Mad Max: Estrada da Fúria
O nome do filme é “Mad Max: Estrada da Fúria”, mas bem que poderia se chamar “Furiosa”, já que, na obra dirigida e co-escrita por George Miller, é em torno dessa forte personagem feminina (interpretada por Charlize Theron) que gira toda a trama, bem como a maior parte das personagens. Como nos outros filmes dessa clássica trilogia dos anos 80, então estrelada por Mel Gibson, estamos num mundo pós-apocalíptico, em que os recursos naturais do planeta terra estão escassos e em que os seres humanos regrediram ao ponto de terem um único instinto: o de sobrevivência.
O deserto australiano no qual se passa “Mad Max: Estrada da Fúria” é perfeito para retratar a solidão e a sujeira dessa nova conjuntura humana, mas, principalmente, o inferno em que o mundo se transformou. A loucura de Max (Tom Hardy) é um reflexo dessa nova realidade, bem como do seu turbulento passado. Por outro lado, o foco e a força da Imperatriz Furiosa também são um produto dessa realidade. O contraponto interessante, nesse caso, é que é justamente a esperança em vivenciar algo melhor que acaba unindo todos eles – mesmo que eles sejam céticos em acreditar nisso, em primeiro lugar.
O roteiro escrito por George Miller, Brendan McCarthy e Nico Lathouris se passa num momento em que Furiosa lidera um grupo em fuga da cidadela tiranizada por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne). Com a ajuda de Max e de Nux (Nicholas Hoult), Furiosa irá enfrentar todas as gangues convocadas por Joe com o objetivo de mostrar que uma nova realidade pode ser vivida e conhecida, em que os seres humanos podem voltar aos seus instintos básicos, sem escravidão e pobreza.
“Mad Max: Estrada da Fúria” parece uma grande viagem conceitual em torno de algo que merece uma reflexão importante: a possibilidade real da escassez dos recursos naturais que temos no planeta terra. George Miller potencializa isso ao mostrar a obsessão humana pelo controle e pela submissão como uma verdadeira loucura. Pessoas como Furiosa, Max e Nux oferecem o outro lado: o da coragem suficiente para colocar toda a sujeira no ventilador e enfrentar as consequências por isso. Talvez, em decorrência dessa escolha narrativa, “Mad Max: Estrada da Fúria” seja um filme, por muitas vezes, esquizofrênico, rock ’n roll, exagerado e berrante. Mas, necessário, especialmente numa época em que o cinema está carente de filmes como esse, que são cheios de originalidade e de uma visão de autor.
“Esquizofrênico, rock ’n roll, exagerado e berrante”, mas tão próprio e envolvente, que não tem mesmo como sair do cinema sem a sensação de satisfação. 😉
Um filme raro na seara atual, como vc bem observou. Para mim, “Mad Max: Estrada da fúria” já é um dos filmes do ano. E Furiosa é sensacional!
Bjs
Um dos melhores filmes do verão americano.Tem muita ação,paixão do realizador George Miller,Charlize Theron ótima e um visual arrebatador.É um calor australiano que irradia a tela.Sem dúvida um dos grandes filmes de 2015(o melhor ainda é “Divertida Mente”).
Amanda, com certeza!
Reinaldo, para mim, também! Um dos melhores filmes do ano, com uma grande personagem feminina.
Paulo, o melhor filme do verão norte-americano, junto com “Jurassic World”.
acredita que minha experiência ficou prejudicada por ter assistido ao filme em um cinema bem podre? o som era baixo e a imagem não era das melhores. apesar disso, me empolguei bastante com as cenas de ação e com essa espetacular personagem feminina!
ps: não lembro se eu já tinha dito… mas o visual do site está muito bacana!!
Bruno, que pena que a experiência cinematográfica não foi das melhores, mas é fato que “Mad Max: Estrada da Fúria” é um GRANDE filme. Obrigada! 🙂
[…] Film Critics Association (BFCA), grupo que outorga o prêmio, foi bem incisiva nas suas escolhas. Mad Max: Estrada da Fúria foi o grande vencedor da noite com 9 prêmios, incluindo um para George Miller em Melhor Direção, […]
[…] categoria principal da noite. Superando o favoritismo recente de O Regresso e os seis prêmios de Mad Max – Estrada da Fúria, o Melhor Filme de 2016, de acordo com a AMPAS, foi Spotlight – Segredos Revelados. Uma surpresa […]