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>Trair e Coçar é só Começar (2006)

publicado em:7/09/06 1:11 AM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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“Trair e Coçar é Só Começar”, peça escrita pelo ator Marcos Caruso (que atualmente está no centro de todas as atenções na novela “Páginas da Vida”, interpretando o marido da vilã personificada por Lília Cabral), estreou nos palcos em 1986 e até hoje é encenada. Por essa razão, a peça está no Guiness Book, o livro dos recordes, como a peça que está em cartaz há mais tempo no Brasil. O espetáculo ficou também marcado por ter revelado o talento da atriz Denise Fraga como comediante e, seguindo a linha de “Irma Vap – O Retorno”, faz a transição dos palcos para o cinema.

O filme “Trair e Coçar é Só Começar” foi dirigido por Moacyr Góes e adaptado pelo próprio Caruso e sua parceira habitual Jandira Martini. A história se passa no decorrer de um dia, quase sempre no mesmo espaço – o Edifício Caruso – e é centrada na empregada doméstica Olímpia (Adriana Esteves), que trabalha na casa da arquiteta Inês (Bianca Byington) e do cardiologista Eduardo (Cássio Gabus Mendes). Assim como muitas das suas colegas de trabalho, Olímpia é meio intrometida e confusa – características essas que serão importantíssimas para o desenvolvimento da trama de “Trair e Coçar é Só Começar”.

Inês está comemorando quinze anos de casada com Eduardo. Aproveitando a ausência do seu marido – que está em um congresso médico –, Inês prepara um jantar surpresa de comemoração; e, para isso, conta com a ajuda de sua amiga Lígia (Mônica Martelli), que é casada com Cristiano (Mário Schoemberger), o melhor amigo de Eduardo. Entretanto, os planos de Inês começam a ir por água abaixo quando Eduardo chega antes do esperado em casa. E é justamente em decorrência da tentativa de Olímpia em evitar que o jantar de comemoração seja arruinado que os personagens de “Trair e Coçar é Só Começar” entram numa série de encontros, desencontros e confusões – todos eles envolvendo suspeitas de adultério.

O trailer de “Trair e Coçar é Só Começar” causava a impressão de que este filme seria um sério candidato ao título de uma das piores películas de 2006; mas ele acaba surpreendendo. Se Adriana Esteves não tem a qualidade de uma Denise Fraga, ela acaba suprindo a desconfiança inicial entregando uma performance de timing cômico perfeito. O roteiro do filme, por mais absurdo que pareça, é bem desenvolvido e seu desfecho não deixa nenhuma pergunta sem resposta. A única ressalva vai para a direção burocrática de Moacyr Góes que, esteticamente, transforma seu filme num programa de TV. Mesmo assim, é muito bom que nós possamos ser surpreendidos de vez em quando.

Cotação: 4,0

Crédito Foto: Yahoo! Cinema



Jornalista e Publicitária


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