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Adam

publicado em:3/02/10 9:25 PM por: Kamila Azevedo Filmes

Existe um certo clichê cinematográfico que fala a respeito de que todo road movie retrata a jornada da personagem principal em busca de si mesma, de uma auto descoberta que vai fazer com que ele (a) seja uma melhor pessoa. Existe outro clichê cinematográfico que nos mostra que todo filme que tem como título o nome do personagem principal nos revela uma história em que esta determinada personagem vai mostrar algo para uma personagem secundária, de forma a fazer com que esta pessoa faça as mudanças necessárias – e positivas – em sua vida. 

É justamente isto que acontece em “Adam”, filme do diretor e roteirista Max Mayer. O personagem principal é um jovem engenheiro eletrônico interpretado por Hugh Dancy. Ele é portador de Síndrome de Asperger, um tipo de autismo que faz com que Adam tenha certa dificuldade em identificar os pensamentos e os sentimentos das pessoas que o rodeiam. Este será o maior obstáculo dele na medida em que o roteiro o coloca estabelecendo uma relação de maior proximidade com a escritora de livros infantis Beth (Rose Byrne). 

O que é construído entre Adam e Beth é uma relação especial e de muita reciprocidade, uma vez que, após a morte do pai, a escritora é a primeira pessoa que o engenheiro eletrônico deixa se aproximar dele. Beth traz para Adam a confiança para ele correr atrás das coisas que vão fazer com que a vida dele seja plena, enquanto Adam traz para Beth a redescoberta do amor, após uma relação que não terminou de uma forma legal, além de histórias interessantes que vão inspirá-la a fazer novos trabalhos. 

A experiência de assistir a este filme é muito interessante porque “Adam” é um filme pequeno, sem muitas pretensões, mas que apresenta uma história que cativa – apesar da pressa do diretor em concluir as coisas e do fato de ele colocar dois pontos de mudança no seu roteiro (somente um, o segundo – e mais forte dos dois – que se apresenta, já era necessário). Entretanto, o aspecto mais notável deste filme é a performance do inglês Hugh Dancy. Este é o “Uma História de Amor” do ano de 2009. Descubra este filme! 

Cotação: 7,0

Adam (Adam, 2009)
Diretor: Max Mayer
Roteiro: Max Mayer
Elenco: Hugh Dancy, Rose Byrne, Peter Gallagher, Amy Irving, Frankie Faison



Jornalista e Publicitária


Comentários


Vi esse filme no mês passado e adorei! Na segunda parte algumas coisas me incomodaram ligeiramente, mas no geral é uma história que realmente nos deixa emocionados. Até passei a gostar um pouco da Rose Byrne depois desse filme, hehehe. E concordo quanto ao Hugh Dancy. Ainda não vi Bridges e Firth entre os indicados ao Oscar, mas para mim ele merecia estar lá.

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Vinícius, na segunda parte algumas coisas me incomodaram também, mas fiquei emocionada com o filme também. E eu já gostava da Rose Byrne antes desse filme. rsrsrrss O Hugh Dancy tá numa EXCELENTE fase. Vem dando boas performances atrás de boas performances.

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Eu me lembro de ter visto um FYC bem bonito desse filme indicando o Hugh. E como eu gosto da Rose, acho que vou gostar também.

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Ainda bem que você falou desse filme, se não dificilmente eu teria conhecimento dele.

Acabei me interessando. Vou conferir se possivel.

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Kamila, já tinha ouvido falar de Adam mas não tinha lido nenhum review ainda. Me animei mais agora. De uma certa forma parece lembrar bastante Mary & Max, que enfoca o relacionamento de um senhor também com Síndrome de Asperger com uma garota. Abs,

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Kamila, também achei esse filme muito bonito. Publicarei a resenha dele em breve.

Beijos!

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Bruno K., de nada! Confira mesmo, se possível!

Beto, não conheço “Mary & Max”. Vou conferir. Abraços!

Ciro, que bom! Espero pela sua resenha! Beijos!

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Acho Hugh Dancy um ator muito talentoso. Por isso mesmo, estou curiosa para assistir “Adam”.

Beijos! 😉

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Não tinha ouvido falar desse filme até ler sua crítica, me pareceu um tanto clichê como você aponta no início do texto, mas mesmo assim, desperta um interesse. Não muito grande, mas um interesse :p

Beijos

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Mayara, eu também acho e ele está ótimo nesse filme. Beijos!

Yuri, exatamente. Um interesse a obra desperta. Beijos!

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Kamila, conferi hoje e adorei o filme. Achei sensível e interessante, trata de um tema delicado com propriedade. O longa realmente me tocou. Obrigado pela dica!

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Filme mais ou menos: pouco jogo de câmera; personagens fáceis e desencontradas, final ridículo e sem cabimento (parece que a “heroína” só queria uma historia nova para publicar)…
Uma coisa, se querem fazerem filme de Asperger tem que conhecer realmente o portador da doença (seus problemas reais no mundo cruel que é o nosso, seus sentimentos e angustias). Temos que parar com esse achismo clicherizado americano de filmes “emocionáveis” como sinônimo de qualidade. Agora atores bons.
Obrigado!

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Robson, de nada! Que bom que gostou do filme!

Fábio, obrigada pelo comentário e pela visita. Acho que você foi muito feliz na segunda parte de seu comentário!

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