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Missão: Impossível – Protocolo Fantasma

publicado em:12/01/12 12:28 AM por: Kamila Azevedo Cinema

Baseado em uma popular série de televisão que foi ao ar nas décadas de 60 e 70, na televisão norte-americana, a franquia cinematográfica “Missão: Impossível”, em épocas de terrorismo, pode até parecer um tanto desatualizada – uma vez que, ao contrário de outros filmes do gênero de espionagem atual, que incorporaram bem a questão da ameaça do Oriente Médio aos Estados Unidos, as tramas protagonizadas pelo agente Ethan Hunt (Tom Cruise, também produtor da franquia) possuem como antagonista maiores gente advinda da Rússia – o que era um elemento predominante, diga-se de passagem, na série de TV, que se passava justamente na época da Guerra Fria entre EUA e a antiga União Soviética.

Apesar disso, é importante mencionar que este detalhe “histórico” não atrapalha em nada no desenvolvimento narrativo do filme mais recente da série: “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma”, do diretor Brad Bird (das animações da Pixar “Os Incríveis” e “Ratatouille”). No longa, Ethan Hunt é resgatado de uma prisão em Moscou pela dupla de agentes Jane (Paula Patton) e Benji (Simon Pegg), que necessita da ajuda deles para pegar um equipamento que, se cair nas mãos erradas, tem o poder de causar um ataque nuclear global.

A trama escrita por Josh Applebaum e André Nemec dá uma grande virada após um bombardeio terrorista sofrido no Kremlin, local onde Ethan Hunt e seus parceiros estavam realizando uma ação comandada pela Impossible Missions Force (IMF). Desautorizado pela sua agência (representada pelo chefe interpretado por Tom Wilkinson), sem qualquer recurso tecnológico ou apoio financeiro, Ethan agora tem mais uma nova missão, além de impedir que o tal ataque nuclear global se realize: limpar o seu nome e o da agência que ele serve – além de Jane e Benji, para cumprir esta tarefa, Hunt conta com o auxílio de um analista chamado Brandt (Jeremy Renner).

Um filme como “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” necessita de um roteiro sem muitas arestas, de forma a manter acesa a atenção da plateia. Felizmente, esse é o caso da peça escrita por Applebaum e Nemec, a qual é dirigida com surpreendente agilidade por Brad Bird, que imprime um ritmo muito bom à sua trama. Esta obra possui alguns elementos que já viraram tradição desta franquia, como as cenas em que Ethan Hunt mostra suas habilidades como alpinista, e segue a tendência atual dos filmes desse gênero, ao oferecer um pouco de conflito para humanizar o personagem principal (tentando aprofundar um pouco, na medida do possível, a trama que já havia sido abordada em “Missão Impossível III”). O resultado é um longa que cumpre por completo a sua missão, com o perdão do trocadilho.

Cotação: 7,5

Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol, 2011)
Direção: Brad Bird
Roteiro: Josh Applebaum e André Nemec (com base na série de TV criada por Bruce Geller)
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Paula Patton, Michael Nyqvist, Vladimir Mashkov, Anil Kapoor, Josh Holloway



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Comentários


Kamila o Tom cruise teve uma sacada interessante nesse filme.Chegando aos 50 anos e sem folego para estrelar os proximos filmes da franquia e visando o futuro,acho(pura especulação minha) que Jeremy Renner substituira ele nos proximos filmes da série “Missão Impossivel”.Tom Cruise é um produtor esperto(“Os Outros” é o meu filme favorito de Cruise/Produtor).Sabadão pego uma sessão de “Cavalo de Guerra”,espero que vejamos o filme no mesmo periodo.Beijos

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Já vi todos os filmes da série, mas pouco me lembro deles. Tinha vontade de conferir esse quarto volume, mas acho que vou deixar para assistir em casa mesmo!

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Paulo, essa notícia do Jeremy Renner já foi desmentida e, pelo que mostra no filme, acho que o Tom Cruise ainda tem fôlego para mais algumas sequências… “Cavalo de Guerra” ainda não vai estrear por aqui, infelizmente. Beijos!

Matheus, eu também assisti a todos os filmes da série, mas me lembro pouco das obras. Não deixe para assistir a este filme em casa. Acho que ele merece uma visita ao cinema.

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Kamila, o futuro do Tom Cruise é uma incógnita pra mim. Ao contrário de seus colegas galãs Brad Pitt e Johnny Deep – Cruise tá um pouco em baixa , tomara que encontre um belo projeto pra que ele possa de fato retomar a carreira. Não acho ele um grande ator, mas ele tem carisma.

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hehe, de fato, cumpre a sua missão. Só achei o vilão bobo e com poucos propósitos, mas é a vida.

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Flávio, na verdade, a baixa de Tom Cruise pouco tem a ver com as suas escolhas artísticas (eu gosto muito de filmes como “O Último Samurai”, “Operação Valquíria” e os dessa série, por exemplo). O problema maior dele foi sua própria personalidade, digamos, e isso é horrível de dizer, mas as pessoas tomaram antipatia dele, especialmente após a separação dele da Nicole Kidman. Também não acho que ele é um grande ator e concordo que ele tem muito carisma

Raspante, eu assistiria a este filme no cinema mesmo. Merece.

Amanda, o vilão, realmente, foi muito mal construído…

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Haha, trocadilho perdoado.
Concordo com o seu texto, a nossa nota é a mesma inclusive. “M:I 4” é um competente filme de ação, mas o que mais gostei desse exemplar foi a divisão de tarefas entre os agentes. Enquanto nos anteriores o título de herói ficava apenas para Hunt, aqui é repartido pela equipe. Gostei muito desse “altruísmo” do filme hehe.

Bjs!

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Otavio, também me diverti muito com esse filme. E, de uma certa forma, isso foi bastante inesperado. Beijos!

Elton, trocadilho clichê, esse! rsrsrsrs Muito bem notado esse detalhe que você aponta em relação ao filme. Não tinha me tocado desse “altruísmo”, da divisão bem feita das tarefas entre os membros da equipe. Perfeito comentário! Beijos!

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Eu tenho uma queda por esse tipo de filme, eu costumo me divertir muito com esses de ação exagerada, até porque creio eu que a proposta é exatamente essa, entreter, certo?

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Kamila, goste bastante do filme, mas sei que ele não é excelente. O roteiro não cria um vilão de verdade, que “assuste”, mas as cenas de ação valeram por muitos furos!! Já assisti o filme faz semanas e não consigo tirar da cabeça a cena da escalada em Dubai!! Demais!

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Eri, eu também gostei bastante do filme, tendo a ciência de que ele não é excelente. Concordo em relação ao vilão e às cenas de ação.

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Não esperava muito depois do 3º M.I , mas me diverti bastante com esse filme. O elenco de apoio foi bem escolhido, gosto do Jeremy Reener e a Paula Patton tá Maravilhosa! rs

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João, eu também me diverti muito com esse filme. A Paula Patton é uma ótima atriz, que um dia conseguirá o destaque que merece.

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É uma genuína obra de ação. Recententemente, quando assisti o primeiro (não havia assistido nenhum, corri atrás pra poder conferir este) apontei ele como um filme absolutamente surpreendente, como há muito eu não via. Era ação mesclada com suspense, no seu auge de maestria, conduzido por Brian De Palma, que é mestre. Ao ver Protocolo Fantasma, fiquei novamente surpreendido, é excelente! E um elemento novo e muito bem-vindo à franquia é o bom-humor, adotado sempre com precisão e sem muito exageros. Sem contar o elenco, claro!

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