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The Runaways – Garotas do Rock

publicado em:7/01/11 9:59 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Baseado no livro “Neon Angel: The Cherie Currie Story”, a estrutura narrativa de “The Runaways – Garotas do Rock”, filme dirigido e adaptado por Floria Sigismondi, é até um tanto clichê. Tome-se como exemplo o primeiro ato da obra. Nele, somos apresentados às duas figuras mais importantes dessa história: a própria Cherie Currie (Dakota Fanning) e sua parceira Joan Jett (Kristen Stewart). Ambas nos são mostradas como duas jovens de extrema atitude e de personalidades fortes.

Estas características serão fundamentais para que elas possam liderar aquela que foi uma banda de rock ‘n roll que foi um verdadeiro marco na música norte-americana. O grupo The Runaways teve uma curta trajetória (foram quatro anos de carreira e êxitos nos EUA, Europa e Japão), mas tinha um grande diferencial: era uma banda formada por adolescentes (as cinco integrantes tinham entre 16 e 18 anos) e que fazia rock ‘n roll de qualidade – desafiando não só uma imprensa que não estava pronta para uma banda no gênero completamente feminina, como também um público que duvidava que mulheres também tinham atitude e dureza para defender com qualidade um estilo normalmente ligado ao universo masculino.

Em sua essência, “The Runaways – Garotas do Rock” é uma cinebiografia nata. Os três atos são bem definidos no sentido de que nos apresentam ao primeiro contato dessas duas jovens com o mundo da música, o primeiro encontro com aquele que descobriria o talento delas e as abriria as portas para o estrelato (o produtor Kim Fowley, vivido por Michael Shannon), o trabalho duro rumo ao sucesso, as tentações da estrada, a entrega aos egos inflados, as brigas, até chegarmos ao inevitável momento da dissolução em que os caminhos de Joan e Cherie passam a ser completamente distintos.

A diretora Floria Sigismondi não é estranha ao mundo da música. É dela, por exemplo, a direção de videoclipes como “Fighter”, de Christina Aguilera; “I’ve Seen it All”, de Bjork e “Megalomaniac”, do Incubus. Estes trabalhos mostram a preocupação com a concepção visual que é uma característica peculiar de Sigismondi. Em “The Runaways – Garotas do Rock”, chama atenção a impecável reconstituição de época e o cuidado com a direção de atores (Floria arranca excelentes performances, especialmente, de Dakota Fanning e Michael Shannon). Pode não ser um daqueles trabalhos arrebatadores (principalmente porque a diretora trabalha com um roteiro que merecia ser melhor lapidado), mas é um filme satisfatório e que faz jus à história musical das Runaways.

Cotação: 7,0

The Runaways – Garotas do Rock (The Runaways, 2010)
Direção: Floria Sigismondi
Roteiro: Floria Sigismondi (com base no livro de Cherie Currie)
Elenco: Kristen Stewart, Dakota Fanning, Michael Shannon, Alia Shawkat, Riley Keough, Tatum O’Neil, Brett Cullen



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Comentários


Apesar de ter um roteiro em certos pontos decepcionantes (principalmente por focar apenas Joan e Jett, afinal o filme era sobre a banda, certo?). Mas em um resultado final, achei um filme bem feito e agradável, como você bem citou possui uma excelente fotografia e ótimas atuações (a melhor de Stewart até o momento, se bem que, Joan se parece muito com a atriz no ‘jeitão de ser’, rs).

Abraços 🙂

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James, opa, o filme foca Joan e Cherie, as figuras mais famosas do The Runaways! 🙂 Eu preferi a Fanning, do que a Stewart. Abraços!

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É, o filme é legal por retratar a época, a música e os Runaways. Muito bem feito tecnicamente como você disse. Mas ao contrário de Joan Jett e sua música, esse filme não é para a posteridade. Mas , sim.

Bjs!

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Eu gostei do resultado final, apesar do tom de clichê em vários momentos. Também gostei mais da Fanning do que da Stewart, o que não é nenhuma novidade (não sei o que as pessoas vêem nessa menina do Crepúsculo).

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Otavio, concordo que o filme não é para a posteridade. Beijos!

Roberto, exatamente. O filme tem esse tom clichê em vários momentos. E eu gosto da Stewart. Acho ela uma boa atriz.

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Discordo de vc aqui Ka. Menos na avaliação que faz do roteiro. Para mim é um filme bem fraco. Entre mortos e feridos, salva-se apenas Michael Shannon.
Bjs

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Não conhecia essa banda, bom saber que foram importantes, assim aumenta meu interesse.

Aliás, o fato da diretora de fato conhecer o mundo da música é algo interessante, é sempre bom ter alguém que conheça do que se se está falando, né? hehe

Devo assistir!

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Esse filme foi uma grata surpresa pra mim.Não esperava muito,mas gostei das atuações,Michael Shannon como o inescrupuloso empresário esta muito bem no filme e Dakota Fanning tem uma atuação muito boa.E o filme tem um beijo lésbico entre Faning e Kristen Stewart,mas que para o bem do filme não criou polemica na imprenssa.The Runaways foi uma das gratas surpresas do cinema independente americano em 2010.Beijos.

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Reinaldo, o Michael Shannon, realmente, está excelente. Beijos!

Bruno, exatamente. A Floria tem essa vantagem ao fazer este filme. Assista, sim!

Paulo, eu achei a cena lésbica entre Fanning e Stewart de muito bom gosto. Talvez, por isso, não tenha causado polêmica na imprensa. Beijos!

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Vi o filme, e muitas cenas reproduzem bastante a realidade da banda. Gostei das atuações, de Dakotinha cantando. Foi oq esperava um filme com a história da banda!

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Acho que é a direção de Sigismondi que transforma esse filme. Da imagem inicial ao plano final, a condução dela é excepcional. Uso de trilha e a ambição estética entregam um tom especial ao roteiro, que em outra ocasião teria suas falhas expostas. Gostei muito deste filme. (8.0)

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Kamila, pensei ter comentado este post (favor observar a caixa de spans), mas de qualquer maneira repetirei o que disse. Para mim, “The Runways” significava apenas um filme com a equivocada presença de duas atrizes que já não acredito mais. Porém, vejo que gostaste da atuação de Fanning, e isso me deu mais ânimo para pensar em procurá-lo.
Beijos!

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Wally, eu concordo com tudo, exceto que acho que as falhas do roteiro ficaram bem expostas.

Weiner, apaguei seu outro comentário da caixa de Spam. Eu não desacredito da Fanning e da Stewart. Gosto de ambas. Beijos!

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Tem razão: o filme é uma típica cinebiografia. O maior problema, porém, é a parcialidade da história. Pode ser interessante para se assistir sem compromisso, mas não pode ser encarado com uma biografia completa e definitiva da banda.

=]

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Deve ser bom para conhecer a trajetória da banda. E como a Dakota cresceu! rsrs.

Beijos! 😉

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Por que você faz poema?, mas acho que é essa a intenção do filme. Quando cheguei em casa, por exemplo, vi vários vídeos da banda.

Mateus, não sei se a história foi contada com tanta parcialidade assim…

Mayara, exatamente. A Dakota cresceu bastante! Beijos!

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