Ah… O Amor!
Em 2003, o diretor Richard Curtis dirigiu a comédia romântica “Simplesmente Amor”, que reunia um grande elenco em histórias de amor que se intercalavam na véspera do Natal, em Londres. Provavelmente, inspirado por essa ideia, o diretor Fausto Brizzi realizou a versão italiana desse filme. “Ah… O Amor!” reune seis casais em histórias que se entrelaçam entre a véspera do Natal e o Dia dos Namorados.
Assim como em “Simplesmente Amor”, em “Ah… O Amor!” temos diversas maneiras de viver esse sentimento sendo retratada: um casal em pleno processo de divórcio e da disputa da guarda dos filhos; um casal de meia-idade que decide seguir caminhos opostos depois dele decidir que quer curtir a vida ao lado de companhias mais jovens; o divorciado que precisa assumir a criação das duas filhas após a morte da ex-mulher; a jovem que está prestes a se casar, mas reencontra um antigo amor do passado que mexe com as suas estruturas; um casal que vive um relacionamento à distância; e um homem que se sente ameaçado pela presença constante – e ameaçadora – do ex-namorado na vida de sua noiva.
A partir desses princípios, temos uma série de encontros e desencontros que possuem o propósito de nos lembrar que o amor é um sentimento que tem que ser valorizado – e cultivado – no momento em que o estamos vivendo, e não quando estamos prestes a perdê-lo (a presença de duas datas significativas, em que as pessoas já estão normalmente carentes, é somente uma coincidência).
E, já que insistimos tanto na comparação entre “Simplesmente Amor” e “Ah… O Amor!” no decorrer deste texto, a grande diferença entre as duas obras se encontra no tom adotado por Fausto Brizzi para contar a sua história. Se “Simplesmente Amor” privilegiava o elemento do romance, com cenas fofas e que nos derretiam por completo; “Ah… O Amor!” quer nos divertir, quer mostrar o atabalhoamento do amor, a forma como ele nos deixa completamente bobos e sujeitos a atitudes que são cômicas, mesmo….
Cotação: 5,0
Ah… O Amor! (Ex, 2009)
Direção: Fausto Brizzi
Roteiro: Fausto Brizzi, Massimiliano Bruno e Marco Martani
Elenco: Claudia Gerini, Flavio Insinna, Gianmarco Tognazzi, Fabio de Luigi, Alessandro Gassman, Claudio Bisio, Carla Signoris
Passou por aqui bem despercebido.
Uma pena que perdi e não pude conferir sua estreia por aqui, e o mais engraçado é que não encontro o dvd do filme por aqui.
Abraços Milla!
João, acho que deve ser difícil mesmo encontrar o DVD de um filme como esse por aí! Que pena que perdeu a chance de conferir no cinema. Abraços!
Um bocado de filmes nesse estilo estão surgindo (aquele hollywoodiano vai ter até continuação agora). Mesma linha legal, sem nada novo a acrescentar. Se ao menos fosse divertido…
Interessante, apesar da nota, hehe. Vou ver se consigo encontrar por aqui.
Wow… parece ser bem meia boca, mas até que fiquei relativamente curioso!
Luís, não sabia que “Idas e Vindas do Amor” iria ter uma continuação. Se for assim, espero que seja bem melhor que o longa original.
Amanda, a nota é uma questão subjetiva. rsrsrsrsrs
Bruno, vale a pena assistir este filme.
O que é, afinal de contas, cultura cinematográfica? Quando se pode dizer que determinada pessoa tem cultura cinematográfica? Apoiando-me numa preciosa definição do falecido crítico literário José Paulo Paes, tradutor e ensaísta de grande renome, vou tentar expandir o seu conceito de cultura para o cinema. Disse ele numa palestra: “Cultura não é acumulação de informação, é assimilação de informação, é tudo aquilo de que a gente se lembra após ter esquecido o que leu. A cultura se revela no modo de falar, de sentar, de comer, de ler um texto, de olhar o mundo. É uma atitude que se aperfeiçoa no contato com a arte. Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica o seu olhar. (Veja bem, a observação, aqui: “Cultura é o que modifica o seu olhar”). Não é preciso ler muito, mas ler bem”. Procurando aplicar, ao cinema, o que José Paulo Paes definiu como cultura, podemos dizer que o verdadeiro cinéfilo é aquele que assimila bem os filmes vistos e, por conseguinte, lembra-se de certas sequências após ter esquecido o que viu. Existem, infelizmente, pessoas que assistem aos filmes como produtos meramente descartáveis, esquecendo-os completamente pouco tempo depois de tê-los visto. Ora, pessoas assim não podem ser consideradas cinéfilas, porque, para poder ostentar esta condição, de apreciadoras do cinema, devem, antes de tudo, assimilar bem o que viu para, então, ter, até, modificado o seu olhar pela influência de certas obras fundamentais.
Oi Kamila, tenho um pouco de preguiça para com filmes assim, acho eles meio clichês…aposto que num dado momento deste filmes aparece aquela versão americana de Gingle Bell..presente em vários filmes, como Amor não tira férias…se bem que ele (o filme) é italiano.
Nossa, que comentário ridiculo.
Brad, obrigada pela demonstração de cultura cinematográfica. Se você acha que este espaço não tem isso, sinta-se à vontade para não mais visitar-nos. Agora, custa pedir um pouco de respeito à opinião dos outros? Desnecessário seu comentário ao Flávio.
Flávio, não aparece essa versão, não…. Mas, não tenha preguiça para obras nesse estilo.
Nunca consigo entender muito seu texto com sua nota, rs! Mas, tudo bem, rs.
Bom, me falaram bem desse filme, vou aguardar o lançamento em dvd e vejo em casa. Beijo
Cristiano, só eu que entendo mesmo. Os critérios das notas são muito subjetivos! rsrsrsrs Beijo!