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A Casa dos Sonhos

publicado em:28/11/11 11:31 PM por: Kamila Azevedo Cinema

Na sua essência, “A Casa dos Sonhos”, filme dirigido por Jim Sheridan, é um típico filme de suspense, uma vez que o eixo narrativo da trama escrita por David Loucka se apoia num conflito que é muito conhecido daqueles que são familiarizados com este gênero: Will Atenton (Daniel Craig) se muda com sua família – a esposa Libby (Rachel Weisz) e as duas filhas – para uma pacata cidade do interior, em busca não só de qualidade de vida, como também de passar um tempo considerável em família, longe daquela correria da cidade grande.

Por um tempo, a vida familiar dos Atenton será perfeita, como se eles tivessem saído de um comercial de margarina. Entretanto, a descoberta de que a casa dos sonhos que eles habitam foi palco do assassinato sórdido de uma família inteira abala as estruturas de todos eles, na medida em que suas duas filhas começam a perceber movimentos estranhos na própria casa e em que a rotina diária de todos eles passa a ser influenciada por diversos acontecimentos bizarros que ocorrem todos em decorrência desta descoberta, é importante frisar.

Neste sentido, a grande jornada de “A Casa dos Sonhos” é retratar a tentativa de Will de descobrir o que realmente aconteceu na residência que ele mora, de forma a ele poder continuar com sua vida pacata e feliz em família. É importante observar que o processo de desintegração emocional do personagem interpretado por Daniel Craig é muito parecido com aquele vivenciado pelo detetive Teddy Daniels, personagem que Leonardo di Caprio fez em “Ilha do Medo”, filme dirigido por Martin Scorsese. As semelhanças entre os dois personagens não param por aí, uma vez que o destino de Will Atenton, assim como o de Teddy Daniels, estava esfregado na cara da gente em todas as cenas de “A Casa dos Sonhos”. Basta que a gente preste atenção aos sinais.

Talvez, por isso mesmo, um dos melhores elementos deste filme acaba sendo a performance de Daniel Craig. Ele segura a onda de uma obra que tem um sério problema de roteiro. Não é preciso ser um grande fã de filmes de suspense para saber que uma boa obra desse gênero não esmiúça tudo para o espectador. É necessário que muita coisa fique subentendida para que a plateia possa preencher essas lacunas, para que a gente fique com aquela incômoda sensação de que aquela calma aparente do fim vai ser interrompida a qualquer instante. Infelizmente, “A Casa dos Sonhos” não nos permite passar por esse tipo de sentimento, uma vez que a opção do filme de Jim Sheridan foi deixar esta história com uma conclusão perfeita, de forma que a plateia saia da sessão sem dúvida alguma de qual será o destino de todos esses personagens.

Cotação: 5,5

A Casa dos Sonhos (Dream House, 2011)
D
ireção: Jim Sheridan
Roteiro: David Loucka
Elenco: Daniel Craig, Naomi Watts, Rachel Weisz, Elias Koteas, Jane Alexander, Gregory Smith



Jornalista e Publicitária


Comentários


Kamila essa premissa é antiga mesmo.A coombinação:Familia/busca paz/casa assombrada/revelações,é antiga.Não vi a “A Casa dos Sonhos”,mas pela sua critica fiquei desanimado(mas vou ver pelos profissionais envolvidos).Como você diz,esse tipo de história tem que ter um bom roteiro para se sustentar.Quando um roteiro de suspense tenta “esconder um segredo” do espectador,se for mal feito ele serve apenas para enganar o público.Temos ótimos exemplos como:

“O Sexto Sentido”-vou fazer uma revelação aos blogueiros.O Sr. M. NIght Shyamalan me enganou tanto,mas tanto que eu passei por uma situação constragedora.Quando eu vi o filme eu tinha 12 anos e como qualquer adolescente eu me distraía facilmente no cinema.Fim de sessão e falo com um amigo “nossa que segredo bobo,o menino vê pessoas mortas”.Meu amigo me olha espantado e diz:”Paulo,o psicologo morreu,ele não existe,é fruto da imaginação do menino” rss,e depois em DVD eu vi e revi o filme e descobri um roteiro fabuloso que em nenhum momento engana o espectador.O personagem do Bruce Willys só tocava em objetos vermelhos,e Shyamalan revela nos extras a preocupação que ele tinha com isso.Um exemplo de ótimo suspense.

Na sua critica você não cita Naomi Watts.Estou dando um chute rss(não vi o filme).Pra mim ela tem uma ligação no passado com o protagonista.Jim Sheridan não escalaria uma estrela do nível dela sem um proposito.

Beijos

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Paulo, a premissa é super batida nesses filmes de suspense… O filme causava expectativa justamente por causa destes nomes envolvidos na obra, mas ela é meio que decepcionante. Eu acho que um filme de suspense tem que deixar alguma coisa subentendida ou nos pegar de surpresa, coisa que “A Casa dos Sonhos” não faz. O seu chute sobre a personagem da Naomi Watts é certeiro. rsrsrsrsrs Ela é fundamental pro desfecho do filme. Beijos!

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Achei que você foi bastante simpática com o filme, porque eu o achei verdadeiramente ruim. Um roteiro que não se decide entre gêneros, personagens que parecem perdidos em situações que são verdadeiros brinquedos-problemas, e uma Naomi Watts cuja função é assombrosamente misteriosa!

Enfim, achei-o uma grande perda de tempo e me arrependi de ter gastando R$7 para vê-lo no cinema.
=]

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A crítica massacrou de uma forma que eu jamais iria imaginar, o que houve? Tudo bem que o próprio Sheridan não gostou do filme e blá blá blá, mas … poxa.

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Paulo, caiu a conexão e não voltou mais… Desculpe!

Luís, acho que eu fui bem simpática mesmo com a obra, porque ela é, realmente, bem abaixo da média. Mas, não diria que assistir um filme é uma perda de tempo! Nunca é! rsrsrs

Cleber, a crítica massacrou porque a obra é ruim! rsrsrs

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Pois é… quase um pesadelo né? Mas as opções não foram do Jim Sheridon que desautorizou o filme. Felizes mesmo ficaram Daniel Craig e Rachel Weisz. E o pesadelo ficou para o Darren Aronofsky, né? #maldadepura

Bjs

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Queria ver essa incursão de Sheridan no genero, mas pelo visto as nuances de drama que tentou imbuir na trama não deram liga. A galera tá detonando ele! Não devo ver mais no cinema, mas qd sair para home dou uma olhada.

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Reinaldo, quase um pesadelo mesmo!!! Não sabia que Jim Sheridan tinha desautorizado esse filme. Mas, o que você fala, no final, sobre o Daniel, a Rachel e o Darren foi PURA verdade. rsrsrss Beijos!

Antonio, obrigada!

Celo, é melhor assistir em casa mesmo!

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Gosto do Daniel Craig e da Rachel Weisz, mas ainda não vi esse filme. Não me parece ter nada inovador, segue a velha fórmula da “casa mal-assombrada”.

Beijos.

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Daniel Craig está muito bem mesmo. Achei que o filme começou até interessante, mas depois desandou mesmo.

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João, não tem nada de inovador mesmo nessa obra, que nem consegue decolar nesse seu propósito de seguir essa velha fórmula. Beijos!

Amanda, concordo plenamente com seu comentário!

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Muitos falam que esse filme é bem fraquinho, curiosamente, antes dele estrear. Será que já tinham preconceito com a obra? Eu confesso que achei a premissa boba, já vista por aí em outros filmes, mas tenho interesse em ver – sem pressa, diga-se de passagem, rs – por conta do diretor que sou fã. O elenco me agrada também.

Beijo

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Se Daniel Craig é o melhor elemento da pelicula, esse filme é uma bomba, e olha que adoro o Craig!

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Cristiano, o filme é fraco, sim. Mas, não acho que seja preconceito com a obra, uma vez que, como eu mesma disse, o roteiro do filme é fraquíssimo. Beijo!

Cassiano, ah, eu adoro o Craig também! Que maldade isso que você disse!! rsrsrss

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