quais são preenchidos com desdém cacarejo de Secretário da Defesa Donald Rumsfeld (Scott Glenn). Nota: 8,0
Se esperarem neste filme uma denúncia sobre o 43º presidente dos EUA, poderá ficar desapontados. O filme de Oliver Stone, W. é sobre a juventude e ascensão de George W. Bush. É um filme surpreendente que tem um começo, um meio e um fim, e que mostra grande integridade, na sua utilização de matérias sobre um homem que tem despertado tanta raiva e desconfiança. O filme não ira mudar ninguém, ou idéias sobre os valores dos últimos oito anos. E, no entanto, o cineasta Oliver Stone, talvez inesperadamente contivesse equilibradamente como ele revela os essenciais instantâneos e os registros marcantes na vida de George W. Bush. É um roteiro com a investigação: Stone e o escritor Stanley Weiser, pesquisaram por pelo menos 14 livros sobre a família Bush e da Presidência para não mencionar incontáveis horas de filmagens. No final, temos um filme que é como um álbum de fotos feitas de imagens animadas, focando o seu início, não domesticado vida, a extraordinária reviravolta e, finalmente, o primeiro mandato. Com alguns elementos de prova, Stone mostra W. como a ovelha negra da família. Bush, não conseguiu encontrar o seu caminho profissional e continuamente decepcionando seu pai, o 43o presidente. Em W. durante um pesadelo, George W. Bush ouve o pai dizer-lhe, “Você arruinou ela, o nome Bush, que levou 200 anos para construir, e você estragou.” Na Casa Branca contemporânea passagens, no entanto, não é tão fácil de evitar totalmente comentário e caricatura. Muitas cenas são individuais e cativantes: um almoço com o Dick Cheney (Richard Dreyfuss), no qual o Vice Presidente tenta manobras para obter o seu curso sobre o tratamento de prisioneiros, mas é abruptamente informado pelo seu chefe de “manter o seu ego em cheque”, as inúmeras tentativas de Secretário de Estado Colin Powell (Jeffrey Wright) para argumentar por um curso prudente sobre o Iraque, os quais são preenchidos com desdém cacarejo de Secretário da Defesa Donald Rumsfeld (Scott Glenn). Nota: 8,0
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