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O Vingador do Futuro

publicado em:11/09/12 12:16 AM por: Kamila Azevedo Cinema


Remake do homônimo filme de ação dirigido por Paul Verhoeven em 1990, “O Vingador do Futuro”, do diretor Len Wiseman, em comparação com o longa original, mantém a essência do personagem principal, que descobre, no futuro, que suas memórias foram alteradas e entra numa jornada em busca da sua verdadeira identidade, ao mesmo tempo em que embarca numa missão de salvar a comunidade na qual ele está inserido – o que faz com que Douglas Quaid/Karl Houser seja uma espécie de precursor de um heroi como Jason Bourne, que tinha um conflito interno muito parecido com o do protagonista desta obra.

A nova versão se passa num momento em que a humanidade foi quase dizimada, após um desastre químico, e está dividida em duas comunidades: a UFB e a Colônia, ambas com um espaço mínimo a ser habitável. Douglas Quaid (Colin Farrell) é um dos muitos residentes da Colônia que viajam diariamente para a UFB por meio do “The Fall”, um elevador que faz o percurso ao redor da terra em tempo recorde. Ambas as comunidades são lideradas por Vilos Cohaagen (Bryan Cranston), o qual explora muito bem do ponto de vista político as “ameaças” de um grupo terrorista que contesta a supremacia da UFB sobre a Colônia.

O grande ponto de virada da trama de “O Vingador do Futuro” é a necessidade que Quaid sente de desvendar um pouco as suas lembranças do passado, que aparecem para ele em pesadelos. Quando ele contrata os serviços da empresa Rekall, ao invés de ganhar uma viagem fictícia em torno de suas memórias, ele vê a sua verdadeira personalidade vindo à tona – e é essa jornada que dá o tom ao filme, uma vez que toda a trama se apoia nas transformações pelas quais Douglas Quaid passa quando ele descobre que, na realidade, ele se chama Karl Houser e tem um papel fundamental para a resistência ao regime de Cohaagen.

Do ponto de vista técnico, “O Vingador do Futuro” tem algumas qualidades interessantes, especialmente na forma como a direção de arte constroi os diversos ambientes nos quais se passam a trama do filme. O diretor Len Wiseman surpreende ao dirigir com rédeas fortes a sua trama, criando cenas de ação que são muito bem feitas e explorando um clima de tensão que combina muito com a dualidade das personalidades de Douglas Quaid/Karl Houser. Apesar de contar com atuações bem caricaturais de atores como Bryan Cranston e Kate Beckinsale, “O Vingador do Futuro” aposta num fórmula segura, que diverte a plateia, porém não chega a superar a sua versão original.

O Vingador do Futuro (Total Recall, 2012)
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Kurt Wimmer e Mark Bomback (com base na história de Ronald Shusett, Dan O’Bannon, Jon Povill e Kurt Wimmer, além do conto escrito por Philip K. Dick)
Elenco: Colin Farrell, Kate Beckinsale, Jessica Biel, Bryan Cranston, Bill Nighy, John Cho



A última modificação foi feita em:setembro 24th, 2012 as 6:40 pm


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Comentários


Pois é, um bom filme de ação, mas que comparado ao original fica muito aquém e se torna quase desnecessário…

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Kamila,vc acredita que não assisti o primeiro “O Vingador do Futuro” rsrs.Mas tenho curiosidade de conhecer o original pelo Paul Verhoeven.Não gostava de Colin Farrell mas ele vem acertando.Esta envelhecendo,virando “ator” e não “celebridade” e abandonou as drogas.bjs.

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Amanda, exatamente.

Paulo, assista ao original primeiro, antes de ver o remake. O filme do Paul Verhoeven é muito bom. Eu acho que o Colin Farrell poderia ter uma carreira bem melhor do que a que ele tem. Ele poderia ter uma carreira bem mais versátil como ator. Mas, aos poucos, depois dos percalços em sua vida pessoal, ele está se recuperando.

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Eu vi esse filme e não gostei muito não. Achei “genericão”…hehehe… mas no ponto de vista técnico é interessante mesmo, mas o do titio Arnoldão é mais divertido. Abraço.

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Acho que tudo que esse filme não quer ser é como o original. Daí que o próprio roteiro tem modificações, de fatos e personagens. Mas mesmo assim eu ainda gosto do filme, é mais pancadaria e parafernália futurista.

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Mais do mesmo, não? por isso, quero ver depois, sem pressa. Confesso que curto Colin, mas achei esse filme desnecessário – até pq, o antigo é a “cara” de minha infância, meu pai é um admirador do filme, sempre via em casa…

beijos

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Cristiano, sim, bem mais do mesmo. Assista depois, de preferência em casa. Talvez, esse remake fique bem melhor. Eu também gosto do Colin, mas acho interessante a forma como o remake foi feito, especialmente por causa das mudanças na narrativa, o que faz desse filme um longa com características próprias. E eu valorizo isso. Beijos!

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