Crepúsculo
Em “Aos Treze”, filme que lhe deu notoriedade, a diretora Catherine Hardwicke falava sobre a juventude atual ao jogar um olhar sobre Tracy (interpretada com competência por Evan Rachel Wood), adolescente de 13 anos que vê seu relacionamento com a mãe (Holly Hunter, indicada ao Oscar 2004 de Atriz Coadjuvante) ruir depois que ela descobre o sexo, as drogas e os pequenos crimes.
Já, em “Crepúsculo”, novo filme de Catherine Hardwicke, temos, mais uma vez, o olhar sobre a adolescência, mas encontramos uma protagonista bem diferente de Tracy: a jovem Bella Swan (a talentosa Kristen Stewart). Ela tem um comportamento exemplar e, dentro do seu lar, tem uma mãe (Sarah Clarke) bem presente. É justamente a preocupação desta com aquela que faz com que a adolescente se mude para a casa do pai (Billy Burke), que é xerife na pequena cidade de Forks (localizada no Estado de Washington).
Entretanto, a vida de Bella vai mudar por completo assim que ela conhecer Edward Cullen (Robert Pattinson). O garoto, sim, tem um comportamento estranho: ele gosta de ficar isolado ao lado de seus irmãos adotivos e não tem muito interesse em se misturar com os outros jovens do colégio aonde estuda. Logo saberemos que tal postura é somente uma maneira de Edward se proteger dos outros, de prevenir que eles conheçam a verdadeira origem de sua família (eles são vampiros que tentam viver uma existência normal e, por causa disso, optaram por viver do sangue animal, ao invés do humano).
Todo o roteiro de “Crepúsculo”, que foi baseado no best-seller de autoria de Stephenie Meyer, se apóia no quanto o encontro de Edward e Bella irá afetar os dois, de como o amor que nasce entre eles faz com que o par encare todos os riscos e tente ficar juntos. Se o filme tem o propósito de ser uma grande história de amor e fazer suspirar os adolescentes (o sucesso dos livros de Meyer são a prova de que os jovens atuais não estão totalmente perdidos em seus valores, já que o sentimento existente entre Bella e Edward é retratado de uma forma muito pura e casta), é claro que a narrativa da escritora sempre coloca obstáculos entre o casal – todos eles relacionados às diferenças entre os dois, já que Bella opta por permanecer humana.
Por isso, foi importante a escalação de Kristen Stewart e Robert Pattinson como os protagonistas da série. O par é talentoso e possui uma química enorme. A gente acredita no amor entre Bella e Edward e vê que é difícil mesmo para eles resistirem às tentações que acompanham o relacionamento deles. Imagino que muito do trabalho de Stewart e Pattinson é conseqüência da confiança que lhes foi depositada pela diretora Catherine Hardwicke. Ela faz um trabalho notável nesta introdução ao universo de “Crepúsculo” e, na minha opinião, o estúdio por trás do filme cometeu um erro ao demiti-la da direção da seqüência do longa, que terá o nome de “New Moon”.
Cotação: 9,0
Crepúsculo (Twilight, 2008 )
Diretora: Catherine Hardwicke
Roteiro: Melissa Rosenberg (com base no livro de Stephenie Meyer)
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed, Jackson Rathbone, Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet, Anna Kendrick, Michael Welch
Eu tava na dúvida. Mas agora você me animou e devo ver essa semana 😉
Kamila, por alguma razão eu não tenho a mínima vontade de ver esse filme! Mas seu texto me animou um pouco…
Puxa, Kamila, confesso que não estava com a mínima vontade de ver esse filme, mas agora fiquei bem curioso com seu comentário! Ainda não conheço a obra original, mas sempre acabo gostando desse tipo de trama, sem falar que vampiros chamam minha atenção (vê só “True Blood”, por exemplo). E não sabia que tinham demitido a Hardwicke para o próximo… Abraço!
Olá, Kamila! Tdo bem?
Nunca fiz a leitura do livro, que está sempre na lista dos mais vendidos, e confesso também que não estava curiosa para ver a adaptação do livro. Agora com tudo o que falou no texto e em sua nota, talvez tomo coragem e vejo, rsrs. E acho o melhor filme de Catherine Hardwicke, na minha opinião, é “Aos Treze” mesmo.
Beijos e tenha uma ótima semana! 😉
Hum, confesso que foi a primeira crítica altamente elogiosa a essa adaptação literária para o cinema. Eu gostei de Aos Treze e espero gostar desse filme também, apesar de ter um apelo aos teens-MTV.
E vi algo semelhante em True Blood recentemente, assim como o excelente Deixe ela Entrar, filme sueco com tema parecido e acho difícil esse Crepúsculo atingir o mesmo nível, mas vamos ver.
Corrigindo: Confesso que foi a primeira crítica altamente elogiosa que vi a essa adaptação…
Kami, também assisti ao filme e minha nota foi bem próxima à sua! Adoro a originalidade do tema, pois falar de vampiros e seres fantásticos sempre acaba caíndo em clichês, o que não ocorre em Crepúsculo.
Será minha última resenha do ano! Beijos!
Luciano, que bom. É um filme legal!
Matheus, por quê você não quer ver o filme?
Vinícius, demitiram. Parece que ela foi uma déspota na produção do primeiro filme. O Chris Weitz, que dirigiu “A Bússula de Ouro”, foi contratado para o lugar dela. Abraço!
Mayara, tudo bem, obrigada! Eu concordo que o melhor filme da Hardwicke é “Aos Treze”, mas, aqui, ela faz um ótimo trabalho. Eu gostei tanto de “Crepúsculo” que saí do cinema e comprei os dois livros que foram lançados no Brasil. Beijos!
Ibertson, foi? Não assisti ainda “True Blood” e “Deixe Ela Entrar”, mas “Crepúsculo” é um filme legal, que entretém e tem esse elemento de romance – o qual é muito bem trabalhado.
Kau, o filme tem alguns clichês, especialmente nos diálogos açucarados entre Bella e Edward, mas eu me cativei totalmente pela história. Beijos e vou aguardar a sua resenha!
Acho que não ficou claro, hahahaha. Me refiro aos clichês no que diz respeito ao tema ”vampiros”. Todos estes filmes são embasados em guerrinhas clichês e tal. E este filme vai fundo no amor entre dois seres diferente. Concordo sobre os clichês nos ”diálogos açucarados”!
Beijos1
Kau, sim, com certeza, o filme foge aos clichês dos vampiros. Mas, acho que ainda veremos uma guerra, já que fica subentendido que existem lobisomens no meio da história do Edward e sua família… 🙂
Beijos!
Kamila, não havia lido opiniões muitos boas sobre o filme e, por isso, estou surpreso e contente com sua recepção. Alias, neste Domingo deixei de vê-lo porque estava com o pé atrás (e porque as sessões estavam lotadas). Agora, estou bem mais confiante e, pelos seus comentários, parece que o filme acerca em tudo que “Sangue e Chocolate” errou. Hardwicke, por sua vez, é uma diretora que admiro bastante. E amo Stewart. Vou tentar conferir neste próximo Domingo sem falta.
Ciao!
Wally, “Crepúsculo” é uma obra-prima perto do horroroso “Sangue e Chocolate”. Eu também gosto muito da Hardwicke e da Stewart. Quando conferir o longa, espero que o aprecie.
Então teremos mais uma franquia em Hollywood Kamila, bom, eu não conhecia o livro e nem o filme, achei muito superficial a trama que descreveu, mas acho que deva agradar o público adolescente.
O livro foi bom, mas faltou a batalha final. Não teve ação, mas foi bom. Embora a escrita da autora é bem fraquinha. É um livro de romance e suspence para crianças e jovens.
Espero que o filme tenha mais ação.
Por falar em “Sangue e Chocolate”, sabe que eu não achei de tudo um desastre? 😉 Mas, sobre “Crepúsculo”, eu confesso que não esperava uma nota tão alta. Fico fliz em saber que o casal de protagonistas deu certo, e ainda bem que a Hardwicke fez um bom trabalho – adorei o que ela fez em “Aos Treze”. Não tive o prazer de ler o livro (e nem vou ter o prazer de ver o filme este ano ainda), pois os cinemas daqui pretendem estreá-lo apenas em janeiro. Preferem ficar queimando “Madagascar 2” e “High School Musical 3” e “Max Paine” até o Ano-Novo.
Beijos!
Cassiano, mas é interessante que a trama agrade ao público adolescente, já que retrata coisas que são bem diferentes do que a gente vê atualmente.
Luís Fernando, eu não li o livro, por isso não entrarei em alguns dos méritos de seu comentário. Sinceramente, não senti falta de mais ação. Como o filme era uma introdução ao universo, acho que foi certa a decisão de privilegiar os personagens. Acho que a ação ficará para os próximos filmes.
Weiner, eu achei “Sangue e Chocolate” um desastre. PODRE!!! 🙂 Eu gosto de “Aos Treze”, da Hardwicke e esperava um bom trabalho dela. O que eu não esperava mesmo era ter gostado tanto deste filme. Beijos!
Eu achei legal, nao bom como o livro, mas bacana. O romance fica superficial e tira ritmo, assim como acontece no livro. Mas que bom que gostou!
Pedro, não achei o romance superficial. Acho, inclusive, que o casal sustentou o filme!
Kamila, eu também fiquei desapontado pela demissão da Catherine Hardwicke para comandar a sequência de “Crepúsculo”. Peguei muita empatia pela sua forma de dirigir com base nos seus dois primeiros filmes (“Aos Treze” e “Os Reis de Dogtown”) e continua incrível como a indústria cinematográfica continua por não valorizar as suas talentosas diretoras. Vamos ver se consigo pegar carona com este filme após tentar ver “Marley & Eu”.
Beijos!
Alex, exatamente!!! E eu também devo assistir “Marley & Eu”. Beijos!
assisti a adaptacao otnem e confesso q gostei mto… no inicio nao tinha ritmo, mas depois a historia ganhou dinamismo… a maquiagem é tb de certo modo grosseira, poderia ser melhor.
Lucas, não senti a maquiagem grosseira. O filme é muito bom. Eu adorei!
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Oi Kamila!
Acho que finalmente descordamos totalmente de um filme. Vi faz algum tempo e nunca tinha comentado, daí falei com um pessoal no trabalho e acabei comentando hoje.
Está aí mais uma magia do cinema, nem sempre agrada a todos.
E hoje, se tudo der certo, verei Milk ou Gran Torino, vamos ver.
Abraços,
André
André, as discordâncias sempre são bem vindas. 🙂 Abraços!!
eu amo Eduardo
Fernanda, 🙂
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