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>King Kong (2005)

publicado em:23/12/05 1:29 AM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Ao longo de 110 anos de cinema, muitas imagens se tornaram eternas e icônicas. Uma das imagens mais míticas vistas na grande tela é o momento em que o King Kong, do alto do Empire State Building, em Nova York, se debate para se defender contra os que ele acredita serem os homens malvados e para proteger a mocinha por quem ele se afeiçoou. Esta imagem em particular foi a que fez o então menino Peter Jackson querer ser um diretor de cinema. Jackson sempre acalentou o sonho de recontar a história do King Kong e só agora, 72 anos depois do lançamento do primeiro filme, o diretor neozelandês consegue lançar o seu remake.

Chamar o filme de Peter Jackson de remake talvez seja uma denominação errada. Nos dias atuais, as possibilidades para se retratar uma história como a do King Kong são infinitas. Jackson, então, resolveu apelar para uma megalomania já familiar para aqueles que conhecem o seu trabalho na trilogia “O Senhor dos Anéis”. Tudo no “King Kong” de Jackson é grande: os cenários, os efeitos e, principalmente, as atuações e a sua direção.

O eixo principal da narrativa de “King Kong” se encontra em dois personagens: o diretor de cinema Carl Denham (Jack Black) e a atriz Ann Darrow (Naomi Watts). Tanto Carl quanto Ann estão em sérios apuros – ele com o estúdio de cinema que financia o trabalho que ele está desenvolvendo e ela sofre com a falta de dinheiro e de emprego. O diretor e a atriz também compartilham uma relação especial com o destino – enquanto Carl acredita em intervenções providenciais, Ann tenta fugir de tudo isto.

É a bordo do navio cargueiro “Venture” (não por acaso uma palavra que significa sorte ou destino), que Carl embarca com Ann, o roteirista Jack Driscoll (Adrien Brody), sua equipe de filmagens, além da tripulação do navio para uma viagem em busca da Ilha da Caveira, um lugar que não está localizado no mapa e, portanto, permanece inexplorado pelo homem. A Ilha será a locação do novo filme de Denham e lá todos eles entrarão em contato com seres estranhos e assustadores. Todos que estão a bordo do “Venture” passarão por profundas transformações; mas, a mais importante delas acontecerá com Ann e, por meio de seu contato com o troglodita e – inicialmente – insensível Kong, a atriz questionará as suas convicções na medida em que ela passa a conhecer uma nova forma de amor, de proteção e de fé.

“King Kong” é um filme feito de muitos momentos de apreensão, de suspense e de ação, mas a película é, acima de tudo, uma grande história de amor. Relatos de uma bela que se apaixona por uma fera já foram contados aos montes pelo cinema, mas, com “King Kong”, Peter Jackson adiciona uma técnica perfeita ao elemento da sensibilidade, provando que é possível, sim, se fazer filmes impecáveis de um ponto de vista prático sem se esquecer da engrenagem principal de um grande filme: a emoção.



Jornalista e Publicitária


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