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Cena da Semana

publicado em:8/11/09 10:28 PM por: Kamila Azevedo Cena da Semana

(O caso da aluna da UNIBAN)

No dia 22 de outubro, uma estudante do curso de Turismo de uma universidade particular de São Paulo foi hostilizada pelos colegas de universidade, pois apareceu, na instituição de ensino, com um provocante vestido vermelho. Chamada de todos os nomes possíveis e imagináveis, a estudante teve que sair escoltada do local, pois o tumulto estava grande demais. Uma cena de total preconceito e hipocrisia, uma vez que a jovem tem todo o direito de sair de casa vestida com a roupa que quiser – independente do fato de eu, você ou qualquer outra pessoa achar que a vestimenta escolhida por ela seja adequada ou não ao ambiente.

Eis que, após instaurar uma sindicância para investigar o acontecido, a universidade decidiu publicar uma nota neste domingo, nos jornais de maior circulação do país, informando que a aluna do caso em questão foi expulsa da universidade “em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”. Um resultado vergonhoso para uma situação mais ridícula ainda. A sentença, além de preconceituosa, é totalmente contraditória. O que acontece com os alunos que chamaram a estudante de nomes de baixo calão? Eles também desrespeitaram os princípios éticos, a diginidade acadêmica e a moralidade. Perderam o seu direito a partir do momento em que invadiram o direito da estudante do curso de Turismo. Eles também deveriam ser punidos, mas o que aconteceria se a universidade tivesse que expulsar todos os estudantes que participaram dessa baderna? Quem iria pagar as mensalidades que mantêm a instituição? É o típico caso de dois pesos, duas medidas. Só no Brasil mesmo!

Pós-Edição: Após a repercussão da notícia, a UNIBAN decidiu revogar a expulsão da aluna.



Jornalista e Publicitária


Comentários


Kamila, achei essa situação totalmente patética. Essa unidade da Uniban é de São Bernardo do Campo, município vizinho de Santo André (que é onde moro) e tenho duas amigas, uma faz T.I. e a outra Arquitetura, que presenciaram essa baderna. E vale lembrar que em abril deste mesmo ano uma aluna foi agredida por não participar de um protesto quanto a nova política de provas. O que mais revolta talvez nem seja essa expulsão, mas o falso moralismo por parte dos estudantes, que certamente foram os mesmos que diziam que iam estuprá-la e que tentaram capturar imagens debaixo de sua saia. O jeito é acompanhar de perto a resolução de toda essa confusão.

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Milla … Brasiu é brasiu …
ehehhee

Vejamos … por muitas vezes estamos diante de uma deflagração de valores morais contraditórios … percebe que aqueles mesmos que falam que a menina é corrimão de busu tem um perfil de que gostam da baixaria e ficam horas e horas achando que BBB é uma coisa genial e A Fazenda é um exposto cultural e sociologico do ser humano. Por muitas vezes somos testemunhas de casos extremos de hipocresia e esse caso é um exemplo pautado disso.

Acho que nem sei qual é o pior … a Universidade cobrar moral da estudante que só por que usou uma roupa um pouco menor ou entrar no coro dos vagabundos e se ferir com uma coisa tão pequena sabendo que acontece coisas piores dentro de sua faculdade …

Daqui a pouco a mina vai pousar nua na playboy, encher de grana em uma causa totalmente a favor a ela … futuramente ser chamada A fazenda e quiça ser atriz porno … Milla … isso se chama realidade e o mais dificil não é acreditar no que acontece e sim fechar os olhos e fingir que nada aconteceu …

Beijos e abraços

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Alex, obrigada pelo comentário esclarecedor. Eu acho o falso moralismo dos estudantes de lá também algo muito sério e digno de comentário! Patético a ceninha que eles fizeram. Temos mesmo que acompanhar de perto toda a resolução dessa confusão!

João Paulo, seu comentário tem total fundamento e fica até difícil replicar o que você disse! Beijos!

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Kamila, eu acho que nessa história todo mundo tem culpa. A garota, que fez tudo com o intuito de aparece e os outros estudantes, que acabaram fazendo justamente o que ela queria!

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Sim Milla … esqueci de comentar … Andando por aqui, já vi gente vestindo coisa pior ou roupas que deixariam alguns surpresos e admrados com medo … mas sabe o que acontece … nada, por que pelo menos as pessoas aqui sabem que uma peça de roupa não diz o que realmente a pessoa é. Acredito que a tentativa de retornar a moralidade prova o quanto a faculdade é falha em provar algo que ela mesma não faz …

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Sério, parece que o Brasil não tem outros problemas para resolver e se apega a casos como esses, em que sabemos que não é o primeiro, nem será o último.

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Matheus, não acho que a estudante pediu para ser chamada de nomes de baixo calão. Ela tem direito de vestir aquilo que quiser. Os alunos foram totalmente desrespeitosos com ela!

João Paulo, as pessoas sabem que não devem se meter na vida dos outros, ao contrário dos brasileiros. A faculdade erra em só punir um lado. Ainda mais o lado mais fraco da história. A menina está sozinha contra todos os outros alunos.

Luís, exatamente!

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Kamila, só no Brasil mesmo. Ou no Afeganistão tb? Lamentável e patético é pouco pra descrever este incidente:( Eu espero que ela processe a universidade e este bando todo de hipócritas.

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Como expulsá-la por desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade? Se ela foi com aquela roupa, é porque, aparentemente, não houve nenhuma orientação da faculdade sobre o que é certo ou o que é errado nas vestimentas dos alunos. Como instituição de educação, deveriam se sentir envergonhados por estarem formando cidadãos (se é que aqueles merecem ser chamados disso) que agem como baderneiros em situações como essa. Vergonhoso, muito vergonhoso.

Beijos

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absurdo segundo o diretor a menina foi expulsa nao soh por isso mas msm assim qnts garotas se incinuam na sua facu? heheheh

http://publicandobr.blogspot.com/2009/11/imagens-da-guerra.html

volte sempre

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Romeika, concordo plenamente contigo!

Brenno, mesmo com a orientação, ela tem o direito de se vestir da forma que quiser! Beijos!

Airton, exatamente. Se toda escola/faculdade fosse adotar o mesmo critério, MUITA gente seria expulsa.

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Essa menina passou dos limites, sim. Mas mesmo assim, a Universidade perdeu toda a razão que tinha, e os estudantes perderam a compostura e se tornaram imorais e ridiculos. Todos erraram, como alguem disse acima. Mas mesmo assim – não se pode negar – essa história foi exagerado aos montes por cada personagem. A garota sofreu uma punição muito severa, mas isso não a isenta da culpa. Na minha opinião, o mais errado nessa história toda são os garotos da faculdade – uma vergonha nacional isso.

Muito bom saber que por aqui também há denuncia social, sabia? Admiro muito essa intertextualidade.

Abraços, e se der, passe no Cinemótica!

Abraços.

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Simplesmente ridícula toda a situação. Nunca consegui (e talvez nunca consiga) compreender porque os seres humanos sentem-se tão poderosos quando humilham o próximo. Ninguém tem nada com a vida desta aluna – e se estes alunos da UNIBAN estão pregando a moral e os bons costumes, não podiam ter dito coisas de tão baixo calão. E ainda expulsaram a moça. Que lástima.
Beijos, Kamila! Boa semana!

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Kamila, tudo bem?
Infelizmente esta é uma discussão que pode durar horas, mas tenha certeza de que não existe mocinho nesta história.
A garota tem todo o direito de se vestir como quer, porém deve existir o bom senso, principalmente numa cidade louca como SP. Um exemplo, eu adoro futebol e torço para Palmeiras, tenho o direito de usar a camisa do time em qualquer lugar, mas preciso ter o bom senso de não usa-lo em dias de jogos do Corinthians e em locais próximos do estádio. Uma loucura, mas é algo que temos que conviver.
A atitude dos alunos é igual a de torcedores em grupo, um visualiza o alvo, incita o ataque e os demais seguem, algo idêntico a um linchamento. A maioria que está ali queria apenas bagunçar, duvido que houvesse alguma ideologia ou algo contra a moral. Outro absurdo sem tamanho.
E por último a Universidade. A Uniban assim como outras aqui de SP (Unip, Uninove, Unicid, etc) há pouco mais de dez anos tinham apenas uma ou duas unidades, com as facilidades de abertura de cursos dadas pelo governo, elas se transformaram em fábricas de diplomas e neste caso específico, a direção com certeza prefere ser processada apenas por uma aluna do que porque por 30 outros que poderiam ser expulsos, além da publicidade negativa que seria maior ainda. Daqui a pouco esta história é esquecida, mas antes a garota tb terá seus minutos de fama aparecendo em revistas, tv e no que for possível.

Escrevi demais…rs

Bjos

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Marcelo, obrigada pela visita e pelo comentário. Eu concordo com muito do que você disse. Abraços e vou te visitar!

Weiner, assino embaixo do teu comentário. Beijos e boa semana!

Hugo, tudo bem, obrigada. E com você? Claro que deve existir bom senso e faltou isso à estudante, mas nada justifica a reação dos alunos. NADA! E, como você bem disse, todos terão seus 15 minutos de fama. Beijos!

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Kamila a liberdade individual vai as favas com coisas assim.

Se não havia nenhuma regulamentação do manual do aluno ou estatuto da universidade referindo-se a vestimenta da menina ela tem o direito de se vestir como quiser.

Se ela usou roupas inapropriadas ou não, esse é um problema dela.

Ridiculo mesmo são um bando de caras (qua ainda se dizem heterosexuais) xingando a menina que tenho certeza que se desse bola pra algum deles não estariam hostilizando-a.

Medíocre dizer que a menina tem alguma culpa, é só o que faltava, é a mesma justificativa que poderia se dar pra uma vítima de estupro … “ah mais também, olha a roupa que ela tava usando”.

É absurdo…

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Na boa, a saia dela nem era tão curta assim, já vi vestimentas “piores” na minha faculdade, gurias chegando direto das festas.

Tá mais pra UNIBAMBI essa universidade.

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Uma lástima mesmo! Eles tem mais o que se preocupar, como a educação do que a roupa de fulano. Que tipo de “universidade” é essa?

Beijos e tenha uma ótima semana! 😉

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Marcus, exatamente. No nosso dia a dia mesmo, vemos gente que se veste pior do que a menina do caso em questão. Beijo!

Mayara, exatamente! Beijos e ótima semana!

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Independente do caráter expositivo demais da aluna, de sua personalidade, de sua índole e de sua vulgaridade sugerida, foi um ocorrido extremamente hipócrita por parte dos estudantes que a ofenderam. Da mesma forma que ela talvez tenha os atiçado, muitos dos que a criticaram não devem importar quando toca um funk ofensivo ou passa uma mini-saia como esta no meio da rua.

O pior veio depois. Com a expulsão da garota e a explicação da universidade. Se ela feriu a moralidade, os alunos que a ofenderam também não o fizeram? Se é para nos tornarmos um país hipócrita e conservador repentinamente, que façamos de uma forma correta!

Aí depois eles revogam… conscientes da estupidez. Que pais é este?

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