logo

>Tristão e Isolda (Tristan + Isolde, 2006)

publicado em:26/06/06 10:58 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

>

O cinema e a literatura são formas de arte que nos mostraram que toda grande história de amor é construída através de uma série de provações. Mesmo assim, a garantia do final feliz nunca existe com certeza – vide os casos de “Romeu e Julieta”, a obra máxima do escritor inglês William Shakespeare, e o filme “Moulin Rouge – Amor em Vermelho”, musical boêmio do diretor australiano Baz Luhrmann. É inegável o apelo que estas histórias exercem sobre o público e o diretor Kevin Reynolds e o roteirista Dean Georgaris oferecem a sua contribuição com o filme “Tristão e Isolda”, que retrata a clássica lenda de amor e tragédia do casal.

“Tristão e Isolda” se passa na Era das Trevas, pouco tempo após o declínio do Império Romano; quando a Bretanha estava dividida em tribos e a Irlanda era um reino poderoso que sonhava em se aproveitar da fragilidade bretã para colocar o país sob seu domínio. Os próprios Tristão (o excelente James Franco) e Isolda (Sophia Myles) estão inseridos bem no meio desse conflito. Ele é o filho de Aragon (Richard Dillane), um grande cavaleiro bretão. Ela é a herdeira do trono da Irlanda.

Tristão aprendeu de maneira bruta a rivalidade existente entre a Bretanha e a Irlanda quando ele testemunhou o ataque irlandês que acabou vitimando os seus pais. Depois da tragédia, ele vai para a Cornualha, aonde ajuda a erguer um mini-reino e, futuramente, se torna um grande guerreiro. Numa das batalhas contra os soldados irlandeses, Tristão é dado como morto e colocado em um barco (essa era a maneira como os bretões enterravam seus homens honrados). Tristão acaba “desembarcando” na costa da Irlanda e é resgatado por Isolda. Ao ver que Tristão estava vivo, Isolda começa a cuidar dele. Os dois, é claro, irão se apaixonar – mas, Tristão nunca saberá nada sobre a condição de futura rainha de Isolda.

É ao conhecer o amor que Isolda descobrirá a dureza da guerra que se instalou entre os bretões e os irlandeses. E, como tudo que acontece no conflito se relaciona à luta pelo poder político, o pai de Isolda cria um torneio para oferecer a mão de sua filha em casamento ao inglês que ganhar o mesmo (essa é uma maneira para dispersar as atenções dos bretões e fazê-los se esquecerem da guerra por um momento). Tristão é um dos concorrentes e ganha Isolda para Marke (Rufus Sewell) – o homem que salvou a sua vida e se tornou a sua figura paterna – de forma que ele possa desposá-la e instalar um único reino inglês. O casamento de Isolda e Marke marca o início de um outro conflito: uma luta interna em que Tristão e Isolda têm que esconder seu amor, pois vivê-lo abertamente significa a queda definitiva do reino inglês.

Em “Tristão e Isolda”, o diretor Kevin Reynolds repete toda a competência técnica que ele mostrou em “O Conde de Monte Cristo” e, novamente, reúne em torno de si uma excelente equipe de apoio – a direção de arte, os figurinos, a fotografia e a trilha sonora são ótimas. O elenco (com um destaque para Sophia Myles e Rufus Sewell) também soube passar com segurança todas as nuances da história criada por Dean Georgaris. Fatos estes que credenciam “Tristão e Isolda” para obter um lugar de destaque entre as grandes histórias de amor que conhecemos.

Cotação: 8,0

Crédito Foto: Yahoo! Movies



Jornalista e Publicitária


Comentários



Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.