logo

Across the Universe

publicado em:20/06/08 9:40 PM por: Kamila Azevedo DVD

Sabe aquela velha pergunta: “qual a trilha sonora da sua vida?”. Se este questionamento fosse feito aos personagens de “Across the Universe”, da diretora Julie Taymor, a resposta estaria na ponta da língua: qualquer canção dos Beatles. Se, em “Frida”, Taymor utilizou os quadros da pintora mexicana para ilustrar as diversas fases da vida dela, em “Across the Universe”, a diretora usa as músicas do quarteto de Liverpool para mostrar todas as transformações pelas quais os personagens passam no decorrer da história.

O filme é um musical rock que se passa nos Estados Unidos, no final da década de 60, quando o país vivia um conturbado período político por causa da Guerra do Vietnã. O jovem estivador Jude (Jim Sturgess, uma revelação) parte para a América em busca do pai (Robert Clohessy), mas logo faz amizade com Max (Joe Anderson, ótimo), rapaz rico que teima em frustrar as expectativas de seus pais (Dylan Baker e Linda Emond). É nesta conjuntura de protestos contra a guerra, de temor do alistamento militar e do medo da perda de alguém que amamos que os dois jovens se mudam para Nova York, cidade na qual, em meio a um ambiente de total liberdade (a dupla mora numa espécie de república estudantil), Jude acaba se apaixonando pela irmã do amigo, Lucy (Evan Rachel Wood), e é justamente através das músicas dos Beatles que veremos como esses jovens passam da ingenuidade ao amadurecimento, à diversão, à alucinação e, finalmente, à revolução.

Oriunda dos palcos da Broadway, a diretor Julie Taymor tem uma característica muito importante: ela é atenta aos detalhes e prioriza os aspectos visuais de seus trabalhos. Neste sentido, “Across the Universe” é um primor – com destaque para a fotografia, a direção de arte e os figurinos (que renderam para Albert Wolsky uma indicação ao Oscar 2008). O filme só peca em um aspecto: o roteiro de Dick Clement e Ian La Fresnais (que foi escrito com base numa história idealizada pela dupla e por Julie Taymor), especialmente quando estamos no retrato das fases alucinógenas e revolucionárias vivenciadas pelos jovens e, por quê não, pelos quatro rapazes de Liverpool.

Cotação: 9,3

Across the Universe (Across the Universe, 2007)
Diretor: Julie Taymor
Roteiro: Dick Clement e Ian La Fresnais (com base na história criada por Dick Clement, Ian La Fresnais e Julie Taymor)
Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson, Dana Fuchs, Martin Luther, T.V. Carpio, Spencer Liff, Lisa Hogg



Jornalista e Publicitária


Comentários


Sou minoria, eu sei, mas não consigo gostar da beleza plástica e planejada deste filme. Adoro os Beatles, mas não tive paciência com o filme.

Acho que Julie Taymor segue a proposta narrativa de MOULIN ROUGE. Mas o filme de Baz Luhrman é uma obra-prima perto de ACROSS THE UNIVERSE.

Bjs!

Responder

Otavio, a beleza clássica e planejada de “Across the Universe” é um dos elementos mais fortes desse filme, na minha opinião. E concordo plenamente que a Julie Taymor segue a proposta narrativa do Baz Luhrmann em “Moulin Rouge!”, inclusive na proposta de amor, liberdade e revolução. E concordo ainda mais que o filme do Baz é obra-prima se comparado com “Across the Universe”.

Beijos!

Responder

Estou muito afimd e ver esse filme desde que foi lançado nos cienmas.. aí não vem pra cá na minah cidade e agora que quero curti-lo nas lcoadoras… não o encontro disponivel.. ah que raiva!!!
um dia ainda o vejo, ahahha
Beijos, Kamila!!!!

Responder

Uhu template novo…Esse ACROSS é bacaninha justamente pelos videoclipes. Psicodélicos e criativos. Dariam excelentes curtas isolados.

Responder

E ae, Kamila, nem tinha aparecido na sua nova casa nova ainda, está muito bom, sucesso no novo endereço. =D

Eu adorei “Across The Universe”, estou viciado na trilha sonora, quando acabei de assistir o filme fui direto atrás das músicas. Além da trilha a parte técnica do filme dispensa comentários. =D

Responder

Este filme merecia um certo reconhecimento, não acha? Foi uma produção bastante original e atraente, um verdadeiro caleidoscópio. Alucinante. E a presença de Evan rachel Wood, linda e talentosa, além de Jim Sturgess, que você mesma chamou de revelação.
Um abração e bom fim de semana!

Responder

Também gostei do filme, mas não tanto quanto você. Acho que a proposta da diretora foi excelente, mas a realização, nem tanto. Como comentado, o visual é excelente e estava entre os melhores do ano passado (particularmente amei a direção de arte), sem falar que a parte musical não decepciona. O maior problema é mesmo o roteiro, fato pelo qual ele se diferencia de musicais mais bem sucedidos como “Moulin Rouge”. Abraço!

Responder

Kamila, concordo que os aspectos visuais do filme sao primorosos, e gostei bastante da atuacao de Jim Sturgess, alem da quimica entre ele e Evan Rachel Wood, do amor que eh importante na historia, e que faz o espectador acreditar nele. Entretanto, achei o filme uma bagunca total, um embaralhado que as vezes fica sem centro ou unidade. Exatamente essa parte das alucinacoes achei um pouco tosca, algumas cenas pouco fazem sentido.. Em muitos momentos o filme parece uma costura de varios clipes separados… Mas ao fim eh uma experiencia que vale a pena, ate hj guardo muitas das imagens belissimas do filme na mente.

Responder

Rodrigo, como “Across the Universe” foi lançado neste mês nas locadoras, é melhor você ter um pouquinho de paciência que a obra deve estar chegando em breve por aí.

Marfil, exatamente! Tanto é que eles estão todos disponíveis nos extras do filme para a gente rever de forma isolada.

Marcel, obrigada! Ainda não tenho o CD da trilha do filme, mas espero conseguí-lo em breve!

Weiner, eu reconheceria o filme na parte técnica, que é excelente. Bom final de semana para você também!

Vinícius, o filme receberia uma nota maior minha se não fosse a irregularidade do roteiro.

Romeika, concordo com tudo o que você disse.

Responder

Amei as músicas, os arranjos e tudo mais, mas o filme não me conquistou. Esperava mais. Quero ver novamente.

Abraço!!!

Responder

Pedro, como eu não esperava muito desse filme, até que eu gostei dele, com exceção do roteiro, que se perde nos momentos que citei no texto.

Responder

Vi esse filme sem qualquer expectativa e conhecendo pouco do Beatler. No final das contas, o filme só me serviu para conhecer melhor a banda, já que a trilha é perfeita! De resto, achei o filme regular e sem grandes momentos.

Responder

Eu gostei de “Across The Universe” justamente por causa do que você disse, Kamila. Por isso adorei o seu texto e como você soube captar o que há de melhor no filme. Adorei o que foi feito com Strawberry Fields Forever, arranjo e a própria composição daquele momento (numa explosão de simbolismos), mas houveram momentos que fora bastante forçados e fizeram com que o filme perdesse a força. Tudo culpa do roteiro…
Abraço! ^^

Responder

Nós reconhecemos o mesmo defeito: o roteiro e pelo jeito, nos apaixonamos por todo o resto. Adorei este filme e quero vê-lo novamente. A produção toda me levou aos delírios…e AMO The Bealhes. Alucinante é pouco!

Nota 8,0

Ciao!

Responder

Eu não poderia deixar de comentar essa obra-prima da Julie Taymor (logo eu, um beatlemaníaco fora de época). Ainda não consegui comprar o DVD, mas em breve estará na minha videoteca. O clima, as canções, o elenco, tudo parece fundir-se num espetáculo que transcende qualquer opinião que se tenha a respeito da época e da banda. Fenomenal!

Meu outro blog (que não é de cinema):
http://robertoqueiroz.wordpress.com

Responder

Matheus, discordo e acho que o filme tem grandes momentos como a cena final em que o elenco canta “All You Need is Love”.

Luciano, exatamente! Concordo com tudo o que você escreveu! Abraço!

Wally, também concordo plenamente com você.

Responder

Roberto, eu comprei o DVD desse filme. E valeu a pena, porque eu adorei e é daquele tipo de filme que irei rever sempre.

Responder

Pois é, achei um filme muito belo, principalmente por ser fã dos Beatles, o roteiro achei levemente forçado à se enquadrar mas nada que tire a beleza ímpar do filme…

PS: Nada supera o arranjo feito para “Oh Darling” nesse filme…

PS2: Resenha do filme pelo meu blog 🙂 Across The Universe

Responder

Cara da Locadora, não achei o roteiro forçado. E sim, algumas partes do filme que não se encaixavam direito. Ficavam meio soltas. Mas, que o filme tem uma beleza ímpar, isso é a pura verdade! Vou ler sua resenha para o filme.

Responder

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.