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Amor e Inocência

publicado em:21/11/08 9:05 PM por: Kamila Azevedo TV

Em uma determinada cena de “Amor e Inocência”, filme do diretor Julian Jarrold, Jane Austen (a adorável Anne Hathaway) é apresentada a uma escritora especializada em histórias góticas chamada Mrs. Radcliffe (Helen McCrory) e fica surpreendida ao ver que a vida dela era bastante comum e totalmente diferente do que ela imaginava ser. Na sua curta existência, Austen escreveu seis livros (todos são considerados obras importantes para a Literatura Inglesa) e passaria a ter algo em comum com Radcliffe: o fato de que sua bibliografia teve uma temática muito distante daquilo que ela efetivamente viveu.

 

O filme se passa nos idos de 1795, quando a jovem Jane Austen viveu uma história digna de seus romances. Ela se apaixonou perdidamente por um irlandês chamado Tom Lefroy (o também adorável James McAvoy), que retribuía o sentimento e acabou pedindo-a em casamento. Apesar dos dois personagens possuírem muitas características em comum com as heroínas e galãs dos livros de Austen (Jane tinha um pensamento à frente das mulheres de sua época e, apesar das pressões familiares, não iria aceitar o casamento por conveniência – somente por amor; enquanto Tom tinha a petulância e o senso de humor um tanto peculiar de um Mr. Darcy, por exemplo), o casal não terá o final feliz e triunfante que marcam livros como “Orgulho e Preconceito” e “Persuasão” – é bom mencionar aqui que não estou falando nada que ninguém não saiba, já que é público e notório que Austen se manteve solteira até o final de sua vida e nunca se ressentiu do fato de que não teve filhos ou uma vida de casada.

 

Se existe algo que é interessante em “Amor e Inocência” é o fato de que o roteiro de Kevin Hood e Sarah Williams bem que poderia mesmo ser uma adaptação de um livro de Jane Austen. A diferença é que, no filme, a célebre escritora inglesa é colocada no posto de protagonista de uma marcante história de amor. O longa dirigido por Julian Jarrold tem o charme e encanto dos filmes de época ingleses e, de uma maneira interessante, dialoga com “Orgulho e Preconceito” – na medida em que os acontecimentos que vemos serem retratados em “Amor e Inocência” foram a maior fonte de inspiração de Austen na escrita do seu mais famoso livro (os primeiros manuscritos da obra datam de 1796-1797, apesar de o material só ter sido publicado, pela primeira vez, em 1813).

 

Cotação: 7,5

 

Amor e Inocência (Becoming Jane, 2007)

Diretor: Julian Jarrold

Roteiro: Kevin Hood e Sarah Williams (tendo como base as cartas de Jane Austen)

Elenco: Anne Hathaway, James McAvoy, Julie Walters, James Cromwell, Maggie Smith



Jornalista e Publicitária


Comentários


Desde o ano passado fiquei bem curioso em relação a esse “Becoming Jane”, que pelo jeito passou despercebido. Na verdade não espero nada inovador ou mesmo no nível de “Orgulho e Preconceito”, apenas um bom filme com a Anne Hathaway. Abraço!

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Vinícius, eu também estava bem curiosa em relação a este “Amor e Inocência” e fiquei surpresa de ver o filme lançado na HBO antes mesmo de chegar em DVD, no Brasil. E, se você espera somente assistir a um bom filme com a Anne Hathaway, vai ficar extremamente satisfeito com o longa. Abraço!

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Ah, não sabia que esse filme tinha sido traduzido com esse nome. Eu já assisti esse filme muitos meses atrás e gostei bastante. Concordo com você quando diz que o filme é quase como uma outra adptação de um livro de Austen (se eu te entendi bem…) e que flerta bastante com Orgulho e Preconceito – que eu amei, por sinal.
Deu vontade de ler mais sobre J.A. Possivelmente leitura de férias na beira da praia… 😉

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Pensei que tivesse já falando aqui …
Ou confundi …
Mas depois de O Procurado … McAvoy ganhou o meu respeito … e adoro quando ele tá doido para meter bifa na Briony!

Um dia eu vejo esse filme …
Abraços

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É uma história muito bonita. Eu admirei muitas das escolhas do roteiro e do próprio diretor, especialmente perto do fim. O filme pode demorar um pouco para decolar, mas quando vai fundo na sua análise da personagem, se sai vitorioso, realçando sua luta como mulher e como escritora em um tempo onde não se podia ser as duas coisas ao mesmo tempo. Tem suas falhas, mas é bom. E o elenco ta ótimo.

Nota 7,5 (também)

Ciao!

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Eu gosto desse tipo de filme. E acho que esse tipo de papel combina muito com Anne Hathaway, espero gostar do filme!

Bom fim de semana, Kamila!

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Kami, gostei deste filme. Achei doce, sensível e muito bem escrito. Só senti falta de uma direção segura e que não apelasse tanto para alguns clichês… A técnica é muito linda, com destaque para os figurinos. Anne Hathaway está fantástica e se afirma como uma atriz notável.

Ótimo fds, Kami!

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Olá, Kamila! tdo bem?

Gostei de “Amor e Inocência”. Não só por ser admiradora de Jane Austen. Aliás, o filme contou coisas que nem sabia sobre ela! A Anne está muito bem no filme, lembro que quando o filme foi lançado nos E.U.A., estavam cotando-a ao OSCAR. O James tbm está muito bem, acho-o um ator irresistível. rsrs. Depois de “Desejo e Reparação” vejo qualquer coisa dele!

Beijos e tenha um ótimo fim de semana! 😉

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Laís, você me entendeu bem! 🙂 E recomendo mesmo as leituras da Jane Austen. Elas não são somente ideais para um dia de férias, e sim para o ano inteiro.

João, também gosto bastante do McAvoy. Ele não tem uma pinta de galã, mas está virando um dos heróis românticos favoritos do momento. E, tadinha da Briony!!! Tudo bem que ela merecia um tabefe, mas ela já se penitenciou demais por toda a sua vida. Abraços!

Wally, concordo plenamente com seu comentário!

Pedro, também adoro filmes de época e você está certo: as heroínas românticas combinam demais com a Anne Hathaway. Bom final de semana!

Kau, eu acho que o filme tem poucos clichês… Mas, tem mesmo uma técnica linda e uma atriz maravilhosa chamada Anne Hathaway. Ótimo final de semana!

Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Eu também adorei este filme. Me lembro do Oscar buzz, mas o ano passado foi muito forte em filmes e até entendo porque “Amor e Inocência” terminou sendo esquecido. Beijos e ótimo final de semana!

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Não sabia da existência desse filme, sério. Mas estou louco para assistir uma biografia de Jane Austen. Além do mais eu admiro o ótimo trabalho de James McAvoy. Não vai passar batido.

Abraço e um bom domingo!

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Então a Austen já está na lista de leitura obrigatória!

Ah! E sobre as havainas no blog, respondi seu comentário lá… é só clicar na imagem pra comprar… =)

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Rafael Moreira, é bom dizer que esta não é uma biografia sobre a vida da Jane Austen, e sim o retrato de um determinado momento de sua vida, pouco tempo antes de ela escrever a obra máxima de sua Literatura. Abraço e bom domingo!

Laís, muito bem e obrigada pela informação!

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Robson, assisti no canal HBO, mas o filme foi lançado em DVD, se não me engano, no mês passado!

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A escritora praticamente vivendo uma de suas personagens, interessante.

Abraço

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Hugo, exatamente! E este é um dos elementos mais interessantes deste filme. Abraço!

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Kamila, “Becoming Jane” me emocionou muito, acho que devido à boa interpretação dos atores. Já “Miss Austen Regrets” (http://www.imdb.com/title/tt1076240/) achei um pouco confuso, não reconheci a Jane Austen que o filme quis retratar (e não gostei da Olivia Wilde como a Jane). Você assistiu esse último?

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Karla, não conheço este “Miss Austen Regrets”, mas sou familiarizada com o trabalho da Olivia Wilde. Ela é uma atriz somente mediana, nem sabia que ela tinha feito a Jane.

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Ih, na verdade foi a Olivia Williams, e não a Wilde. É o que faz a influência de House na vida de uma pessoa…

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Eh um bom filme, eh como uma historia tirada de um dos proprios livros da escritora, mas sem o feliz. Concordo q a dupla Hathaway-McAvoy eh adoravel:-)

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Karla, sem problemas! A Olivia Williams é aquela que fez a esposa do Bruce Willis em “O Sexto Sentido”, né??

Romeika, exatamente!

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É a esposa do Bruce Willis, sim! No “Miss Austen Regrets” ela “encarna” uma Jane resignada demais, sem espaço para ilusões (deve ter sido isso o que me desencantou). Tão bom ler Austen e sonhar…

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Karla, mas a Jane era o contrário disso!!! E “Becoming Jane” mostra a verdadeira Austen: uma mulher à frente de seu tempo! Já não gostei deste “Miss Austen Regrets”….

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Adoreii o filme mt legal ameii …Acheii ki Jane terminasse comTom Lefroy
pois eles se amavam.
Mas mesmo assim é maravilhoso o filme ameii mt romântico

me emocioneii…

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Dheisa, nem sempre os amores da gente possuem finais felizes… Esse filme nos lembra justamente disso. E ele inspirou uma obra linda! Portanto, é isso que vale!

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Bom sou uma menina simples mas que adoro filmes de época e romantico!
um dia eu estava no meu trabalho e comecei a ver um filme que se chama ORGULHO E PRECONCEITO!!!mas eu não terminei de vê´lo!! então aluguei e amei adorei simplesmente encantei!!! minha irmâ me deu esse filme nossa fiquei muito feliz!!! e agora estou acabando de ver o livro!!então descobri que tinha outros filmes da autora jane e um deles é o AMOR E INOCÊNCIA!!!PUXA ADOREI O FILME EU QUERIA TER UM AMOR DESSE JEITO MAS QUE NOS TERMINASSEMOS JUNTOS IGUAL DO ORGULHO E PRECONCEITO !!!POIS EU QUERO ENCONTRAR UMA PESSOA QUE GOSTE DE MIM E EU DELE!!!TER UMA LOUCA PAIXÃO E UMA VIDA INTEIRA FELIZ ATE EU MORRER!!!UMA HISTORIA DE AMOR!!!
POIS SOU MUITO ALEGRE DESCONTRAIDA VIVO DA MODERNIDADE MAS ACREDITO NOS CONTOS DE FADAS E NO PURO AMOR VERDADEIRO !!!COMO NOS FILMES .POIS ESSE AMOR NÃO CHEGA!!!E ESSES FILMES JA NAO ESTÃO ME DEIXANDO FELIZ MAS SEM ESPERANÇA DE ENCONTRAR UMA PESSOA!!!FALO P/ TDS QUE SO ME CASAREI POR AMOR!!!TENHO MUITAS DISILUSOES GOSTO DE GAROTOS MAS ELES NAO ESTÃO NEM AI P/ MIM!!!EU NUNCA ESQUECI DE UM MENINO QUE GOSTO DELE ATÉ HJ!!!
FINALIZANDO QUERIA QUE TDS AS PESSOAS LÊSSEM OU VISSEM O FILMES DE JANE AUSTEN POIS É MARAVILHOSO!!!OLHA SOU ASSIM E TENHO APENAS MENOS DE 18 ANOS!!!OBRIGADA POR ME EXPRESSAR

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Tininha, eu também adoro “Orgulho e Preconceito”. Sou romântica e também queria viver um amor típico de filmes de época.

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Ao assistir esse filme eu pensava que iria ser um lixo, pelo o fato da atriz “Anne Hathaway” interpretar o papel de Jane Austen, não pelo fato de acharem que ela é péssima atriz, eu a considero uma boa atriz ao interpretar seus papeis; enfim eu estava engana.
Jane Austen ao escrever seus romances para mim ela queria mostrar, ou melhor, queria que a época que vivia pudesse ser igual aos seus livros; que o casamento não seja uma obrigação na vida de uma mulher sem amor. Eu a considero uma ótima escritora ela queria mudar as opiniões daquele tempo e hoje ela conseguiu.
O que diria de Jane Austen? Que sou grata pelos seus livros; e pelas as pessoas ter feito o filme contando a sua história.

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Jossy, bonito comentário, mas eu acho que a Jane Austen não falava primordialmente sobre o casamento sem amor não ser a obrigação na vida de uma mulher. Na realidade, ela falava da descoberta do amor na sua melhor acepção, ela falava do amor em sua forma mais verdadeira, uma vez que o amor vem sempre do conhecimento e da relação estabelecida entre dois seres, com o respeito às suas qualidades e defeitos.

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