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The Pacific

publicado em:23/06/10 12:19 AM por: Kamila Azevedo TV

Há exatamente dez anos, a dupla Steven Spielberg e Tom Hanks ajudou a fazer história na TV norte-americana, bem como foram importantes na definição da HBO como canal de televisão revolucionário, ao produzirem a série “Da Terra à Lua”, que falava sobre as diversas campanhas espaciais da NASA. Em 2001, eles estabeleceram um novo capítulo bem sucedido desta “triceria” com a minissérie “Band of Brothers”, que contava a história de uma companhia de para-quedistas durante a II Guerra Mundial. Nove anos depois, os três polos se juntam novamente, ainda para falar sobre a II Guerra Mundial, com a minissérie “The Pacific”, que promete ser uma das grandes favoritas da ATAS no próximo Primetime Emmy Awards. 

Dividida em dez capítulos, “The Pacific” enfoca as ações do Corpo de Fuzileiros Navais nas ilhas japonesas do Oceano Pacífico. Neste sentido, temos três personagens principais: Robert Leckie (James Badge Dale), Eugene Sledge (Joseph Mazzello) e John Basilone (Jon Seda). O primeiro era fuzileiro naval, o segundo servia como morteiro (armamento que joga granadas a longo alcance); enquanto o terceiro, de simples soldado passa a Sargento, heroi de guerra, poster boy da campanha dos Fuzileiros para arrecadação de recursos para a guerra, formador de novos soldados e, mais uma vez, herói da batalha travada no Iwo Jima.

O interessante em “The Pacific” é que, ao colocar o olhar nestes três homens, você tem diferentes perspectivas sobre a guerra, sobre as transformações que um conflito como este causa na vida de jovens como eles e sobre como cada um deles se encontra no meio de uma situação que ninguém gostaria de viver. Tanto os conflitos internos deles, quanto os externos que eles vivem são elementos que fazem com que a gente se envolva com a série. Entretanto, é bom notar que a série só engata mesmo a partir do 5º capítulo, que é quando Eugene Sledge começa a tomar lugar como protagonista de direito de “The Pacific”. É Eugene que vai ser a representação da grande mensagem desta minissérie: o homem, quando está em batalha, sabe muito pouco sobre seu inimigo. Entretanto, ele vai descobrir um monte de coisas sobre si mesmo. Acertar as contas com Deus pelos atos cometidos é fácil, difícil é acertar as contas consigo mesmo. 

Dirigida por alguns profissionais bastante experientes na televisão, como Jeremy Podeswa e Timothy Van Patten, “The Pacific” é uma série que, na parte técnica, chama a atenção. A trilha composta por Blake Neely e Hans Zimmer emociona, tanto nos créditos de abertura, quanto nos momentos finais do último episódio. A fotografia de Remi Adefarasin é um deleite para os olhos. A edição é extremamente eficiente. Fica até difícil escolher somente um grande momento, porque, a partir do 5º capítulo, a série alcança outro nível de excelência, mas a cena que ficará na minha memória é a de Eugene Sledge chegando na ilha de Peleliu. Um plano sequência sensacional (cortesia do diretor Carl Franklin), que marca o ponto de virada deste programa – e que vai evocar nos cinéfilos sensações que lembram aqueles 30 minutos iniciais sensacionais de “O Resgate do Soldado Ryan”, dirigido por Steven Spielberg. 

Cotação: 8,5

The Pacific (The Pacific, 2010)
Direção: Jeremy Podeswa, Timothy Van Patten, David Nutter, Graham Yost, Carl Franklin, Tony To
Roteiro: Chuck Tatum, Bruce C. McKenna, Robert Schenkhan, Laurence Andries, Michelle Ashford (com base nos livros de Robert Leckie e Eugene Sledge)
Elenco: Joseph Mazzello, James Badge Dale, Jon Seda, Chris Milligan, Ashton Holmes, Martin McCann, Josh Helman, Keith Nobbs, Rami Malek, Toby Leonard Moore, Jacob Pitts 



Jornalista e Publicitária


Comentários


Fiquei interessada principalmente por isso: “Um plano sequência sensacional (cortesia do diretor Carl Franklin), que marca o ponto de virada deste programa – e que vai evocar nos cinéfilos sensações que lembram aqueles 30 minutos iniciais sensacionais de “O Resgate do Soldado Ryan”, dirigido por Steven Spielberg.”

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O resgate do soldado Ryan sempre, para o bem e para o mal, será uma referência nas produções de Spielberg e Hanks. Especialmente quando elas se dedicarem a segunda guerra. Concordo contigo quanto ao esmero técnico de The pacific, mas creio que a minissérie não marcará época como Band of brothers. É, em termos dramáticos, menos notável.

abs

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Abs não, beijos mesmo! rsrs

muitos beijos

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Marconi, por incrível que pareça eu acho que esta minissérie trata pouco dos efeitos das guerras nos seres humanos. Acho que a série mostra, no entanto, um lado bem válido, que é esse da rotina diária no conflito.

Reinaldo, eu concordo contigo. É uma série com potencial dramático menos notável. Beijos!

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Realmente a cena que você comento é espetacular, fiquei de queixo caído. Ainda preciso ver os últimos capítulos, que acabei perdendo na exibição pela HBO, mas sem dúvida pode ser considerada uma das melhores minisséries que já vi.

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oiii
eh boa a serie
porem nao tanto qnt band of brothers hjehehe

passa la

bjo

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Vinícius, confesso que eu assisti a séries melhores que “The Pacific”, mas esta, mesmo sendo somente mediana, ainda é acima da qualidade normal.

Airton, como eu não assisti “Band of Brothers”, vou me abster de concordar contigo ou não. Beijo!

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É mesmo uma ótima mini-série, e acho que daria a mesma nota. Achei a sequência de Sledge na cabana arrebatadora, me comovendo demais. E aquele plano sequência é mesmo fantástico!

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