Sinédoque, Nova York
Para tentar compreender “Sinédoque, Nova York”, é importante tentar entender o que significa a figura de expressão que está presente no título do filme. Sinédoque nada mais é do que a tentativa de empregar o todo pela parte, ou a parte pelo todo, do mais para o menos ou vice-versa. Complicado, não? Mas, é assim que funciona a mente do diretor e roteirista Charlie Kaufman. Em todas as suas obras, ele não se preocupa em passar a informação de forma fácil para a plateia. Ele quer que a gente mergulhe fundo em suas tramas, nos seus personagens complexos, nas situações que ele cria – e, aqui, não vai ser diferente.
O personagem principal de “Sinédoque, Nova York” é o diretor de teatro Caden Cotard (Philip Seymour Hoffman, brilhante como sempre). Quando o encontramos pela primeira vez, tudo na vida dele parece estar indo como planejado. Entretanto, aos poucos, uma série de acontecimentos fortuitos – como a mudança permanente da esposa (Catherine Keener) e da filha para Berlim, a descoberta de enfermidades que vão minando gradativamente as suas forças, a incapacidade dele de inserir novas pessoas em sua vida (como as personagens de Samantha Morton e de Michelle Williams) – vão fazer com que Caden entre numa profunda depressão.
Após ganhar um prêmio, Caden decide fazer sua obra definitiva, aquela que o representará e será a sua grande contribuição para o mundo artístico. Para tanto, ele se muda para Nova York, aonde constroi uma série de galpões que serão os locais aonde ele colocará a sua vida e as pessoas que fazem parte dela em cena, numa grande tentativa de tentar perceber, afinal, o que deu errado e o que ele pode fazer para consertar aquilo que ele acredita, bem no fundo, ter uma culpa exclusiva sua.
Toda esta história nos é apresentada por Charlie Kaufman através de uma linha temporal muito confusa. As coisas vão acontecendo sem nos dar tempo de digerir o ocorrido e de nos situarmos também dentro da história. Por isso, não é difícil para a gente compreender e se colocar na pele de Caden: estamos na mesma confusão e no mesmo turbilhão de emoções que ele. Por causa dessa razão, “Sinédoque, Nova York” é um filme um tanto irregular e que carece de certa linearidade. Seu único momento brilhante é a cena em que um padre faz um monólogo num funeral, em um dos ensaios da interminável peça de Caden. Aí, sim, Charlie Kaufman prova porque é um dos profissionais mais respeitados do cinema atual.
Cotação: 4,0
Sinédoque, Nova York (Synecdoche, New York, 2008)
Diretor: Charlie Kaufman
Roteiro: Charlie Kaufman
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Sadie Goldstein, Michelle Williams, Samantha Morton, Hope Davis, Jennifer Jason Leigh, Emily Watson, Dianne Wiest
hummm… Os pontos negativos me desafiam e me faz querer assisti-lo.
Cineamador, então o assista!
Veria pelo ótimo elenco, por que o jeito que Charlie Kaufman faz cinema deixa-me de enxaqueca de tão confuso, rsrsrsrsrs.
Beijos! 😉
Pois é, as grandes lições de Sinédoque Nova Iorque: Philip Seymour Hoffman é bom até lendo lista telefônica como dizia Paulo Francis e Charlie Kaufman não deve se aventurar a dirigir… Que entregue seus roteiros a um diretor mais coeso.
Bjs Ka!
Acho que você foi um pouco dura com o filme, hehe. Tá certo que não chega a ser um grande trabalho do Kaufman, mas ainda assim achei interessantíssimo – e o elenco é ótimo.Abs!
Mayara, eu cheguei à conclusão de que os filmes dele não são pra mim! Beijos!
Reinaldo, o Philip é um baita ator. Simplesmente brilhante. Mas, não seria radical a ponto de dizer que Charlie Kaufman nunca deve dirigir mais na vida. Beijos!
Vinícius, :-). O filme é deveras interessante, mas peca, sim, pela irregularidade. Abraço!
Kamila, estou pra ver esse filme faz tempo… quem viu e que me comentou sobre também teve os mesmos problemas que vc teve para acompanhar tantas idas e vindas do roteiro.
Vou me arriscar e depois comento, ou até resenho rsrs.
Eu não seria tão cruel com o Kaufman, acho esse um filme-menor dele, sim. Mas acho que valeu por vê um elenco não de estrelas mas sim de atores comprometidos e que se aventuram nos mais diversos gêneros no cinema sem medo.
Achei fraco também, a idéia foi boa mas a execução foi muito confusa, muito ‘cabeça’ pra mim, haha.
Beijos, ótima semana!! x)
Alexandre, você usa a palavra certa. Se arriscar! Assista e depois diga o que achou!:-)
Luís, os atores estavam, sim, comprometidos. Isso é verdade. Talvez, o elenco seja o ponto alto desse filme.
Marcus, exatamente! Beijos e ótima semana!
YESSSSSSSSSSSSSS! Dá-lhe, Kamila! Finalmente alguém concorda comigo sobre este filme!!!!!!!!
Coisas assinadas por Kaufman são no mínimo curiosas. Este, em especial, vale pelo elenco – a história mesmo, é exageradamente confusa.
Não evolui o bastante para viver no mesmo planeta que Kaufman.
Beijos!
Eu gosto MUITO do Charlie Kaufman, Kamila. Mas estou com vc e não abro.
Otavio, que bom que não estás mais sozinho! 🙂 Beijos!
Weiner, exatamete. A história é totalmente confusa! Beijos!
Bruno S., finalmente, concordamos em alguma coisa, ultimamente!
Pois é Kamila, eu alem de nao conseguir seguir a linha de raciocinio de Kaufann, tambem achei tudo muito chato. Nao me prendia a atençao nada do que se passava ali, apesar de achar que a obra é bem original.
Mas nao estou pronto pra esse filme, quem sabe num futuro faça outra leitura.
Rogerio, concordo plenamente com seu comentário. Me senti da mesma forma assistindo ao filme.
Vou ver nesta semana. Depois te falo o que achei.
Nossa, eu acho esse filme genial! E acvho a falta de linearidade extremamente pertinente nele. A ideia de transformar o galpão na sua própria vida, o medo de se descolar da realidade, os pensamentos claustrofóbicos… Acho perfeito!
Bjs!
Achei essa estreia do Kaufman na direção uma grande decepção. Apesar da proposta inicial do filme ser bastante interessante, a execução parece se perder na tentativa de parecer cult e inteligente. Mas o melhor é o elenco, todos, sem exceção, estão maravilhosos. Samantha Morton e Emilly Watson são minhas preferidas.
Wally, vou ficar aguardando! 🙂
Dudu, seu pensamento tem fundamento. Sua opinião me fez pensar aqui! 🙂 Beijos!
Rafael C., o elenco é realmente o melhor que este filme tem a oferecer.
Sério, nota 4? Eu achei o filme muito intrigante e me deu vontade de vê-lo várias vezes… Ainda não me decidi se o achei pedante ou se o achei genial…
O Cara da Locadora, sério! Eu acho um filme sem pé nem cabeça, mas condizente com a mente do Charlie Kaufman.
Achei um bom filme, uma experiência realmente produnda. Além das competentes performances do elenco.
Pedro, a experiência pode ser profunda, mas o filme é raso demais. Só o elenco mesmo pra se sobressair.
li atentamente os cometarios. principalmente os queles que não gostaram >,. das duas uma : ou vcs. não entenderam a complecidade a obra que é bastante fora do padrão pois foi tofinha constrida fora da lineriadade costumeira….ou ainda são jovens demais. pois o diretor tramou no macro–nas partes e no todo. Na vida real isto acontece aos montes nas nossas famllias no entorno e contorno do nosso cotidiano….mas a maioria nem sequer OBSERVA PROFUNDAMNETE AS QUESTÓES HUMANAS DE SUAS DECORRENCIAS PORTANTO ,daí não entender a complectude da obra, que so digna de elogios ao diretor roteito e expecioanal atuação do elenco.