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Burlesque

publicado em:11/03/11 3:10 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Por favor, acredite quando eu digo que você já viu a história de “Burlesque” (jovem deixa sua cidadezinha do interior e vai para a cidade grande, em busca da realização dos seus sonhos), filme dirigido e escrito por Steve Antin, desenvolvida de diversas formas, nos mais diversos filmes, dos mais diversos gêneros cinematográficos. Aqui, temos a garçonete Ali (Christina Aguilera, fazendo a sua estreia como atriz), que deixa o Estado do Iowa e parte rumo a Los Angeles em busca do seu grande sonho: ser cantora e dançarina. Ela encontra a chance de realizar ambos os desejos no mesmo local: o clube Burlesque, que é de propriedade de Tess (Cher).

Neste clube, é interessante mencionar, existe a intenção de se fazer um tributo ao que é o estilo Burlesque (forma de teatro que envolvia a paródia e o exagero nos números e nos movimentos e trejeitos). Entretanto, é importante dizer que o estilo de espetáculo visualizado pelo diretor Steve Antin lembra muito qualquer tipo de número saído do finado reality show “The Pussycat Dolls Presents”, que ia ao ar, no Brasil, no Warner Channel e procurava uma nova dançarina para o grupo homônimo e que, curiosamente, foi criado pela irmã do diretor, Robin Antin – ou seja, uma coisa completamente diferente e mais voltada para uma exploração da sexualidade.

Mais do que uma história de realização de um sonho, da descoberta de um talento verdadeiro e da possibilidade de este dom receber uma chance de se mostrar de verdade, “Burlesque” faz um apanhado de diversos clichês. Além do apontado no início de nosso texto, temos Ali encontrando a rivalidade, o ciúme e a inveja nos camarins da casa de espetáculos; temos Ali conhecendo o galanteio de homens ricos (Eric Dane, do seriado “Grey’s Anatomy”) e dispostos a tudo para conquistá-la; temos os percalços que são normais na busca pelo sucesso; Stanley Tucci interpretando um personagem idêntico ao que ele fez em “O Diabo Veste Prada”; entre outros.

Quando o primeiro trailer de “Burlesque” foi divulgado, chegou-se a um denominador comum: a de que ou o filme seria o pior do ano ou o guilty pleasure do ano. Após assistir ao longa, chegamos à conclusão de que “Burlesque” não se enquadra em nenhum dos dois casos. O maior problema da obra se encontra na sua falta de identidade. Steve Antin deve ter pensado assim: “quero fazer um filme que é uma mistura de “Cabaret” com “Moulin Rouge!” e “Chicago””. E foi justamente isso que aconteceu. Existem cenas aqui que são claramente inspiradas nestes filmes. A sensação que fica ao final de “Burlesque” (um longa que tem uma direção de arte e um trabalho de figurinos bastante caprichado) é de que esta história ficaria muito melhor num show daqueles bem espalhafatosos na cidade de Las Vegas. Garanto que seria um sucesso!

Cotação: 6,0

Burlesque (Burlesque, 2010)
Direção: Steve Antin
Roteiro: Steve Antin
Elenco: Cher, Christina Aguilera, Eric Dane, Cam Gigandet, Julianne Hough, Alan Cumming, Kristen Bell, Stanley Tucci, Dianna Agron



Jornalista e Publicitária


Comentários


Após isso fica a pergunta … meu dinheiro valeu a pena se eu já vi trocentos filmes com a mesma tematica?

Acredito que para os fãs espalhefatosos foi uma ótima experiencia … bem … acreditar é bem extenso não?

Beijos Milla!

E confira o blog, tem novidades!

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Hahaha! Concordo plenamente com seu último parágrafo. Realmente falta, além de identidade, vigor ao filme. Não me importo de musicais com tramas clichês (isso é tão comum), desde que compense em números musicais envolventes. Aqui, uma ou outra música é divertida, mas nada é memorável. Também escrevi sobre o filme, sustentando a nota 4/10.

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Você gostrou do filme!
Vamos, admita!
😉

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Cleber, exatamente.

Mateus, nem eu me importo com musicais de tramas clichês, mas assim não dá! rsrsrs

Edward, não gostei, não! rsrsrs

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Logo no começo do texto lembrei de cara de Coyote Ugly – aquela bomba. Boa sacada.

No mais, achei o texto bem certeiro, principalmente quando você diz: “chegou-se a um denominador comum: a de que ou o filme seria o pior do ano ou o guilty pleasure do ano”. Definiu perfeitamente. Mas acho que fiquei decepcionado em saber que ele é um pouco melhor do que ruim, pelo que pude perceber por sua análise. Mas acho que deva ser a direção de arte, né? Você lembra daquele clipe de Lady Marmelade? Acho que ela ficou com vontade de fazer algo desde ali, não?

Mas aí ela embarangou…
Talvez fosse melhor pra imagem dela se ao invés de Burlesco, fosse Kabuki. =P

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Oi Kamila, a principio pensei que se tratasse de um novo “Glitter”, mas pelo o que escreveu , lembra um pouco Show Bar misturado com todos esses outros filmes que citou. Particulamente acho Cristina uma figura meio antipática, apesar do vozeirão marcante.

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Oi Kamila, a principio eu achei que “Burlesque” fosse uma espécie de “Glitter”, mas pelo seu texto aparentemente parece que ele está mais pra Show Bar com a Pieber Perabo. Particulamente gosto da voz da Christina , mas a acho extremamente antipática…

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Burlesque, apesar de ser uma compilação de clichês, consegue ser divertido em alguns momentos. Não gosto da Christina Aguilera, mas tenho que admitir que nas partes cantadas do filme ela mandou muito bem, mesmo que a melhor canção tenha sido a que a Cher cantou (num momento “nada a ver” do filme).

Comparar com Moulin Rouge e Chicago é covardia, mas não chega a ser sofrível quanto Show Bar ou Glitter (pior filme do gênero). Para mim, Burlesque fica no meio termo. Nota 6 muito justa.

:: João Linno ::

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Pedro, muita gente tem comentado sobre essa semelhança de “Burlesque” com “Coyote Ugly”. “Burlesque” não é tão ruim assim, porque tem essa parte técnica que melhora-o. Acho que dizer que se parece com uma estética “Lady Marmelade” é certeiro e a Christina realmente embarangou. Ela tá toda botocada nesse filme. Quase irreconhecível!

Flávio, de novo, mais uma comparação com “Coyote Ugly”….. A Christina é uma baita cantora, mas tem mesmo essa imagem de antipática.

João Linno, eu concordo que consegue ser divertido em alguns momentos. A Christina canta muito e concordo que a melhor canção do filme é da Cher mesmo.

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Sinceramente, nem me sinto motivado a ver este filme, pelo menos por enquanto. Não suporto Aguilera como cantora, rs. E acho que Cher deveria só cantar, até hoje o Oscar que ela ganhou por “Feitiço da Lua” não me desce.

Beijo!

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Acho que para quem gosta do gênero musicais, serve como uma diversão despretensiosa, dá pra matar saudades do estilo, mesmo sem levar em conta a qualidade do roteiro, já que não tem concorrente direto lançado agora – só esses já citados. A pergunta que fica é: será que vai ter algum musical este ano?

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Cristiano, eu gosto da Aguilera como cantora e acho que a Cher se acabou por causa do uso excessivo de botox. Ela é uma boneca de cera, quase! rsrsrs Beijo!

Reinaldo, tentei ser imparcial! E justa! rsrsrsrs Beijos!

Ivan, exatamente. Eu gosto de musicais e me diverti sem levar a coisa a sério! rsrsrsrsrs Tomara que tenha algum musical que presta, de preferência, neste ano!

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Ah, achei um entretenimento bacana… mesmo que seja um tanto maçante e mesmo que Aguileira esteja um porre de tão chata. Enfim, não espera grande coisa mesmo, rs

[]s

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“Ou o filme seria o pior do ano ou o guilty pleasure do ano. Após assistir ao longa, chegamos à conclusão de que “Burlesque” não se enquadra em nenhum dos dois casos.”

Exatamente, Kamila! Essa frase resume exatamente aquilo que eu penso sobre “Burlesque”!

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Sua critica só confirma que os nomeados ao Globo de Ouro de melhor filme comédia/musical foram os piores.O Turista,Red-Aposentados e Perigosos e Burlesque…realmente o lobby em hollywood é muito forte.Bjs.

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Raspante, não achei a Aguilera tão chata assim! Ela estava era um porre de inchada de tanto botox! rsrsrsrssrs

Matheus, legal! 🙂

Paulo, exatamente… Beijos!

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Burlesque é o Gliiter (aquele filme insosso com a Mariah Carey), mas com uma moça que me agradou muito mais. Fui ver por causa da Cher (sou fã dela desde Feitiço da Lua) e, confesso, que não achei dos piores, não!

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Esse foi um filme claramente feito para os fãs de aguilera e cher, chato, cansativo, e cliché resume bem o longa. De todos do elenco o único que ainda casegue se salvar é o Tucci.
bjus.

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Haha, eu acredito em você, Kamila. E é por isso que não vou perder meu tempo vendo Cher e Cristina Aguilera no cinema…

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Roberto, “Burlesque” é muito melhor que “Glitter”, que eu não acho de todo ruim, pra dizer a verdade…

Jonathan, concordo. Tucci só se salva porque se repete e porque não se levou a sério! Beijos!

Wallace, rsrsrsrs

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Sim, hehe, acho que como um show espalhafatoso ele seria ótimo. Sua nota foi até boa para o que vemos em tela. Este filme realmente não me convenceu, apesar de os números musicais serem bem feitos. Aquele número inicial mesmo com as mãos estalando, pensei que tinha entrado no filme errado e Liza Minelli ia aparecer na tela.

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Pensei antes que esse filme era dirigido pelo Rob Marshall, como um derivado piorado de “Nine”. rsrsrs. Ainda não despertou o interesse… rsrsrs. Parece um desfile de carnaval. rsrs.

Beijos! 😉

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