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Gigantes de Aço

publicado em:17/11/11 12:45 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Ao longo de “Gigantes de Aço”, filme dirigido por Shawn Levy, você terá várias provas de que Charlie Kenton (Hugh Jackman) é um tremendo vacilão. Não porque ele tenha algum desvio de caráter. Pelo contrário, Charlie é um cara sonhador, um visionário, um homem de bom coração e que acredita, piamente, que vai conseguir encontrar o seu espaço no cenário das competições de lutas entre robôs gigantes – que, no ano de 2020, época em que se passa este filme, é o esporte favorito da população norte-americana, sendo uma espécie de UFC do futuro.

Charlie Kenton deve dinheiro aos piores homens, é o tipo de cara que aparece e some da vida das pessoas que ele mais considera sem qualquer explicação e, para completar, é um péssimo pai para seu filho Max (Dakota Goyo). Ele não é o tipo de heroi por quem você torceria, mas justamente pelo fato da plateia saber que ele comete esses erros justamente pela tentativa de acertar nesse seu grande sonho que a gente acaba sentindo uma simpatia enorme por ele. Charlie Kenton é um ser falível e esta é a característica que a gente vai mais apreciar nele durante “Gigantes de Aço”.

Assim como outros filmes cujas realidades são essas competições esportivas bastante violentas, o roteiro escrito por John Gatins retrata uma história de superação. Neste sentido, talvez, o papel mais importante para a trama de “Gigantes de Aço” acaba sendo o de Max Kenton, filho do protagonista, uma vez que é ele que irá mover toda essa trama e que vai proporcionar ao seu pai a chance que ele tanto esperava. É como se Charlie precisasse de alguém como seu filho, que acreditava nele e no sonho dele, que vai dar apoio a ele (até mesmo nos momentos em que Charlie estava mais incrédulo em relação ao seu futuro) e que vai fazer com que ele passe uma transformação interna que vai se refletir justamente na correção do seu caminho, que antes era totalmente errante.

São elementos como esse que fazem de “Gigantes de Aço” um filme deveras emocionante e que conquista a plateia por meio do retrato de uma relação de puro amor incondicional entre um filho e o pai que, até poucos instantes atrás, era um completo estranho para ele. Max nunca irá desistir de Charlie, mesmo naqueles piores momentos em que seu pai não acredita em si mesmo. Talvez, por isso mesmo, um dos pontos principais deste filme é a relação que se estabelece entre Hugh Jackman e o ótimo ator mirim Dakota Goyo, que retratam esse contraponto de uma forma perfeita.

A direção de Shawn Levy, um diretor mais acostumado com comédias, também é uma das agradáveis surpresas em “Gigantes de Aço”. Ele faz um trabalho consistente, especialmente nas cenas de luta, mas peca um pouco no final, naquele momento que deveria ser o grande ápice de sua trama, quando ele pesa a mão um pouco no embate tão esperado entre Atom (o robô que é desenvolvido por Charlie e Max) e Zeus (o todo poderoso e imbatível robô de combates). Entretanto, este não é um detalhe que prejudique o resultado final de sua obra, a qual arranca lágrimas sinceras da plateia.

Cotação: 9,0

Gigantes de Aço (Real Steel, 2011)
Direção: Shawn Levy
Roteiro: John Gatins (com base na história de Dan Gilroy e Jeremy Leven)
Elenco: Hugh Jackman, Evangeline Lilly, Anthony Mackie, Kevin Durand, Hope Davis, James Rebhorn, Dakota Goyo



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Comentários


É um excelente filme mesmo, emocionante e ação na medida certa, com otimos momentos, gostei bastante desse, um dos melhores do ano na minha opinião. Prova de que o cinema mainstream qd quer respeita o publico com obras bem realizadas e preocupadas em trazaer conteudo mesclado a diversão!

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O filme é uma grata surpresa mesmo. Bem realizado, com um roteiro envolvente e atuações boas.

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Otavio, é um ótimo filme mesmo! Beijos!

Raspante, que pena! Esse filme tem suas emoções potencializadas quando visto no cinema. Abraços!

Amanda, exatamente.

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Assisti com meu filho e meu marido… vibramos em vários momentos! Como nós somos fãs de luta(eu faço boxe e o marido e filho fazem Muai Thai) nos encantamos mais ainda! Várias vezes ficamos trocando socos no ar, tamanha emoção do filme! Sentimos cada segundo… rs… Sem falar pela qualidade. Apesar de ser bem clichê, valeu muito a pena conferir!!

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Cleber, que pena que você vai deixar pra assistir em DVD. Como eu disse ao Alan, as emoções desse filme são potencializadas quando visto no cinema.

Joicy, eu também vibrei em vários momentos. Vale muito a pena mesmo!

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muito bom mesmo gostei muito desse filme. Na minha opinião uma lição de vida. Parabéns pelo blog é muito bom.

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