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De Repente, Califórnia

publicado em:2/11/09 9:29 PM por: Kamila Azevedo Cinema

O primeiro ato de “De Repente, Califórnia”, filme escrito e dirigido por Jonah Markowitz, é muito claro em seu propósito. Ele quer nos mostrar que Zach (Trevor Wright) é um jovem completamente normal. Morador de San Pedro, cidade californiana, ele divide seu tempo entre o trabalho como cozinheiro numa lanchonete, o surfe nas praias ensolaradas do local, baladas com os amigos e o namoro ioiô com Tori (Katie Walder). 

Entretanto, como veremos logo no segundo ato do filme, Zach tem uma grande diferença em relação a outros jovens de sua idade. Ele é membro de uma família bem complicada. O pai é alguém com quem, claramente, não se pode contar. Então, desde a morte da mãe, Zach tomou para si a responsabilidade de ser aquele que é o pilar da família e que a coloca nos eixos, especialmente porque a irmã Jeanne (Tina Holmes, que muitos irão se recordar de ter participado de “Six Feet Under”) é meio irresponsável e relega ao irmão os cuidados principais do filho Cody (Jackson Wurth). 

Crescer em meio a um ambiente assim não deve ser fácil e está claro para a plateia que Zach é um jovem que possui seus próprios sonhos e ambições (especialmente cursar artes plásticas na Cal Arts, universidade da região). Entretanto, por causa das razões citadas anteriormente, ele é que tem que adiar seus sonhos e ver os amigos se encaminhando na vida. Zach precisa de um abrigo (para fazer referência ao título original deste filme), de alguém que lhe dê suporte e que seja parceiro (a) dele na vida em si. O jovem irá encontrar essa pessoa na figura de Shaun (Brad Rowe), que vem a ser irmão do melhor amigo de Zach. 

A trama de “De Repente, Califórnia” enfoca justamente a maneira como Zach lida com seus sentimentos por Shaun, se descobrindo como homem, ganhando segurança e força e conciliando os seus anseios com as necessidades de sua própria família. O filme chama a atenção por não tentar apressar o desenvolvimento de sua história, respeitando o tempo do próprio Zach e das pessoas ao redor dele – que também precisam digerir que o jovem está mudando, e de forma definitiva.

Cotação: 8,0

De Repente, Califórnia (Shelter, 2007)
Diretor: Jonah Markowitz
Roteiro: Jonah Markowitz
Elenco: Trevor Wright, Brad Rowe, Tina Holmes, Jackson Wurth, Katie Walder 



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Comentários


Kamila, eu já achei o filme um pouco superficial, é um pouco curto e achei que poderia ter explorado um pouco mais certos aspectos da trama. Achei previsível, clichê e não me convenceu. A atuação da dupla protagonista é, no entanto, bem construída e bem feita. No geral achei um filme fraco, que tinha algo a dizer, mas não se expressou completamente.

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Yuri, eu concordo que alguns aspectos da trama poderiam ter sido melhor explorados e que o filme é curto mesmo. Mas, acho que a história acaba envolvendo a gente, por ser bem construída e por ser bem apresentada.

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Oi Kamila, tudo bem?

Pois é, ainda não vi De repente, Califórnia. O que não me impede de apreciar seu olhar sobre o filme. Sem sombra de dúvidas, quando assiti-lo, o que espero fazer em breve, irei observar como o ritmo se desenvolve. Conforme vc disse respeitando o tempo de Zach. Muitos filmes atropelam seus personagens. Se esse não o faz, já é um grande ganho.

Ah e vc o viu na tv por assinatura ou em dvd?
Beijos

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achei um bom filme, que trata sobre temas difíceis e conta com a ajuda de atores competentes, no final, acho que não é um destaque no gênero, mas vale muito o ingresso.

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Gostei muito de como descreveu o personagem, e fiquei extremamente instigado em conferir o filme…

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Reinaldo, tudo bem, obrigada. E com você? Eu assisti a este filme numa sessão de arte, no cinema mesmo! E eu gosto de filmes que respeitam o tempo de seus personagens. Beijos!

Luís, concordo contigo!

Wally, obrigada!

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Fiquei curiosa em ver o filme agora depois de ler seu texto, mas, infelizmente, este filme ficou muito pouco tempo no cinema. Estou esperando por seu lançamento em DVD e tomara que a locadora onde frequento lançe-o.

Beijos! 😉

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Eu gostei desse filme. É uma coisa meio Sessão da Tarde – como se Sessão da Tarde exibisse filmes assim – é verdade… Talvez haja outros filmes que tratem o tema com maior profundidade, mas Shelter – Jesus Cristo, que droga de título é esse em Português! – cumpre bem seu papel. Entretém e emociona… e pra mim, foi o que importou!

Abração!

=)

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eu adorei o filme .. os atores , de como foi dirigido .. tudo me apaixonoui … alguns papeis vagos .. mas precisos .. o papel do jovem zach é encantador …. prova a muitos jovens de que..
“Toda decisão que você toma – toda decisão – não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.” nota 10 ao filme.

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eu adorei o filme .. .. o papel do jovem zach é encantador …. prova a muitos jovens de que..
“Toda decisão que você toma – toda decisão – não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.” nota 10 ao filme.

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Marcelo, para mim é isso que também importa. Abração!

Aparecida, legal mesmo o filme!

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