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O Exorcista: O Início

publicado em:20/08/13 1:16 AM por: Kamila Azevedo Filmes

Quando o diretor William Friedkin lançou o filme de suspense/terror “O Exorcista” em 1973, o longa logo se tornou um marco da história do cinema por diversas razões, entre elas os efeitos especiais inovadores para a época e o roteiro do filme, que até hoje ainda causa arrepios em muita gente. O filme ainda continua a ser um dos poucos do gênero a ter ganhado o Oscar principal (o de Melhor Filme).

No entanto, no caminho de “O Exorcista” estavam diretores de estúdio gananciosos que, em busca de um maior lucro, fizeram com que o filme tivesse continuações que não estavam à altura da obra original. Vendo por este sentido, a realização do prequel “Exorcista: O Início” era completamente desnecessária. Na realidade, “Exorcista: O Início” já chegou aos cinemas de todo o mundo no meio de uma controvérsia: o estúdio Morgan Creek fez duas versões, roteiros, filmagens e edições do filme. Uma com o diretor Paul Schrader – que desagradou aos chefões do estúdio – e outra com o diretor Renny Harlin – que viu a sua versão sendo lançada.

A única coisa em comum entre as duas versões foi a presença do ator Stellan Skarsgaard no elenco. Skarsgaard interpreta o Padre Merrin, que passou a morar no Quênia depois de abandonar a batina. Este acontecimento ocorreu em decorrência da perda de fé que Merrin experimentou depois de ver as atrocidades cometidas pelos nazistas durante a II Guerra Mundial. Desde então, as lembranças desta época atormentam Merrin e transformaram-no em um homem cabisbaixo, sisudo e amargurado.

É em uma de suas solitárias noites que Merrin recebe uma proposta: ajudar os britânicos na escavação de uma antiga igreja romana que foi encontrada no meio de uma tribo queniana e encontrar um artefato que simboliza o demônio. Merrin é credenciado para o trabalho, pois é um arqueólogo formado pela Universidade de Oxford e especialista em ícones religiosos. Merrin embarca na missão, mas o que encontra lá é uma série de acontecimentos estranhos e que estão influenciando o contato entre a tribo queniana e os britânicos.

Dentre estes acontecimentos estão o aparecimento de hienas assassinas, a descoberta de cruzes invertidas, o enlouquecimento do arqueólogo responsável pela escavação e a mudança de comportamento de certas pessoas. Toda a chave por trás do ocorrido está na Igreja e o Padre Merrin terá que enfrentar e repensar suas crenças para evitar que os britânicos e a tribo queniana repitam as cenas de atrocidade que ele vivenciou na II Guerra Mundial.

“Exorcista: O Início” confirma sua primeira impressão: é um filme desnecessário. Apesar de bem executado pelo diretor Harlin, o filme não assusta muito e se apóia mais na intenção de mostrar o medo como um sentimento presente, mas que não é importante. O foco se volta para a impotência do Padre Merrin diante de toda a situação retratada no filme. É importante lembrar que tudo isto vale para a versão de Harlin. Para saber se Schrader foi mais bem-sucedido, basta aguardar e assistir ao DVD do filme.



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