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Professora sem Classe

publicado em:3/10/11 10:22 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Ser professor é mais do que um ofício, é uma verdadeira missão. Uma profissão mal valorizada e mal remunerada, não tem a consideração e o respeito que realmente merece, uma vez que é responsabilidade destes profissionais apoiar a educação que é oferecida pelos pais e ajudar a moldar o caráter e a formar os diversos estudantes que passam em suas salas de aula. Porém, nunca tome como modelo Elizabeth Halsey (Cameron Diaz), a protagonista de “Professora sem Classe”, filme dirigido por Jake Kasdan.

O título nacional, aliás, contém um enorme trocadilho. Falar que Elizabeth é irreverente e despojada é ser injusta com ela. Elizabeth é, na verdade, uma professora completamente inapropriada e despreocupada da sua função perante seus alunos. A realidade é que ela não dá a mínima para ninguém além dela mesma, da sua vaidade extrema (o maior desejo dela é fazer uma cirurgia para implante de silicone para conquistar o colega de trabalho interpretado por Justin Timberlake) e do seu desejo de arrumar um marido rico, que a sustente pelo resto da vida e nunca mais a obrigue a aguentar os estudantes que ela, com certeza, deve achar irritantes.

Um filme escrito pela dupla Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky, ambos do seriado “The Office”, “Professora sem Classe” tem uma trama apoiada em situações politicamente incorretas, uma linguagem um tanto chula, personagens bem caricaturais, tudo para reforçar o caráter diferente, egoísta e competitivo de Elizabeth. A única coisa que a gente pode lamentar no filme é o fato de os roteiristas terem feito aquela velha concessão pro “final feliz hollywoodiano”. Não é que Elizabeth tenha levado uma lição de moral, mas ela passa, de alguma forma não perceptível para a gente, por uma transformação no decorrer do filme e isso faz com que ela se transforme numa pessoa “melhor”.

O grande barato durante a experiência de assistir “Professora sem Classe”, com certeza, é ver Cameron Diaz num papel totalmente diferente daqueles que ela costuma fazer. E ela se sai muito bem como a professora desbocada e desprovida de qualquer tato. Aposto que ela tem boas chances de ser indicada ao Globo de Ouro 2012 de Melhor Atriz em um Filme de Comédia/Musical. Muito bom é vê-la também atuando ao lado de Jason Segel, que, com seu Russell Gettis, fica à altura de toda a ironia e acidez de Elizabeth Halsey, sendo o parceiro perfeito para ela. Outro destaque do filme é Lucy Punch, ótima como a rival de Elizabeth.

Cotação: 8,0

Professora sem Classe (Bad Teacher, 2011)
Direção: Jake Kasdan
Roteiro: Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky
Elenco: Cameron Diaz, Lucy Punch, Jason Segel, Justin Timberlake, Phyllis Smith, John Michael Higgins



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Comentários


Como já tínhamos comentado Milla, não existe mudança de carater da personagem … a estrutura pode ser um final feliz … mas as peças não deixaram de ser como era antes …

Uma comédia atipica, negra ao osso que talvez nem todos poderão ser tão generosos ou sábios como foi a sua nota anjinho …

Um beijão!

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Boa crítica Ka. O elenco desse filme está realmente em ótima forma. E fez por merecer seus destaques.
Bjs

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João, exatamente. Não existe essa mudança de caráter. Ela continua falha. Beijo! 🙂

João Linno, rsrsrsrsrsrs

Reinaldo, obrigada! Beijos!

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É uma comédia atípica, é verdade, a forma como termina não deixa de quebrar as regras do politicamente correto. Mas, apesar de alguns bons momentos, ao contrário de você, não curti tanto essa comédia, achei que perdeu a mão em vários aspectos.

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Gostei de Cameron Diaz aqui, mas só isso. Tem suas críticas embutidas, mas nada tão bem desenvolvido, renderia ótimas piadas. Sei lá, curti muito não…

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Seu texto foi um dos q li q mais enalteceu o filme, a maioria malhou bastante, inclusive eu, mas respeito sua opinião. É questão de visão mesmo. Abs!

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Amanda, perdeu a mão especialmente no final.

Raspante, a Cameron Diaz está ótima mesmo.

Celo, mas eu malhei a parte final do filme… Não foi tão enaltecedor, assim, o texto. Abraços!

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Oi Kamila. Gosto da Cameron – ela ainda tem carisma de sobra , mas acho que ela tem que tomar um rumo bem semelhante ao da Sandra Bullock – pois a medida que a idade avança os papeis vão se restringindo. Penso que a Acadêmia ainda espera premiá-la , é só um Um Sonho Possível chegar até ela.

PS: Como professor – concordo em gênero , número e grau com sua introdução.

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Kamila que texto empolgante, não? Eu fiquei com esperanças, e espero que seja um filme divertido, já tem um tempo que não vejo uma boa atuação da Cameron. E eu adoro o Jason Segel … Fiquei empolgado!

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Kamila confesso que o sucesso desse filme foi uma grande surpresa pra mim.Não dúvido do talento de Cameron Diaz,ela tem muito carisma e despontou como um fenomeno em “Quem Vai Ficar Com Mary”(mas já havia feito bons trabalhos antes como o “Maskara”).No inicio dos anos 2000 tentou virar “atriz/quero/ganhar Oscar” hehe e me desagradou um pouquinho(não gosto dela em “Gangues de Nova York”,mas no fraco “Vanilla Sky” ela esta muito bem) e filme após filme ela foi me decepcionando,seja em “Encontro Explosivo”,”A Caixa” em papeis secundários “Besouro Verde” e quando o filme era bom ela não me agradava “O Amor Não Tira Férias”(o veterano Elli Walach e Kate Winslet ótimos).Você tem um bom termometro para premiações,lembro que ano passado na sua critica ao filme”Red-Aposentados e Perigosos” voce alertou sobre a possibilidade de uma nomeação ao Globo de Ouro,eu fiquei com duvidas pq o filme era muito fraco e vc acertou.Tomara que os criticos que votam no Globo de Ouro te escute e Cameron Diaz seja nomeada.Essa volta por cima dela me lembra Sandra Bullock em “A Proposta”,concorda comigo?e outro detalhe,a imprensão de que a carreira de Diaz estava em baixa é minha,pq ela nunca deixou de ser uma grande estrela,só que os ultimos projetos não fazia jus ao talento dela. Beijos.

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Flávio, não acho que a AMPAS tenha o objetivo ou a intenção de premiar a Cameron Diaz um dia, apesar de achar que chances para isso acontecer podem existir, uma vez que ela sempre faz filmes diferentes.

Cleber, o texto pode ser empolgante, mas o filme deixa a desejar no final.

Paulo, não sei se este filme tem feito tanto sucesso assim… A Cameron Diaz tem uma carreira muito irregular, mas a carreira dela, pelo menos, mostra a vontade dela de arriscar-se em determinados papeis. Eu acho que ela tem boas chances de ser lembrada, pra ser bem sincera… O papel dela oferece essa chance. Beijos!

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Ka, que nota alta é essa? rs!

É bem bobinho, eu pelo menos achei, mas achei divertido e gostei de diversas cenas. Eu e todo o cinema rimos muito. Gostei do Timberlake aqui, ele tem se mostrado eficiente – está muito bem em “Amizade Colorida”, inclusive. Mas, não adianta, Cameron Diaz sempre interpreta ela mesma. Não acho que sua caracterização aqui difere de outros trabalhos seus. Na verdade, não consigo gostar dela, rs. Mas, ela não compromete a diversão aqui.

Beijão!

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Achei divertido, consegui rir muitas vezes. Mas como um todo, é fraco. Achei meio forçado, entrou em alguns problemas de uma forma extremamente rasa e terminou num turbilhão de clichês. O que salvou o filme no fim foi Cameron Diaz numa atuação perfeita para a atriz, e Lucy Punch, divertida a cada cena nova.
Abraços!

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Cristiano, a nota alta é porque eu me diverti assistindo a este filme, apesar de ele ser bobo e de fazer aquela concessão desnecessária no final. Mas, é uma comédia diferente e merece meu respeito por isso. Não acho que a Cameron Diaz interpreta a ela mesma aqui, mas tudo bem! 🙂 Beijo!

Gabriel, é divertido, mas bobo. Porém, cumpre seu propósito de nos fazer rir demais… O final me incomodou bastante, como eu disse. Abraços!

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Eu achei fraquinho. Nenhum ator está bem. E é meio estranho uma professora como aquela continuar numa escola sem ser afastada. A trama central sobre os silicones é bem estúpida até. Mas tem uma cena de sexo com roupas que é hilária. Das mais WTF do ano. E não acho que Diaz tem chances com o Globo de Ouro.
Bjoo

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