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W.

publicado em:26/08/09 10:26 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Um dos personagens mais interessantes da história política recente se chama George W. Bush, o qual foi eleito o 43º presidente dos Estados Unidos da América. A sua trajetória indicava que ele seria um dos mais discretos commander-in-chief a passar pelo posto de homem mais poderoso do planeta, mas o nome dele será lembrado eternamente por causa do 11 de Setembro de 2001. O acontecimento mudou os rumos de seu governo e George W. Bush se transformou no ícone da Guerra Contra o Terror. 

É este personagem o objeto de análise da cinebiografia “W.”, do diretor Oliver Stone, que segue o personagem a partir do momento em que ele entrou na universidade de Yale, em Setembro de 1964, até o instante crucial de seu mandato, pelos idos de Março de 2003, quando ele estava prestes a decidir por embarcar na Guerra do Iraque sob a falsa alegação de que eles armazenavam armas de destruição em massa – ainda sobra tempo para abordar as conseqüências desse ato. 

O roteiro escrito por Stanley Weiser nos mostra um George W. Bush (Josh Brolin, numa notável atuação) ávido pela aprovação do pai, o ex-presidente George H. W. Bush (James Cromwell); meio irresponsável; perdido (uma vez que ele pulou de profissão em profissão até decidir seguir carreira política); alcoólatra e, depois, livre do vício e cristão renovado; bonachão; desinteressado por cultura em geral e alguém dependente da opinião externa (e raivoso se essa opinião acaba por lhe deixar em apuros). O interessante é perceber que, apesar disso, o diretor e o roteirista não menosprezam o seu personagem principal e nos relatam o que ele, talvez, tenha de mais importante: a capacidade de se reerguer e de ter acabado construído, contra todas as chances, amando-o ou odiando-o, uma vida que, no mínimo, é digna de respeito. 

Fazer um filme como “W.” é uma tarefa complicada, especialmente porque, quando o longa estreou nos Estados Unidos a história do presidente George W. Bush ainda não havia chegado ao fim – ele ainda tinha alguns meses de mandato para cumprir. Tendo em vista o que nos é apresentado em tela por Oliver Stone (quem for assistir à obra esperando ver algo polêmico, irá se decepcionar), a impressão que temos é a de que “W.” é quase que um questionamento direto em busca de saber qual será o próximo passo de um homem que nunca faz aquilo que é o esperado dele. Para usar uma metáfora do filme: a bola de beisebol foi lançada, ela ainda está no ar, mas não se sabe ainda se ela vai resultar num home run ou não. Ou seja, só o tempo dirá que lugar George W. Bush, efetivamente, ocupará na história. 

Cotação: 6,0

W. (W., 2008)
Diretor: Oliver Stone
Roteiro: Stanley Weiser
Elenco: Josh Brolin, Colin Hanks, Toby Jones, Jeffrey Wright, Thandie Newton, Scott Glenn, Richard Dreyfuss, James Cromwell, Ellen Burstyn, Noah Wyle, Elizabeth Banks



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Comentários


Kamila, realmente George W. Bush entrou para história americana por seu polémico governo. Veria o filme mesmo por ter curiosidade em torno da atuação de Josh Brolin.

Beijos! 😉

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Acho que o Stone não consegue mais me decepcionar, já assisto esperando bomba. Não vi esse mas não parece fugir do recente histórico do homem. Abs!

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Mayara, e a atuação do Brolin está excelente! Beijos!

Bruno, o Stone é um daqueles casos de bom diretor que se perdeu completamente… Quem te viu, quem te vê, né? Abraços!

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Bem, eu não espero muito desse filme, pois não gosto de algo feito “muito em cima”, pois para se ter uma visão geral e mais apurada das coisas, é preciso uma certa distância de tempo e espaço, né? De qualquer forma, quero assistir… Abs!

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Achei esse filme mediano, mas gostei de algumas coisas, especialmente o Josh Brolin…

Agora, terrível está Thandie Newton. Além de ser uma completa figurante, está péssima em suas caras e bocas…

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SERIA UM GEORGE W BUSH QUE AS CÂMERAS DE TV NÃO MOSTRAVAM?

BEIJOS

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Denis, eu não esperava muito do filme, mas acabei gostando dele mais do que eu imaginava. Eu concordo contigo: para se ter uma visão mais justa das coisas, é necessário uma certa distância de tempo e espaço. Abraços!

Matheus, o Josh Brolin é a melhor coisa do filme e a Thandie Newton entraria na minha lista de piores do ano.

Brenno, não! Beijos!

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Kamila, já está em DVD?

Bom, gostei do seu texto e quero ver este filme.

E acho que o Josh Brolin está cada vez melhor. Se bem que eu já gostava dele desde OS GOONIES, em sua fenomenal atuação como o irmão mais velho da garotada. Mas eu não posso dizer o mesmo do Oliver Stone, que pirou depois de ASSASSINOS POR NATUREZA, filmaço que encerrou sua grande fase.

Bjs!

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Perdi esse quando tava em cartaz!

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Otavio, acho que não. Eu assisti ao filme no cinema. Obrigada! O Josh Brolin está mesmo muito bem! Teve um renascimento na carreira. Stone é que anda numa fase não muito boa. Beijos!

Cassiano, que pena! Mas, o assista quando puder.

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Tinha muita curiosidade de ver esse filme, mas depois que saíram todos os comentários mornos a seu respeito, nem tive tanta curiosidade de assistir “W.” quando estreou. Mas pretendo ver em DVD, até pela elogiada atuação do Brolin.

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Oi Kamila! Minhas impressões sobre o filme combinam com as tuas. Embora W. seja visto como persona non grata por boa parte do mundo, o Oliver Stone exagerou um pouco ao infantiliza-lo daquela maneira. abs.

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Kamila,
gostei bastante do filme, acho que todo mundo espera um filme polêmico, mas Stone quis apenas mostrar os erros, acertos de um presidente e de um povo. Sem dizer que deixa muitas perguntas no ar.
As atuações são um caso aparte, principalmente o Brolin, algo sensacional de se ver.

Bjo,
André
🙁

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Vinícius, assista só por causa dele mesmo.

Charles, eu não achei o personagem meio infantilizado. Pelo contrário. Abraços!

André, concordo contigo. Beijo!

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E eu que ainda não vi este filme? Muitos reclaram mesmo, mas ainda assim, to muito curioso para assistir.

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Sabe que achei um dos melhores trabalhos do Oliver Stone nos últimos anos(tarefa que naum parece ser muito difícil diante de filmes como Alexandre e As Torres Gêmeas…). Josh Brolin arrasa na composição!

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Wally, esteja mesmo. O personagem merece a curiosidade.

Wanderley, eu discordo em relação ao Oliver Stone e concordo em relação ao Josh Brolin.

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Se esperarem neste filme uma denúncia sobre o 43º presidente dos EUA, poderá ficar desapontados. O filme de Oliver Stone, W. é sobre a juventude e ascensão de George W. Bush. É um filme surpreendente que tem um começo, um meio e um fim, e que mostra grande integridade, na sua utilização de matérias sobre um homem que tem despertado tanta raiva e desconfiança. O filme não ira mudar ninguém, ou idéias sobre os valores dos últimos oito anos. E, no entanto, o cineasta Oliver Stone, talvez inesperadamente contivesse equilibradamente como ele revela os essenciais instantâneos e os registros marcantes na vida de George W. Bush. É um roteiro com a investigação: Stone e o escritor Stanley Weiser, pesquisaram por pelo menos 14 livros sobre a família Bush e da Presidência para não mencionar incontáveis horas de filmagens. No final, temos um filme que é como um álbum de fotos feitas de imagens animadas, focando o seu início, não domesticado vida, a extraordinária reviravolta e, finalmente, o primeiro mandato. Com alguns elementos de prova, Stone mostra W. como a ovelha negra da família. Bush, não conseguiu encontrar o seu caminho profissional e continuamente decepcionando seu pai, o 43o presidente. Em W. durante um pesadelo, George W. Bush ouve o pai dizer-lhe, “Você arruinou ela, o nome Bush, que levou 200 anos para construir, e você estragou.” Na Casa Branca contemporânea passagens, no entanto, não é tão fácil de evitar totalmente comentário e caricatura. Muitas cenas são individuais e cativantes: um almoço com o Dick Cheney (Richard Dreyfuss), no qual o Vice Presidente tenta manobras para obter o seu curso sobre o tratamento de prisioneiros, mas é abruptamente informado pelo seu chefe de “manter o seu ego em cheque”, as inúmeras tentativas de Secretário de Estado Colin Powell (Jeffrey Wright) para argumentar por um curso prudente sobre o Iraque, os quais são preenchidos com desdém cacarejo de Secretário da Defesa Donald Rumsfeld (Scott Glenn). Nota: 8,0

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Se esperarem neste filme uma denúncia sobre o 43º presidente dos EUA, poderá ficar desapontados. O filme de Oliver Stone, W. é sobre a juventude e ascensão de George W. Bush. É um filme surpreendente que tem um começo, um meio e um fim, e que mostra grande integridade, na sua utilização de matérias sobre um homem que tem despertado tanta raiva e desconfiança. O filme não ira mudar ninguém, ou idéias sobre os valores dos últimos oito anos. E, no entanto, o cineasta Oliver Stone, talvez inesperadamente contivesse equilibradamente como ele revela os essenciais instantâneos e os registros marcantes na vida de George W. Bush. É um roteiro com a investigação: Stone e o escritor Stanley Weiser, pesquisaram por pelo menos 14 livros sobre a família Bush e da Presidência para não mencionar incontáveis horas de filmagens. No final, temos um filme que é como um álbum de fotos feitas de imagens animadas, focando o seu início, não domesticado vida, a extraordinária reviravolta e, finalmente, o primeiro mandato. Com alguns elementos de prova, Stone mostra W. como a ovelha negra da família. Bush, não conseguiu encontrar o seu caminho profissional e continuamente decepcionando seu pai, o 43o presidente. Em W. durante um pesadelo, George W. Bush ouve o pai dizer-lhe, “Você arruinou ela, o nome Bush, que levou 200 anos para construir, e você estragou.” Na Casa Branca contemporânea passagens, no entanto, não é tão fácil de evitar totalmente comentário e caricatura. Muitas cenas são individuais e cativantes: um almoço com o Dick Cheney (Richard Dreyfuss), no qual o Vice Presidente tenta manobras para obter o seu curso sobre o tratamento de prisioneiros, mas é abruptamente informado pelo seu chefe de “manter o seu ego em cheque”, as inúmeras tentativas de Secretário de Estado Colin Powell (Jeffrey Wright) para argumentar por um curso prudente sobre o Iraque, os quais são preenchidos com desdém cacarejo de Secretário da Defesa Donald Rumsfeld (Scott Glenn). Nota: 8,0

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