Resenha Crítica: “Depois Daquela Montanha”
Baseado no livro homônimo escrito por Charles Martin, Depois Daquela Montanha, filme dirigido por Hany Abu-Assad tem uma situação central com a qual iremos ter empatia logo de cara: devido a iminência de uma tempestade, o médico Ben Bass (Idris Elba) e a fotógrafa Alex Martin (Kate Winslet) ficam impossibilitados de chegarem aos seus destinos, na medida em que o aeroporto da cidade em que eles estão é fechado para voos. Como ambos têm pressa de chegar em casa, eles se unem, contratam um avião e partem rumo ao seu local de chegada.
Só que um desastre os impede de cumprirem aquilo que estava planejado. Isolados em uma montanha, sem que qualquer pessoa do convívio deles saibam onde eles estão, os dois têm que encontrar uma maneira para, não só sobreviver, como também de serem resgatados. O problema é que Ben e Alex são estranhos um ao outro. Dessa maneira, o filme acaba se dedicando mais à dinâmica que se estabelece entre eles, na medida em que eles têm que aprender a conviver um com outro, se conhecendo, se ajudando e tentando, juntos, saírem dali.
Depois Daquela Montanha, em sua essência, é um filme bastante simples, mas que aposta diretamente na conexão da plateia com a sua história. Para um longa como esse, é primordial que os espectadores comprem a história desse par e embarquem junto com Ben e Alex da jornada que eles estão prestes a vivenciar. A obra surpreende por ter um carisma próprio, por respeitar o seu tempo peculiar de desenvolvimento da história e por nos fazer torcer por essas personagens (além disso, tem um cachorro que os acompanha e que também captura nossa atenção e torcida). Mérito de Idris Elba e de Kate Winslet, que estão ótimos juntos.
Depois Daquela Montanha (The Mountain Between Us, 2017)
Direção: Hany Abu-Assad
Roteiro: Chris Weitz (com base no livro escrito por Charles Martin e no roteiro de J. Miles Godloe)
Elenco: Idris Elba, Kate Winslet, Beau Bridges, Dermot Mulroney
Avaliação/Nota
Média Geral
É isso, o filme tem seu carisma, mas poderia ser tão melhor…
Amanda, também acho que poderia ter sido muito melhor!