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Sherlock Holmes

publicado em:28/01/10 9:22 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Um personagem clássico da literatura inglesa, Sherlock Holmes foi criado pelo escritor Arthur Conan Doyle e apareceu pela primeira vez em um romance publicado originalmente em novembro de 1887. Desde então, ele já figurou em cerca de 4 livros e 5 séries de contos; fora as cerca de 223 aparições em obras cinematográficas e televisivas. Em 2009, o diretor Guy Ritchie decidiu apresentar uma versão mais moderna do personagem e é a esta visão que assistimos no filme “Sherlock Holmes”. 

O roteiro, que foi escrito por Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg, tem uma estrutura típica de um bom filme de ação e aventura. Temos o protagonista, o lendário investigador Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.); os personagens secundários, que enriquecem a trama, como o fiel escudeiro John Watson (Jude Law, retornando após uma ausência de dois anos), o Inspetor Lestrade (Eddie Marsan), a jovem Mary (Kelly Reilly) e a rival Irene Adler (Rachel McAdams); e, principalmente, o antagonista, Lorde Blackwood (Mark Strong). 

No começo do filme, Holmes e Watson prenderam Blackwood no que seria uma espécie de ritual de magia negra. Condenado à forca, o caso de Blackwood já parecia estar encerrado, mas Holmes não conseguia seguir adiante com novas investigações. Quando o Inspetor Lestrade descobre que Blackwood, na realidade, não faleceu, Holmes e Watson voltam à ativa em uma busca que os trará problemas, emoção, correria e muita, mas muita adrenalina – em segundo plano, fica aqui uma interessante abordagem: a do forte laço de amizade que une Sherlock e John, uma vez que os dois são muito fieis um ao outro, se cuidam mutuamente e seriam capaz de morrer se isso significasse salvar a vida de um deles. 

O diretor Guy Ritchie viveu um período negro na sua carreira cinematográfica, especialmente durante a época em que se manteve casado com a popstar Madonna. “Sherlock Holmes” foi o primeiro filme que ele fez após se separar dela (mais precisamente quando eles estavam na fase de divórcio). Portanto, existia uma pressão muito grande nos ombros do inglês, não só por ele estar lidando com um clássico personagem da literatura de seu país, como também pelo fato de que esta obra poderia ser fundamental para suas pretensões futuras na indústria. 

O longa que ele entregou foi uma obra excelente do ponto de vista técnico, especialmente no que diz respeito à direção de arte, figurino e à montagem inspirada de certas cenas. Mas, talvez, a maior contribuição de Ritchie ao personagem tenha sido oferecer ao seu protagonista um tom ácido e sarcástico, que cai como uma luva para o intérprete escolhido por ele (Robert Downey Jr.), o qual vive também um momento único em sua carreira. Enfim, “Sherlock Holmes” é um filme que é uma sucessão de acertos, que não se leva a sério nos momentos certos e que é uma vibrante obra de ação e aventura. 

Cotação: 8,0

Sherlock Holmes (Sherlock Holmes, 2009)
Diretor: Guy Ritchie
Roteiro: Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg (com base na história de Lionel Wigram e Michael Robert Johnson e nos personagens criados por Arthur Conan Doyle)
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Mark Strong, Rachel McAdams, Eddie Marsan, Kelly Reilly



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Comentários


Gostei do filme também. Tem seus probleminhas, mas é muito divertido e honra os contos originais de Conan Doyle. Robert Downey Jr. está fantástico! Também gostei do Jude Law. Só achei a personagem de Rachel McAdams (e não a atriz) perdida ou desnecessária, como a Scarlett Johansson, de O GRANDE TRUQUE. Também não gostei das explicações Scooby-Doo. Mas o filme funciona. Direção de arte, figurinos, fotografia, e principalmente a trilha de Hans Zimmer e o ritmo louco de Guy Ritchie estão em perfeita sintonia com um Robert Downey Jr para lá de inspirado.
Bjs!

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Senti uma aura de O “blockbuster” da primeira metade do ano, é um filme realmente interessante, que apesar de algumas falhas – comuns à filmes do tipo – ainda atinge com louvor seus objetivos. o elenco, claro, está muito bem, mas devo admitir que fiquei surpreso com o imenso reconhecimento dado à Downey jr, já que sua performance é correta e atraente, mas definitivamente não merecia um Globo de Ouro.
Beijos!

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Tommy, não acho que ele seja merecedor de prêmios, nem que deveria ser indicado ao Oscar. Abraço!

Otavio, não achei algum problema nesse filme. O Robert e o Jude estão ótimos! Também achei a Rachel desnecessária. E não entendi os “explicações Scooby Doo”. rsrsrsrs Beijos!

Weiner, não seria precipitada em dizer que é o blockbuster desse início de ano, mas é um filme interessante mesmo. Beijos!

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Adorei. Robert Donney Jr. está fantástico como Holmes. Jude Law também está muito bem. Adorei seu lado sonoro. Como você disse é um filme excelente do ponto de vista técnico. Acho que muitas indicações sairão aí. Bem, pelo menos três, acho 🙂 Bjos!

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Caramba! Nota alta, não? Bem além de ter acabado a energia no cinema em que fui assistir (conseguiram derrubar a energia do shopping inteiro) houve uma muvulca imensa, atraso de filme e tudo mais, contudo – esse filme do Ritchie não me agradou, particularmente acho algo que tenta se derrubar a todo momento, sem falar da premiação de Downey Jr. no Globo de Ouro, o que foi aquilo? Jesus.

Bom, claro que entendo o seu lado de ter gostado e sim acho a parte técnica excepcional, além da agradavel trilha sonora!

Beijos!

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Bom que gostou! Acho interessante uma nova roupagem ao personagem, e pelo carisma do personagem e do filme, deve mesmo se tornar uma série.
Ganhei um ingresso esses dias, mas to me enrolando em assistir. haha Veio um brindezinho interessante também, um canivete. Mas, algo a ver? Bom, só conferindo.

Beju Kamila!

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Rafael M., eu só apostaria em duas indicações: figurinos e direção de arte. Beijos!

Jack, achou a nota alta?? Eu também não entendi a premiação do Downey Jr. no Globo de Ouro, mas ele deve ter ganho por causa do hype de novo em torno do nome dele. Beijos!

Victor, eu concordo contigo. Mas, espero que não vire um filme-série. Beijo!

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Hahahaha, falo do público não acompanhando o raciocínio de Sherlock Holmes nas investigações. No fim, tudo é jogado na tela pra não restar uma só dúvida e tudo muito rápido… Como as explicações no final de cada episódio de “Scooby-Doo”, lembra?

Bjs!

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Não me conquistou. A meia hora final é acelerada e embala o pique para uma continuação com o Brad Pitt como Moriarty, o que pode embalar de vez a série, mas aqui tudo parece ter ficado a meio passo. Tem muita ação, mas mesmo ela às vezes é desnecessária. É divertido, mas transforma a matéria prima em uma pasta disforme. Em síntese, não é um filme de Sherlock Holmes, apenas usa o nome e algumas características para lucrar em cima de um personagem conhecido.
É diferente do que Star Trek fez em relação à sua matéria prima.
Muito divertido – com exceção das cenas com a trilha irritante do hans zimmer zunindo alto aquele violino na platéia – mas mantenho minha idéia de que em algum tempo será apenas mais uma aventura de hype alto que passou pelos cinemas e guarda poeira nas locadoras.

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Otavio, essa foi uma coisa, na verdade, disseram, emprestada do Dr. House! rsrsrsrsrsrs Beijos!

Fabio, Brad Pitt numa continuação???? Dessa eu não sabia! Mas, espero mesmo que o filme não vire uma série. Gostei do seu comentário. Obrigada!

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Kamilaaa voltou! Eba! Semana passada postei sobre cm quero ver esse filme, e n passará desse fds, tb quero ver IRON 2, assimq sair, ohhh!!!

Eu sou fãfãfã de Robert, adoooro ele, nunca vou me esquecer do 1º filme que vi: I Guide to recognize your saitns… e do personagem perfieto dele em Für, e realmente acredito que Sherlock com o tom irônica tenha caído muito bem…

Já sobre Jude Law, n suporto ele… =/// a única coisa ruim nesse filme p/ mim!

Bem, já viu o trailer de Iron 2? Inicia com Tony jogando o humor ácido hehehe chega me arrepio, adoooro filmes baseado em HQS!
Adoro Tony Stark!

Me empolgay!

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Concordo. Tem seus habituais problemas, mas é ótimo entretenimento. O destaque vai para Downey Jr. e para a trilha sonora fantástica!

Nota 7.5

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Mandy, também gosto do Robert. Acho ele talentoso. E não tenho nada contra Jude Law. Ainda não vi o trailer de “Iron 2”.

Wally, exatamente.

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Menina, eu realmente n gosto de Jude… eu acho que meu ódio aumentou qd vi: http://www.imdb.com/title/tt0120907/ (q filme ruim)!

Eu acho ele meio bossal, e ele faz uns personagens sempre parecidos, e devido as coisas q leio tenho a impressão de q ele é meio “os personagens” tb, meio chato..

Rapaz, q cor é sei cabelo? Pq o meu é pretooooo e eu comprei a tinta botei e ficou super legal… já tirei fts, vou mostrar, assim q estiver melhor, to doente.

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Até onde eu ouvi, tudo engatilhado para o brad Pitt participar – ele é chapa do Guy desde que eles filmaram “Snatch”.

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Estou com esse filme em casa, mas ainda não tive vontade de vê-lo, já sacou q é piratão né.

Bom, discordo que o Robert Downey Jr esteja num momento ótimo de sua carreira, quer dizer até tá, mas não como deveria. Ele é sem duvida um dos grandes atores da sua geração, mas não interpretando esse tipo de papel, ou do Homem de Ferro.

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Mandy, eu não gosto de “ExistenZ” também, mas não acho que ele sempre faz personagens parecidos um com o outro. Meu cabelo é castanho claro, até combinaria o vermelho, mas é uma mudança muito radical. Não tenho coragem ainda! rsrsrsrs

Fabio, legal! Mas, não me agrada mesmo a ideia desse filme virar franquia apesar mesmo de todas as evidências apontando para isso.

Cassiano, saquei totalmente! rsrsrsrrs Eu acho que ele vive um momento favorável da carreira, sim, especialmente por causa de tudo que ele passou. Ele é um nome rentável novamente, tem recebido propostas interessantes e encontrou um filão legal nesses grandes filmes.

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Tb adorei esse filme. É entretenimento de qualidade e tem um excelente Robert Downey Jr. De quebra, Ritchie aprimorou seu repertório narrativo. Repare que ele insiste em alguns truques que lhe são característicos como aquele em que mostra como Sherlock fantasiou-se de mendigo, mas ajustou sua narrativa as convenções de um blokbuster de forma eficiente.
Provou que pode dirigir filmes para cinéfilos e para o público em geral. Parabéns!

Bjs Ka

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Eu adorei o filme, é claro que não é aquela visão ‘antiga e clássica’ do personagem, mais eu consigo vê uma atualizada no contexto geral. O Downey no começo me incomodou um pouco, mas depois gostei. Já o Law foi a grande surpresa do filme pois criou um corpo para o imaginário Watson. Fora a trilha sonora que é belíssima.

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O filme é só do Downey, ou se enxerga algo no Law e na McAdams?

Beijos

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Reinaldo, isso. É entretenimento de qualidade. Gostei da sua observação sobre o Guy Ritchie. Não tinha percebido isso. Beijos!

Luís, concordo que Law foi uma agradável surpresa. Amei a trilha sonora também!

Brenno, se enxerga MUITO no Law e a McAdams tem pouco a fazer, infelizmente. Beijos!

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Vi esse filme essa semana e até que gostei. Acho que o Ritchie pesou um pouco a mão nas sequências de ação, algumas meio desnecessárias, mas o resultado é muito divertido. Destaque para a trilha de Hans Zimmer.

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Antes não tinha expectativa para o filme, pensava que era uma espécie de Sherlock “Piratas do Caribe” Holmes. rsrsrs. Agora, depois de ouvir a ótima trilha, fiquei agora na expectativa de assistir este filme. E por ver Robert e Jude juntos.

Beijos! 😉

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Nao estou com muita vontade de conferir esse. Pra mim, a figura de Sherlock nao tem nada a ver com a figura paspalhona e sarcastica que imprimiram nesse filme.
Eh certo dizer isso de Downey Jr, que sem duvida foi a melhor escolha de ator, mas nao aceito essa versao de Holmes.

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Vinícius, não senti o peso da mão de Ritchie nas cenas de ação. Pelo contrário, achei-as muito bem feitas, especialmente alguns dos truques de edição. A trilha foi destaque mesmo!

Mayara, assista sem medo porque irás se divertir. Beijos!

Rogerio, por quê?? Assista. O filme é legal!

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Assisti ao filme ontem. Para mim são dois os fatores principais que explicam o sucesso de Sherlock Holmes. A direção de Guy Ritchie com todas as suas marcas, como cameras lentas e música que parece escocesa. A luta em que Sherlock luta em um ringue de apostas me lembrou em muito a cena de luta com Brad Pitt em Snatch. E a prsença absolutamente carismática de Robert Downey Jr. Aposto que sem ele o filme perderia 80% da graça. Destaco o figurino impecavel. Fazer roupas boas de época não é novidade, mas para um elenco predominatemente masculino é mais complicado destacar algo, e nisso a produção acerta. O filme realmete é bacana, mas não excelente. Que venha a continuação.

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Olá Kamila. Esse filme me surpreendeu positivamente. A princípio, havia achado estranha a combinação Guy Ritchie + Sherlock e no fim ele nos entregou um excelente filme, e como você falou, a escolha do Downey Jr. foi excelente.
Abraços.

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Taís, Só faltou você mencionar a trilha do Hans Zimmer, que é excelente também! Concordo com os outros aspectos que você destaca.

Bruno K., a obra também me surpreendeu positivamente. Abraços!

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Vi esse ontem, e Robert Downey Jr. é o “achado” do filme. Só espero que ele n prenda somente aos blockbusters de verão.

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Te disse que Ritche é bala e que nunca deixei de confiar nele. Por muitas vezes quem é bom sabe fazer a diferença. Claro que percebemos que Madonna é um pé frio do cacete, e que do nada, ele volta a entrar nos trilhos já que com ela … só houve bloqueio …

E o filme … confiro semana que vem.
Abraços

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Eu passei a gostar do Guy Ritchie depois do último filme dele, talvez por isso tenha curtido essa versão dele do detetive. Jude Law não perde em nada pro Downey Jr.

Abs!!!

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Alexandre, esperamos isso dele também!

João Paulo, eu deixei de confiar nele e fico feliz que ele tenha me surpreendido aqui! Abraços!

Pedro, concordo! Jude Law está pau a pau com Robert! Abraços!

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[…] “Sherlock Holmes”, filme de 2009, marcou a retomada da carreira de Guy Ritchie, um dos diretores mais promissores da década passada, após a separação dele da cantora Madonna e uma série de longas com resultados extremamente mal sucedidos. Nos dois anos que separam o lançamento deste filme (que obteve uma excelente repercussão na crítica) e o de “Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras”, Ritchie não fez nenhum outra obra, o que denota que ele ainda não se sente seguro o suficiente para se aventurar em outros universos cinematográficos, talvez com medo de decepcionar novamente. […]

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