logo

Robin Hood

publicado em:2/06/10 11:53 PM por: Kamila Azevedo Cinema

O Robin Hood que nos é apresentado no filme dirigido por Ridley Scott é bastante diferente daquela figura que foi retratada em outras obras cinematográficas. Aqui, ele ainda não é obrigado a conviver à margem da sociedade, como um fora da lei. Aqui, ele ainda não está roubando dos ricos para dar aos pobres. A intenção do diretor escocês é outra: nos revelar como a lenda de Robin Hood foi gerada. E, para isso, o longa se apoia em um contexto histórico muito bem definido: um monarca impopular, com assessores corruptos e uma iminente guerra pelo domínio da Inglaterra. Ou seja, temos o cenário perfeito para que um heroi possa surgir. 

No começo de “Robin Hood”, o personagem principal é um simples arqueiro do exército do rei Ricardo Coração de Leão (um irreconhecível Danny Huston). Honesto e corajoso, Robin estava destinado à morte na forca, especialmente após dizer as verdades que seu rei não gostaria de ouvir. Por uma ironia do destino, Ricardo Coração de Leão acaba morrendo antes da sentença de Robin ser cumprida, então ele foge com seus amigos. A partir deste instante, “Robin Hood” passa a enfocar a vontade do personagem principal de descobrir as suas origens e é justamente ao tentar desvendar isso e ao lutar pelos direitos que ele acredita serem justos que Robin se tornará um fora da lei. 

Uma outra parte de “Robin Hood” é dedicada ao dia a dia do personagem principal na cidade de Nottingham, para a qual ele vai após entregar a coroa de Ricardo Coração de Leão ao novo rei, John (Oscar Isaac). É lá que ele vai fazer parte da rotina da família de Sir Walter Loxley (Max von Sydow), a qual inclui a nora dele, Lady Marion (Cate Blanchett) – outra personagem bem conhecida da lenda de Robin Hood. Ao perceber e ver a situação dos habitantes de Nottingham, os quais estão sujeitos a altos impostos e à vontade irrestrita da Coroa inglesa, Robin também tem parte de seu caráter heroico moldado – uma vez que ele se mostra como alguém sensível às necessidades do povo. 

Tudo isso nos mostra que Robin é um homem comum, com acontecimentos trágicos em sua vida e que vai ter a chance de mudar seu destino e fazer algo que inspira os outros. Um personagem que lembra muito Maximus, de “Gladiador”. Ambos foram interpretados por Russell Crowe. Ambos os filmes foram dirigidos por Ridley Scott. Portanto, a sombra de “Gladiador” paira por todo “Robin Hood”. Isso nem sempre trabalha a favor do longa. Especialmente porque “Robin Hood” não é tão grandioso ou épico como “Gladiador”. O longa é um tanto frio e demora muito para decolar. Seu ponto alto acaba sendo as cenas de luta, que são magistralmente dirigidas por Scott, com alguns ângulos de câmera que são bem interessantes. 

Cotação: 7,0

Robin Hood (Robin Hood, 2010)
Diretor: Ridley Scott
Roteiro: Brian Helgeland (com base na história dele mesmo, de Ethan Reiff e Cyrus Voris)
Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, Matthew MacFadyen, Mark Strong, Oscar Issac, Kevin Durand, Mark Addy, William Hurt, Danny Huston, Max Von Sydow



Jornalista e Publicitária


Comentários


De fato este filme não prioriza uma criatividade…mas, tem força sim e interpretações boas. Blanchett dominou muito, muitas cenas e é uma beleza assistir a seu vigor interpretativo, principalmente interpretando uma mulher de grande feminilidade e, acima de tudo, esperança em seu povo e em si própria…pena que NÃO tenha química alguma com Crowe, fato.

Crowe está menos enérgico que no Gladiador, mas eu gosto muito dele…como sempre atua muito bem.

É um filme que realmente não inova em nada, nem as cenas de batalhas surpreende – mas, ainda sim, gostei do foco do roteiro e das composições de Von Sydow, Oscar Isaac e Strong.

Beijos

Responder

Pelo jeito esse filme não convenceu mesmo, parece apenas ser uma boa aventura e nada mais. Não esperava mais que isso mesmo, mas ainda assim quero ver.

Responder

Acho que não tenho coragem de vê-lo, rs
Gosto de filmes épicos, mas nunca gostei de Robin Hood esses tipos de filmes sabe…
Então neste caso acho que nem verei o longa…

Responder

Cristiano, eu não gostei da Blanchett, mas concordo que ela tem química zero com Crowe. E eu ODIEI o Oscar Isaac. Achei-o totalmente exagerado. Beijos!

Vinícius, não convenceu, mas é um filme que vai cumprir seu papel, digamos.

Raspante, por quê não tem coragem???

Responder

Gosto de Gladiador e O Gângster.Rede de Mentiras é bem filmado mas um bocado mal intencionado(guerra do iraque não é tema pra ser levado na brincadeira).Espero um belo trabalho de Scott em Robin Wood,mas a sua resenha contrasta com a minha idéia sobre o filme.A sombra de Gladiador paira todo tempo sobre Robin Wood.Mas o filme me parece digno,como toda a carreira de Ridley Scot.Beijos e bom feriado Kamila.

Responder

Até agora não tive coragem de ir aos cinemas para vê-lo, já não estava empolgada pelos trailers, e a cada crítica, fico menos estimulada… Mas, devo encarar em breve, Ridley Scot merece um crédito.

abraços

Responder

Paulo Ricardo, o filme pode ser digno, mas não é a obra grandiosa que prometia ser. Beijos e bom feriado! Bom final de semana!

Amanda, com certeza. Ridley Scott merece todo nosso crédito! Abraços!

Responder

Pelo trailer, deu para perceber a cara de “Gladiador” que ele tem. Vejo pelo elenco, que só tem gente boa.

Beijos e um ótimo feriado para você! 😉

Responder

Marcelo, mais uma dobradinha dos dois! Pena que não é tão boa assim!

Mayara, só tem gente boa, pena que não rendeu uma obra boa, como eu disse acima. Beijos e ótimo feriado!

Responder

Eu acho, inclusive, que todas as cenas de ação vieram de filmes passados do Scott (rsrs). A falta de quimica entre Crowe e Blanchett também me incomodou um pouco, mas acho que no final, é impossível não se deslumbrar pelo menos um pouco com a parte técnica muito bem feita.

Responder

Luís, o Scott se plagiando, então??? rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs A parte técnica que se destaca mesmo!

Responder

Concordo com a opinião do Reinaldo. Gostei do filme, me entreteu porque curto épicos e curto Blanchett e Crowe, mas… achei que houve interferências de O gladiador e tantos outros épicos, ou seja, o filme não inova e este Robin Hood é meio fraquinho como herói… não me parece ter tanto a identidade do mito. bjs!

Responder

Madame Lumière, mas, eu falei desta falta de identidade do mito. O maior erro deste filme acaba sendo, então, a abordagem que foi feita do personagem principal. Beijos!

Responder

Chega a ser desanimador ver como um cineasta tão inventivo em seus primeiros filmes, tenha se acomodado à maquina hollywoodiana de fazer filmes de ação sem a menor emoção. Robin Hood é mais um dos resultados pífios da filmografia recente do Scott. Como ele deve estar ganhando bastante dinheiro fazendo essas porcarias, ele deve continuar assim por um bom tempo. Uma pena.

Responder

Rafael, concordo. Este é um filme totalmente sem identidade, apesar de lembrar muito essas obras épicas mais recentes do Scott.

Responder

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.