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Sobrenatural

publicado em:20/05/11 2:02 AM por: Kamila Azevedo Cinema

A dupla formada pelo diretor James Wan e pelo roteirista Leigh Whannell mexeram com a indústria cinematográfica hollywoodiana em 2004, com o lançamento de um pequeno filme chamado “Jogos Mortais” que se transformou num verdadeiro fenômeno e numa franquia cinematográfica composta por sete filmes. Se “Jogos Mortais” se apoiava naquele tipo de terror escatológico, que utiliza muito sangue para chocar a plateia, eles caminham pro lado totalmente oposto com “Sobrenatural”, que é um thriller psicológico na melhor acepção da palavra.

O roteiro elaborado por Whannell trabalha com vários clichês do gênero. Vamos a eles: 1- uma casa mal assombrada, 2- almas do além que gostam de atormentar as pessoas que aqui estão, 3- uma criança atormentada, 4- uma família – quase – em crise e 5- segredos obscuros do passado. A família composta pelo casal Josh (Patrick Wilson) e Renai (Rose Byrne) e seus três filhos esperam recomeçar a vida em uma nova casa, quando o filho mais velho entra, inexplicavelmente, num coma profundo.

O acontecimento com o filho mais velho é somente o início de tantos outros mais estranhos, que envolvem fantasmas que são vistos a torto e a direito andando pela casa que a família habita, além de portas e janelas que abrem e fecham misteriosamente. Após chamarem uma especialista em fenômenos paranormais (Lin Shaye), o casal descobre que, na realidade, seu filho está aprisionado no Além, enquanto as almas que os atormentam aqui na terra querem é se apossar do corpo da criança para poderem perpretar o mal. É a partir da entrada da especialista, aliás, que “Sobrenatural” se torna um filme mais interessante e bem agoniante.

Se tivéssemos que fazer uma analogia entre a sensação que assistir “Sobrenatural” nos causa seria dizer que ele nos provoca o mesmo barato que sentimos ao passear num trem fantasma. Explico: uma fotografia escura, que privilegia os tons escuros e de cinza; criaturas estáticas, que mais parecem figuras de cera; e um homem solitário, no meio desse escuro todo, com uma lanterna a iluminar seus caminhos. É impossível não sentir um frio na barriga. Pena que isso só acontece lá pro quarto final do filme, que é muito bem orquestrado pelo diretor e pelo roteirista, além de ser muito bem atuado por todo o elenco.

Cotação: 4,0

Sobrenatural (Insidious, 2010)
Direção: James Wan
Roteiro: Leigh Whannell
Elenco: Patrick Wilson, Rose Byrne, Ty Simpkins, Barbara Hershey, Lin Shaye, Leigh Whannell



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Comentários


Não ando com vontade de ver esse tipo de filme.
Quem sabe em um outro momento.

Beijos!!

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Carissa, terror é o gênero cinematográfico que eu menos gosto, mas, apesar disso, sempre me pego vendo obras do gênero… Beijos!

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Nota muita baixa, não muito condizente com o seu texto.
Eu gostei da proposta e do desenrolar do filme.
🙂

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Edward, a proposta é legal, mas acho que o filme só engata mesmo no seu ato final.

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Pois é… também achei que a nota seria um pouco maior pelo teor do texto!

Estou curioso, sem dúvida…

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hehehe adorei os 5 clichês do gênero terror,vc tem toda razão Kamila,uma criança atormentada e a familia em crise é o clichê do clichê rss.Os melhores filmes de terror tem alguma originalidade e não tenta se apoiar nos velhos clichês.Não é todo dia que temos O Iluminado,As Horas,O Sexto Sentido e Arraste-Me para o inferno.Não sou de fugir de filme,mas esse nem em DVD.

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Meu 2° comentário.Kamila esse são os meus 5 filmes favoritos do genero terror.Não tem base em nada e gosto dessas obras pq elas me levaram pra dentor da história de uma forma impressionante.Eu tbm não sou fã do genero,mas esses filmes de terror me marcaram bastante,em ordem de preferencia:

1-O Iluminado:Stanley Kubrick é um gênio sem concorrentes na história do cinema.O cara dirige ficção cientifica,guerra,filme de época e thriller erotico.Quando o mestre adaptou a obra de Stephen King ele ofertou umas das melhores obras do genero.A cena do menininho com o velotrol pelos corredores do hotel me fez ficar arrepiado.Da direção de arte a trilha sonora tudo é perfeito.

2-Arraste-me para o Inferno-Esse é o filme de terror que eu mais vi.Devo ter conferido umas 5 vezes em dvd e achei fantastico.Ao misturar cenas de puro pastelão com terror de altissima qualidade Sam Raimi nos oferece uma obra de altissima qualidade.A cena do estacionamento é hilária rss,talvez o filme de Raimi esta mais para um “terrir”.

3-O Nevoeiro-Esquecido de premiações e do grande público,o filme de Frank Darabont tem um final bem original.Adaptação do escritor Stephen King,o filme é um terror B mas com qualidade artistica das melhores obras do genero.Gostei bastante.E a isabela Boscov também,pq no videoblog da Veja ela resume de forma perfeita o que é o filme.Por isso que é a melhor critica de cinema desse país(é a minha favorita).

4-O Sexto Sentido-Sabe o que é vc ver um filme e o sujeito te enganar o tempo todo?M.Night Shyamalan escreveu um roteiro que merece ser estudado nas melhores faculdades de cinema.E confesso que Haley Joel Osment sussurando “eu vejo mortos” é algo que dá um medo…

5-Sinais-Esse filme traz boas lembranças.Eu matei uma aula e fui com meus amigos de escola ver esse filme.Chegamos no cinema rindo e debochando de todos(algo normal pra um adolescente de 15 anos)e saí com medo sem tamanho.Era melhor ter assistido a aula rss.Numa revisão Kamila o final me desagradou um pouquinho,não precisava mostrar o alienigina,mas M.Night Shyamalan constroi mt bem a história com tensão e medo.Dos 5 citados 2 são do indiano.Quem sabe um dia ele não volta a velha forma.

E vc Kamila,qual seu filme de terror favorito?

Beijos

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Bruno, eu acho que o problema é minha notável antipatia pelos filmes de terror…

Paulo, acho que o meu filme de terror favorito se divide entre “O Sexto Sentido”, “Os Outros” e “O Nevoeiro”, que foram os filmes do gênero que mais me afetaram! Beijos!

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É difícil buscar originalidade num gênero tão desgastado como o terror. O último filme que me deixou realmente com MEDO foi “REC”. Tem lá o clichê do local mal-assombrado mas a atmosfera de tensão é muito bem construida.

Beijos.

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Gostei da analogia!
bjs

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Rafael, o trailer impressiona mesmo, mas o filme falha nisso!

João Linno, é mesmo muito difícil buscar essa originalidade nesse gênero. Beijos! E “REC” é um ótimo filme. Me deixou com um enorme frio na barriga! rsrsrs Beijos!

Reinaldo, obrigada! Beijos!

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Já li umas críticas favoráveis a esse filme. Como sempre gosto de um suspense/terror (ainda mais com o clichê das crianças, heheh) acho que vou conferir. Sem muito entusiasmo.

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Então, não estou tão entusiasmado para ver este filme. Mas, fiquei curioso já que tem um bom tempo que não vejo um bom filme de terror/suspense (não no cinema ao menos…). Verei quando possível.

Abrços.

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hehe, veja só. Eu senti o contrário, mas gostei da sua analogia com o trem fantasma.

Apesar dos clichês, achei que o filme começou bem, prometendo sustos, suspense, tensão. Desde que surgiram os caça fantasma achei que o filme foi caindo a qualidade.
*
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SPOILER ON
P.S. Estou cansada de colocarem o demônio em tudo. Se ficasse só com a velha seria muito melhor. E esse negócio de roubar o corpo foi complicado de engolir.

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Luís, eu também li críticas entusiasmadas a esse filme, mas, quando o assisti, não corresponderam à realidade, pra ser bem sincera. Assista sem entusiasmo!

Raspante, nem eu estava, mas tinham boas opiniões a respeito. O problema é que o filme não corresponde à realidade. Abraços!

Amanda, obrigada! Eu acho que o filme melhora com o tempo. Mas, eu concordo com o seu comentário final. Se ficasse com a velha seria muito melhor….

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É um bom filme, mas achei que começou melhor do que a parte final. O fim consegue arrepiar, mas não assustar do mesmo modo que inicia, quando vemos o desconhecido surgindo e não sabemos o que esperar. E ainda tentaram colocar um humor neutro lá dentro com os caçadores de fantasma ou a cena das meninas fantasmas surgindo da fotografia e sorrindo. Quebrava o tom de horror que a trama tinha feito, em minha opinião.
Abraços.

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Kamila, pois acho justamente o contrário. O filme tem uma atmosfera de horror muito bem trabalhada até a última parte. A partir do momento que Patrick Wilson passa a enfrentar as almas penadas de outra dimensão “Sobrenatural” fica pouco convincente. Agora, quando os estranhos fenômenos se materializam nesta nossa realidade, James Wan faz um trabalho caprichado, como na já antológica sequência do garotinho que Rose Byrne visualiza dançando.

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Gabriel, eu acho que ele melhora no final. Eu concordo com seu comentário sobre os caçadores de fantasmas. Abraços!

Alex, eu gostei mais da parte final, como assinalei em meu texto. E concordo com seu comentário sobre o James Wan.

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