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>10.000 A.C. (10.000 B.C., 2008)

publicado em:12/03/08 8:44 PM por: Kamila Azevedo Uncategorized

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Assim que termina a exibição de “10.000 A.C.”, filme do diretor Roland Emmerich (que co-escreveu o roteiro ao lado de Harald Kloser), é impossível não pensar em “Apocalypto”, do diretor Mel Gibson. Existem muitas semelhanças entre os dois filmes. A principal, além de se passarem numa época e civilização antigas, é o fato de que toda a trama das duas obras se move pelo resgate da mulher amada e pela vontade de se iniciar uma nova história dentro da pequena comunidade aonde os personagens principais vivem.

Roland Emmerich nos leva a uma tribo primitiva, aonde mora D’Leh (Steven Strait), um jovem filho de um homem que abandonou a comunidade em um momento de crise. Quando o filme começa, D’Leh já está em idade de se tornar um guerreiro e, abalado pelo ato do pai (o qual ele não pretende repetir), tem a oportunidade perfeita de se tornar um herói quando a mulher que ele ama, Evolet (Camilla Belle), é seqüestrada e transformada em escrava.

A motivação principal de D’Leh, além, é claro de se transformar em um grande homem, é evitar a extinção de sua tribo. Portanto, ao longo de “10.000 A.C.”, veremos o jovem embarcar em uma jornada que inspirará outras tantas tribos a lutarem pela mesma causa que ele. Aqui, temos a desculpa perfeita para o diretor Roland Emmerich criar um clima épico, com uma trilha sonora imponente, cenários grandiosos, frases de efeito e cenas de batalha.

No entanto, “10.000 A.C.” é um filme cheio de erros. O primeiro deles está no roteiro. Se Roland Emmerich e Harald Kloser tivessem se fixado na lenda que envolve a personagem Evolet, tudo correria bem; mas eles insistem em criar outras lendas que tiram o foco daquilo que era para ser o principal. Entretanto, o mais grave dos equívocos de “10.000 A.C.” é os efeitos visuais – o que chega a ser uma surpresa, já que Emmerich fez obras do porte de “O Dia Depois de Amanhã” e “Independence Day”. Em algumas cenas, estes efeitos chegam a ser muito grosseiros e artificiais. Ou seja, eles não nos passam aquela naturalidade. Você nota que o elemento visto em tela é puro resultado de um computador.

Cotação: 4,0

10,000 A.C. (10,000 B.C., EUA, Nova Zelândia, 2008)
Diretor(es): Roland Emmerich
Roteirista(s): Roland Emmerich, Harald Kloser
Elenco: Steven Strait, Camilla Belle, Cliff Curtis, Joel Virgil Vierset, Affif Ben Badra, Mo Zinal, Nathanael Baring, Mona Hammond, Marco Khan, Reece Ritchie, Joel Fry, Omar Sharif, Kristian Beazley, Junior Oliphant, Louise Tu’u



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