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Os Três Mosqueteiros

publicado em:7/11/11 11:16 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Baseado no romance histórico escrito por Alexandre Dumas, o qual já teve mais de setenta adaptações para o cinema e televisão, o filme “Os Três Mosqueteiros”, representa uma experiência cinematográfica bem diferente para o diretor Paul W. S. Anderson, profissional mais acostumado com o gênero de ficção científica e com as adaptações de jogos eletrônicos para o cinema. Aqui, ele entra em contato com um roteiro bem diferente, que apresenta esta clássica história por meio de uma aventura com toques cômicos e exagerados, além de cenas de ação repleta de efeitos ainda inspirados pela era “Matrix”.

O roteiro escrito por Alex Litvak e Andrew Davies não desvirtua muito a história original escrita por Alexandre Dumas. Assim como no livro, D’Artagnan (Logan Lerman, que foi revelado no seriado “Jack & Bobby”) é um jovem órfão que parte em busca do sonho de se tornar membro do grupo de elite da guarda do rei, os quais eram conhecidos como mosqueteiros. Após uma série de acontecimentos diferentes – e planejados meticulosamente por ele mesmo, é importante frisar –, D’Artagnan acaba entrando em contato com os inseparáveis Athos (Matthew MacFadyen, o eterno Mr. Darcy do filme “Orgulho e Preconceito”), Aramis (Luke Evans) e Porthos (Ray Stevenson, conhecido pelo seriado “Roma”). Juntos, eles se transformam no grupo cujo mote principal era “um por todos e todos por um”, vivendo diversas aventuras, sempre em nome do rei que defendiam.

Na trama de “Os Três Mosqueteiros”, D’Artagnan, Athos, Aramis e Porthos terão que enfrentar Milady de Winter (Milla Jovovich, que vem a ser esposa do diretor Paul W. S. Anderson), uma agente secreta dupla, que, a mando do Cardeal Richelieu (Christoph Waltz), está armando uma emboscada junto do Duque de Buckingham (Orlando Bloom, inexpressivo como sempre) para tomar o trono francês do Rei Luís XIII (Freddie Fox, caricato, porém ótimo) e colocar a Europa em guerra.

Dirigido com segurança por Paul W. S. Anderson, “Os Três Mosqueteiros” encontra seus melhores momentos nas cenas que retratam a rotina, os costumes e a personalidade altamente insegura do Rei Luís XIII e da forma atabalhoada com que ele tenta ganhar intimidade com sua Rainha (Juno Temple). Isso, para um filme que tenta ser uma aventura emocionante, com grandes cenas de batalha, não é muito bom. Também não é um bom sinal que isso não tenha sido percebido pelo diretor, que insiste ainda num romance insosso entre D’Artagnan e uma das damas de companhia da Rainha da França. Um outro elemento de destaque do filme é a sua parte técnica, notadamente a sua direção de arte e o trabalho de figurinos, que poderiam muito bem ser reconhecidos com indicações ao Oscar 2012.

Cotação: 4,0

Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, 2011)
Direção: Paul W. S. Anderson
Roteiro: Alex Litvak e Andrew Davies (com base no livro de Alexandre Dumas)
Elenco: Matthew MacFadyen, Milla Jovovich, Luke Evans, Ray Stevenson, Orlando Bloom, Logan Lerman, Mads Mikkelsen, Christoph Waltz, Freddie Fox, Juno Temple



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Comentários


Achei um entretenimento até válido, mas não consegui gostar muito do filme. Acho que a grande preocupação com a ambientação acabou tirando o clímax e o propósito do filme, assim como você falou no último parágrafo. Só tenho a concordar contigo.
Abraços!

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Hum, eu já não tava esperando mesmo um grande filme, principalmente sendo dirigido por Paul W. S. Anderson que arruinou o último filme de “Resident Evil”. Vou deixar pra assistir esse em DVD.
Concordo quando você diz: “Orlando Bloom, inexpressivo como sempre”.

Abraços!

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é um filme muito acelerado, as coisas vão acontecendo de uma forma q quando se percebe o filme acabou, deixando um vazio, uma sensação de tempo desperdiçado…

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Gabriel, eu também não consegui gostar muito desse filme. Abraços!

Clóvis, eu não sou muito fã da série “Resident Evil”, mas aprecio a tentativa do Paul W. S. Anderson de fugir desse gênero e tentar coisas novas. Abraços!

Celo, exatamente.

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O mais curioso é que pelo trailer já dava pra “sentir” o quão fraco e boba seria essa produção. No mais, uma cena de ação ou de efeitos que, de fato, até empolga – mas, o roteiro é ruim, as atuações são estranhas e a direção é bem amadora, às vezes. Sério mesmo. Dou uma nota mais baixa que você, creio. Beijo!

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Cristiano, pois é, o trailer mostra o quão fraca seria essa aventura. Exatamente. Perfeito seu comentário. Concordo! Beijo!

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Filme que só vejo de graça … ou seja … éeeh … emprestado ou baixando … é a realidade dos fatu! ehehehe

E que cara de minino que não tirou fedor de mijo tem esse Logan … POR DIOOSSS!

Beijos Milla!

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Um dos grandes problemas do filme é o elenco que não esta bem.Orlando Bloom nunca me convenceu e tem cara de gaiato,não tem cara de “gente”,não me convence de jeito nenhum(você chama-lo de inespressivo é um elogio a mediocridade dele como ator),Milla Jokovich também não me convence,nem quando tem a oportunidade de atuar com dois ícones do cinema americano como Robert De Niro e Edward Norton em “Homens em Fúria”,ela não me convence,não foi nesse filme que ela demonstrou potencial(pelo menos pra mim),só convence em “Residente Evil”(Não gosto,mas tem seu público fiel) e por último Christoph Waltz.Antes de tudo,o austriaco é um excelente ator,que tardiamente foi descoberto por Tarantino e entregou um vilão soberbo em “Bastardos Inglorios”,o coronel Hans Landa é um dos meus personagens favoritos do cinema e isso se deve unicamente ao talento dele(e claro a escrita maravilhosa de Tarantino).É delicioso um vilão que usa um copo de leite para intimidar um camponês francês,tem uma expressão que vai de gargalhadas a anarquia(na cena com Melanie Laurent que ele come uma torta.TALENTO puro em cena) e no mesmo filme fala:Francês,inglês e alemão.E o já famoso:BINGO!! rss,adoro esse personagem.Mas Kamila você concorda que Christoph Waltz repetiu o coronel Hans Landa em “Besouro Verde”,”Água para Elefantes”(nesse caso foi ao extremo) e “Os Três Mosqueteiros”.Tomara que em “Carnage” de Roman Polanski ele interprete outro personagem.Sim,você tem razão a direção de arte e figurinos são ótimos,e isso se deve mas a pesquisa do que a direção porque Paul W.S Anderson bom pra mim é sem o W. S e um Thomas no lugar hehehe,só com humor que consigo falar desse filme que me causou muitas expectativas e no final fiquei frustrado.Tivemos percepções parecidas,excesso em relação a Waltz.Beijos.

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Amanda, os exageros me incomodaram por demais.

João, poxa, o Logan é tão talentoso…. Desde os tempos de ‘Jack & Bobby’. Beijos!

Paulo, concordo que o elenco não está bem. Para falar a verdade, NÃO gosto NADA do Orlando Bloom como ator. Acho que ele teve muita sorte na carreira dele. A Milla preenche bem a categoria de heroina de filmes de ação. O Christoph Waltz é o que acaba se salvando do desastre todo. Adorei também o ator que fez o rei Luís. E achei a atriz que faz a esposa dele também muito adequada para o papel. E não acho que o Waltz tenha se repetido em todos os filmes que fez depois de “Bastardos Inglórios”… Mas, a atuação dele nesse filme, sem dúvida, é caricatural. Beijos!

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Pois é, rsrs. Eu ainda não vi o filme. Que, se resolveu como um fracasso comercial notório. Um amigo meu disse que todo filme que Milla Jovovich estrela para um marido seu (Besson, Anderson…), não presta. rsrs. É uma percepção interessante, ainda que maldosa…
Bjs

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Kamila posso acrescentar mais dois detalhes na minha critica? A montagem é muito bem realizada ao apresentar os três mosqueteiros e a trilha sonora é boa porém me pareceu uma copia da que Hans Zimmer compos para “Sherlock Holmes”.Meu segundo e último comentário sobre o filme.Beijos.

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Reinaldo, o fracasso foi enorme mesmo. Eu não sei em relação à Milla Jovovich, nesse caso, mas acho que a culpa não é só dela… rsrsrrss Beijos!

Raspante, blockbuster que fracassou! Abraço!

Paulo, perfeito comentário! Beijos!

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Também acho o Orlando bem inexpressivo. Gosto da Mila , não sei o porquê , mas sempre a acho bastante ameaçadora, se ela caísse nas mãos de um diretor mais experiente e que fosse um verdadeiro diretor de atores, ela poderia oferecer ainda muito mais.

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Também acho o Orlando bem inexpressivo. Gosto da Mila , não sei o porquê , mas sempre a acho bastante ameaçadora, se ela caísse nas mãos de um diretor mais experiente e que fosse um verdadeiro diretor de atores, ela poderia oferecer ainda muito mais. Até mesmo dramaticamente.

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O Paul Anderson tem o costume de lançar bombas… parece que esse não é tão ruim!

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Kerygmaonlineávio, o Orlando, pra mim, é péssimo ator. E a Milla já caiu na mão de um bom diretor: Luc Besson e não rendeu… Mas, acho que todo ator ou atriz tem um personagem que lhe adequa melhor. Talvez, a Milla ainda não encontrou o dela…

Flávio, o Orlando é péssimo, como eu disse ali em cima. E não sou muito fã da Mila, mas vale o que eu disse ali em cima.

Bruno, não é tão ruim, mas é um filme chato…

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CHOCADO MILLAA!
Anote, filme divertido e legal como essa versão com Jack Bauer, Oliver Platt, Charlie Sheen e de quebra tendo Julie Delpy … É O QUE HÁ …

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Esse filme chamado os três mosqueteiros,não foi tão bom o quanto eu esperava , e com isso optei para ler o livro,e aconselho a todos ler o livro que é muito mais legal e emocionante do que o filme.
Eles tem algo em comum , mas também tem uma certa desigualdade e cenas contadas diferen-tes que tornam o livro melhor do que o filme,porém teve algumas cenas do filme que eu gostei muito,como no começo a luta dos 3 mosqueteiros e o coadjuvado D’artagnan,contra os guardas do cardeal,mas que ficou muito “feia” por conta que apenas 4 homens sendo que um deles não tinha nenhum treinamento oficial,contra mais de 40 guardas que defendia o Cardeal , um dos senhores mais importantes daquela época.Ainda.
OBS=Ainda não tive oportunidade de acabar de ler e concluir meu roteiro,que a professora de português teve a idéia de passar! Obrigado por escolherem ler o meu comentário.

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Romilson, concordo que “Os Três Mosqueteiros” não é um bom filme. Não li o livro, mas imagino que seja bom, tendo em vista que é um clássico escrito por Alexandre Dumas. Obrigada pela visita e pelo comentário.

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