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Cena da Semana

publicado em:24/06/12 9:34 PM por: Kamila Azevedo Cena da Semana

(“Os Homens que Não Amavam as Mulheres” [2009] – direção: Niels Arden Oplev)

Sei que este longa é o original da trilogia “Millennium”, a qual é baseada na série de livros escrita pelo sueco Stieg Larsson, e que, além de ter sido muito bem recebido pela crítica norte-americana, acabou servindo também como base para a refilmagem norte-americana do diretor David Fincher. Porém, é impossível assistir a este filme e não tecer comparações justamente com o remake. “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, em sua versão original sueca, não difere muito da visão de David Fincher desta história. Praticamente, todos os elementos explorados pela adaptação sueca estão presentes também no filme norte-americano. A grande diferença vem da direção de Niels Arden Opley. Se David Fincher privilegia quase um tom documental e frio na sua abordagem narrativa, o diretor sueco oferece mais calor, mais humanidade ao seu filme. Isso está visível na forma como a história pessoal da heroína Lisbeth Salander nos é passada. Ainda falando sobre esta personagem, veja também a maneira como Noomi Rapace (que ganhou uma projeção internacional enorme com esse longa) interpreta Lisbeth. Ao contrário de Rooney Mara, que interpreta Lisbeth com uma frieza e calculismo extremos, Rapace não tem medo de oferecer certa vulnerabilidade (principalmente, emocional) à sua personagem. A adaptação norte-americana só ganha da sueca em um aspecto: o Michael Blomqvist de Daniel Craig é bem mais interessante do que o de Michael Nyqvist.



A última modificação foi feita em:julho 2nd, 2012 as 11:15 pm


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Comentários


O que eu mais gostei da visão de Fincher é o sofrimento causado pelos homens da vida de Lisbeth/Rooney Mara.Já a versão original de Niels Arden Opley mostra mais a raiva que Lisbeth/Noomi Rapace tinha dos homens(pra mim Lisbeth nem gosta deles e sim delas) o que fica mais claro no segundo filme,uma das primeiras cenas é Lisbeth fazendo sexo com uma mulher.Prefiro a versão de Fincher.

Beijos!

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Kamila, bastante pertinente sua colocação sobre a atuação da Noomi. Existe realmente uma diferença muito grande no modo como os “hollywoodianos” interpretam para com os atores de outros países. Ultimamente tenho assistido muitos filmes “estrangeiros” e percebido nitidamente estas distinções.

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Com certeza, Daniel Craig é bem mais interessante do que Michael Nyqvist, hehe. Mas, não acho só isso de melhor na versão americana. Não achei a visão de Fincher tão fria assim, talvez eu devesse rever a sueca agora, depois de ver a outra versão, mas achei que a direção de Niels Arden Opley não me deu uma sensação de tensão tão forte quanto o livro.

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Paulo, eu concordo com a sua visão sobre a relação das duas Lisbeth Salander com os homens. E eu não sei qual filme prefiro… Beijos!

Flavio, exatamente.

Amanda, o Craig é bem mais interessante mesmo! rsrsrs Eu concordo que o filme sueco não é tão tenso quanto o de Fincher. Boa observação, a sua!

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Não vi a versão norte americana então não posso comparar. Mas o filme sueco é um excelente Thriller. Eu adorei a história e os personagens.

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Olha Ka… eu acho que a Lisbeth de Rooney Mara surge muito mais vulnerável emocionalmente do que a Lisbeth de Noomi Rapace. E, bem, já havia dito que acho esse filme (que é muito bom) um rascunho da versão de Fincher – na minha avaliação o melhor filme lançado nos cinemas nesse ano até aqui.
bjs

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João Linno, eu gostei do filme sueco, especialmente da forma como a Lisbeth foi mostrada.

Reinaldo, eu discordo de você, mas tudo bem! 🙂 Eu sei que você gosta muito da versão de Fincher, porém acho que essa obra está bem LONGE de ser considerada o melhor filme lançado nos cinemas em 2012. Beijos!

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Kamilla, fiquei feliz por você ter visto esse filme (vários leitores do blog haviam pedido, inclusive eu) e ter sido capaz de enxergar o méritos dele apesar do apelo Hollywoodiano da outra versão.

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Elloa, que bom que gostaram! Eu tinha o Blu-Ray desse filme há um tempão, mas só tive tempo de assisti-lo neste final de semana.

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Kamila, eu vou discordar de você quando vc diz que a versão sueca é melhor. Eu gostei bem mais da versão do Fincher justamente por causa da tensão e do clima de suspense que o diretor constrói e da caracterização da Rooney Mara que é mais próxima da visão que eu tenho da Lisbeth do livro que a da Noomi.

Mais entendo o seu ponto de vista quando diz que a versão do Opley é mais humana, que possui mais calor. E concordo contigo que a atuação Daniel Craig é bem mais complexa e interessante do que o de Michael Nyqvist.

Abraços!

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Clóvis, mas, eu não disse que a versão sueca é melhor que o filme do Fincher. Eu só fiz um comparativo entre as duas versões sem apontar qual a minha favorita. Abraços!

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