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Aparecida – O Milagre

publicado em:13/01/11 1:56 AM por: Kamila Azevedo Cinema

O ponto central de “Aparecida: O Milagre”, filme de Tizuka Yamasaki, nos é apresentado logo no primeiro ato do longa. O personagem principal é uma daquelas pessoas que, confrontadas diante de uma situação muito difícil, vira as costas para aquele a quem entregamos todos os desígnios de nossa vida – isso, claro, se você crê em Deus.

Após a morte do pai, Marcos (Murilo Rosa) foi adotado pelo tio (Leopoldo Pacheco) e dele herdou uma grande empresa. Amargurado, dono de si e cheio de arrogância, Marcos tem o poder de afastar a todos aqueles que ama para longe dele. O destino dele parece ser a solidão. Entretanto, por um desses desígnios da vida, Marcos se vê confrontado, novamente, com uma situação em que a sua fé – agora, totalmente inexistente – é desafiada e com a real possibilidade de perder de novo alguém que ele ama: o único filho Lucas (Jonatas Faro).

A intenção de “Aparecida: O Milagre” é muito clara. O filme tem muitos elementos em comum com “Nosso Lar”. Além do viés religioso, os dois longas carregam consigo uma grande mensagem de fé. Se em “Nosso Lar”, a palavra é pregada de uma forma um tanto sóbria, em “Aparecida: O Milagre”, a palavra ganha contornos teatrais e exagerados – justamente para frisar o caráter especial e extraordinário do milagre operado por Nossa Senhora de Aparecida. Entretanto, aposto que diante daquele que tem fé, a emoção frente aos acontecimentos retratados no filme de Yamasaki será a mesma daqueles que se comoveram com “Nosso Lar”.

“Aparecida: O Milagre” confirma a tendência recente do cinema brasileiro de contar histórias que apelam para o lado espiritual – lembrando que estamos em um dos países mais religiosos do mundo, independente do credo que a pessoa siga. Se a obra de Tizuka Yamasaki não tem a mesma solidez técnica que “Nosso Lar”, o filme conta com um grande ponto a seu favor: o elenco que transmite a mensagem do longa com uma verdade que salta a olhos vistos, com destaque para Murilo Rosa, Jonatas Faro e Bete Mendes.

Cotação: 4,5

Aparecida: O Milagre (2010)
Direção: Tizuka Yamasaki
Roteiro: Marco Schiavon, Carlos Gregório, Paulo Halm e Pedro Antônio
Elenco: Murilo Rosa, Maria Fernanda Cândido, Jonatas Faro, Bete Mendes, Leona Cavalli, Rodrigo Veronese, Leopoldo Pacheco, Janaína Prado



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Comentários


Bete Mendes me comoveu, realmente. Murilo Rosa e Jonatas Faro estão bem também, mas nem tanto. Mas, concordo com o exagero. A diretora abusa dos efeitos melodramáticos, principalmente no momento do milagre. Foi tanto que não consegui me deixar levar.

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Oi Kamila! Tudo bem?!

Bem, sobre o filme eu não assisti e também não pretendo. ão gosto muito do seu tema, não sou ligado muito à religião, então sei que vou acabar não gostando muito do filme. Sem contar que este longa, não parece ser mesmo grande coisa….Enfim, não me deixou com vontade de conferir!

Abração!

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Pois é, esse “contra ataque” da igreja católica é bem indigesto. A qualidade dos filmes (desse e dos da onda espírita) depõem contra o bom momento (em termos qualitativos) que atravessa o cinema nacional…
bjs

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Amanda, eu gostei dos três. A cena do milagre é mesmo muito exagerada.

Raspante, tudo bem, obrigada. E com você? Tudo bem!!! Abraços!

Reinaldo, o cinema religioso virou um filão de nosso cinema! Beijos!

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Como disse Reinaldo, me parece mesmo um contra-ataque à onda espírita, embora eu seja entusiasta de filmes religiosos, independentemente da escola religiosa. Gostei do elenco também, como você mesma apontou, conta uma história bonita e tal, lembro de ficar até emocionado em algumas passagens, mas como um todo achei repetitivo, sem mais.
Beijos!

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Eu até pensei em ir, mas como me irrita essa coisa do cinema nacional (que entra em circuito) seguir certas temáticas, acabei preferindo esperar o seu lançamento em DVD. Não me parece, pelo que vi no trailer, ser grande coisa não.

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Weiner, pode ser um contra-ataque à onda espírita, sim. Até mesmo porque “Nosso Lar”, “Chico Xavier” e “Bezerra de Menezes” fizeram GRANDE sucesso. Beijos!

Roberto, não é grande coisa…

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Se tem uma coisa que eu aprendi nesses meus anos de cinema… é que Tizuka Yamasaki não é digna do meu dinheiro!
Só vejo em casa!
Nunca consegui gostar de nada que ela produziu…

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