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Bruno

publicado em:12/10/09 6:44 PM por: Kamila Azevedo Cinema

A maior sacada de “Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América”, filme do diretor Larry Charles, era o fato de que o ator, roteirista e produtor Sacha Baron Cohen conseguia passar totalmente despercebido por baixo da pele do personagem principal, pois era completamente desconhecido do grande público norte-americano. Quando o longa foi lançado, Sacha virou um rosto bastante familiar – o que se colocaria como um grande desafio, especialmente porque seu próximo projeto como ator principal era mais um mockumentary que tinha como objeto central uma de suas criações. 

“Bruno”, que o coloca novamente sob a direção de Larry Charles, tem como protagonista um repórter austríaco homossexual que apresentava um programa sobre moda e que viaja aos Estados Unidos com o único propósito de se tornar alguém mundialmente famoso. Nesse sentido, “Bruno” tem muito em comum com “Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América”, pois, através das situações que o personagem principal revela, temos sendo desnudados diante de nós aquilo que muitas vezes deveria ficar por debaixo dos panos – neste sentido, aquelas preocupações reveladas, no início do texto, se mostram totalmente infundadas, uma vez que Sacha Baron Cohen está mesmo irreconhecível com aquele cabelo loiro, toda aquela maquiagem e aqueles trajes mínimos. 

O que chama a atenção neste mockumentary é a incrível capacidade que Sacha Baron Cohen tem de encontrar figuras (e, consequentemente, situações) raras, como o pastor que tem como função converter gays, o homem frequentador de festas de swing e a arena de luta livre no Arkansas frequentada por uma plateia que fica completamente enojada com qualquer tipo de manifestação homossexual. Por outro lado, temos gente que é extremamente paciente com as loucuras de Sacha, como o professor de artes marciais – o qual não perde, um minuto sequer, o fio da meada e a educação diante da esdrúxula personalidade de Bruno. 

Apesar deste lado interessante, “Bruno” tem um enorme pecado: o fato de que Sacha Baron Cohen não parece ter limites quando quer fazer comédia ou, provavelmente, deixou o sucesso subir à sua cabeça e acha que pode fazer tudo que todo mundo vai adorar. Algumas das situações nas quais ele se enfia podem ser corajosas, porém, em muitas das vezes, o ator, roteirista e produtor ultrapassa o limite do bom senso e faz algo extremamente desagradável e que nos causa vergonha. Ele poderia ter feito esse filme sem apelar para situações como a da exploração gratuita do bebê negro e a cena do clareamento anal – somente para citar dois casos em que o longa se transforma numa verdadeira piada de mau gosto!

Cotação: 1,0

Bruno (Brüno, 2009)
Diretor: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Mazer, Jeff Schaffer (com base na história de Cohen, Hines, Mazer e Peter Baynham; bem como no personagem criado por Cohen)
Com: Sacha Baron Cohen, Gustaf Hammarsten, entre outros 



Jornalista e Publicitária


Comentários


Hahahahahahahahahahahaha percebi que você realmente odiou Bruno…

Enfim, achei ele engraçado em algumas partes, e até melhor que Borat (que eu simplesmente odeio com todas as forças), mas, de fato, é um filme desnecessário…

Enfim, passando pra contar que o Cinefilando agora também tem twitter! Aparece por lá!!!!

http://twitter.com/blogcinefilando

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Eu acho ‘borat’ simplesmente ótimo e inovador. Tudo o que alta a ‘bruno’, tembe´m acho as piadas dele de péssimo mau gosto, colocando mais uma vez as pessoas no ridículo e constrangindo a platéia. É claro que o filme todo não é assim, tem partes legais (poucas), acho que não daria uma nota tão inferior, mas com certeza estará abaixo da média.

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Cleber, srsrsrsrrsrs

Tiago, eu odiei mesmo esse filme. Vou seguir vocês!

Luís, concordo com teu comentário!

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O que me incomodou em Brüno foi a apelação para escancarar o preconceito e a ignorância geral. Em Borat eles fizeram isso muito melhor. Aqui, os meios já não justificam os fins. Beijo!!

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Em Borat as cenas são para expor os preconceitos das pessoas, em Bruno ele perde a medida, beirando ao absurdo mesmo. Como justificar aquele programa “dançando com Bruno”? Quem poderia gostar daquilo? E aquela cena da luta livre?
Agora, dei muita risada no clipe final…

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Louis, concordo contigo. Beijo!

Amanda, faço minhas as suas palavras. Só não ri no clipe final!

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Ficou só 2 semanas no cinema da minha cidade em sessões tardes da noite, por isso ainda não o vi. Acho que o gerentes não lançam o filme com receio de uma rejeição homofóbica. Santa Ignorânica.

BEIJOS

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Hahahahaha, eu imaginei que você não gostaria. Tava tão certo que não viria para os cinemas da nossa terra que vi logo por outros meios. Aliás, a censura está só 16 anos?! Não entendi, certamente censuraram alguma coisa.

Enfim, quando se faz um filme como esse o menor risco que se corre é todo mundo odiar, e mesmo sabendo disso continuar com o projeto do filme é que é audacioso. Ele é (muito) politicamente incorreto, desagradável, nojento e ultrapassa o bom senso durante quase toda película.

O que diria ser o grande mérito dele é ter feito tudo isso intencionalmente. Não creio que o sucesso lhe subiu à cabeça, creio que com Borat ele criou confiança para fazer algo mais incisivo. Os filmes dele não são um balde de água fria na sociedade… São um balde de nitrogênio líquido na sociedade.

Achei bastante digna a iniciativa dele. Apesar de considerar Borat superior, até pelo ineditismo.

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Meu namorado estava interessadíssimo em “Brüno” por ter visto e adorado “Borat”. Eu, por sinal, estava fugindo do filme exatamente por causa do anterior. Só que aqui no RJ, o filme não chegou nos grandes cinemas e só pôde ser visto em algumas poucas salas (leia-se duas, no máximo). Para minha sorte, não precisei assistí-lo e meu namorado ficou sem entender como um filme desse, que se propõe cômico, não chegou nos cinemas dos shoppings.
Pela sua resenha, fiz bom negócio em não procurar pelo filme! Pena que ele não esquecerá quando vier em DVD rsrsrs
=)

Beijo!

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Brenno, nada a ver esse negócio de recepção homofóbica… Se for isso que esteja acontecendo, uma pena! Beijos!

Paco, se foi feito intencionalmente, pior ainda! rsrsrsrsrsrsr

Carol, eu recomendo que assista… Até mesmo para tirar suas próprias conclusões! Beijo!

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Kamila, eu ODEIO “Borat”, rsrsrs. E não gosto do modo como Sacha Baron Cohen faz o seu modo de comédia. Ele acha-se o maioral por ter ganhado o “respeito” da crítica, acho. rsrs. Então, não tenho um pingo de vontade de assistir “Bruno”.

Beijos! 😉

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Eu acho Sacha Baron Cohen ótimo, mas a falta de noção dele estraga completamente o filme. “Bruno” é constrangedor e um dos piores filmes do ano…

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Mayara, nossa, você pegou mais pesado que eu! rsrsrr Beijos!

Matheus, exatamente!

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Kamila, meu problema com Bruno não foi esse da vergolha alheia. Acho até que essa era a intenção dele. Nos chocar.

Meu problema é a sensação de ver uma piada repetida. Apesar de algumas boas piadas, no todo o filme me pareceu uma tentativa de recriar uma “mágica” que não pode ser duplicada.

Se Cohen não se reciclar vai ficar complicado.

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Eu ainda não assisti e sabe que eu não to nada curioso

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Alexandre, concordo contigo. Cohen precisa se reciclar.

Pedro, eu ri, mas não achei um filme ótimo! Abraços!

Leandro, eu recomendo que assista, até mesmo para formar sua opinião a respeito da obra.

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Ahhh

Meu filme é tão legal! Ri bastante, mas ainda prefiro imensamente o Borat, o ver Bruno da a sensação de piada repetida, de ver o mesmo filme que o Borat ou o Ali G.

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Concordo com você. O filme foi completamente apelativo. Piadas fáceis. Diferente de Borat – muito melhor e mais original.

Beijos!

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Otavio, eu também gosto desse filme MUITO menos do que eu gosto de “Borat”. Beijos!

Bruno, eu gosto mais de “Borat”.

Ciro, exatamente. Beijos!

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Tb n gostei não! e olha que eu aodrei Borat, mas achei o filme meio perdidão….

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kamila odiou bruno? imagina! 8D
enfim, eu ainda nem sequer assisti borat (sim, me chamem de herege) mas q este filme tem sido bem controverso, ah ele tem sido. lembro-me de uma reportagem em q uma das pessoas entrevistadas pelo protagonista foi mostrado como um terrorista, sendo q ele era… engenheiro XD

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Realmente Kamila, concordo com você em vários aspectos do filme. Considero que a principal crítica de Brüno é que vivemos numa grande contradição, falando uma coisa e fazendo outra (mexicano-cadeiras, por exemplo). Também questiona o quão infundados são alguns dos valores da sociedade contemporânea. Porém, a forma como a crítica é feita é extremamente negativa, cenas e situações de extremo mal gosto.

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Kamila, quase que fui arrastada pra ver este filme por Hamilton, mas gracas a Deus escapei hehehehe Ouvi falar dessa cena do bebe, que horror!!!

re: A resposta a sua pergunta.. como me sinto aos 27 anos? Por incrivel que parece..jovem! Espiritualmente, mas ainda assim kkkkkkkkkk Eh dificil de acreditar que ja estou perto dos 30 rsrsrsrs..

Ah, obrigado pelos comentarios frequentes no meu blog, fico feliz que tenha gostado das ultimas fotos:) E desculpa pela minha falta aqui:(

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Ahhhhh, e o que vc achou de “Anticristo”? 🙂

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Thyago, é verdade essa história do engenheiro mostrado como terrorista??? Quanta manipulação!!

Elloa, exatamente!

Romeika, ainda bem que você escapou!!! Eu também tenho dificuldades de crer que estou perto dos 30 anos. O tempo passa rápido demais. E fique tranquila em relação aos comentários! 🙂 Depois, passa aqui para ver o que achei de “Anticristo”. Vou publicar texto sobre o longa!

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Eu achei de mal gosto, além de parecer que as cenas foram filmadas e não pegadinhas…

Achei o filme sem propósito e aquele final chatão… blerg

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[…] – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América” e “Bruno”, este longa foge da fórmula mockumentary, em que Sacha Baron Cohen se camuflava como esses […]

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