Resenha Crítica | “Terra Selvagem”
Os créditos que fecham Terra Selvagem, filme dirigido e escrito por Taylor Sheridan, expõem bastante o por quê da importância da história que este longa nos conta: trazer à tona a situação das mulheres de origem indígena, nos Estados Unidos, as quais não são incluídas nos índices nacionais de mulheres desaparecidas no país. Por quê ocorre esta distinção, no entanto, é importante frisar, é algo que o filme não tem intenção de explicar.
A história se passa durante o inverno, num clima extremamente frio, em uma cidade cujas montanhas estão totalmente cobertas por neve. Em uma das suas missões como caçador de predadores, Cory Lambert (Jeremy Renner) se depara com o corpo da jovem Natalie (Kelsey Asbille), que tem origem indígena. De forma a poder investigar o crime, ele se junta ao chefe da polícia local (Graham Greene) e a Jane Banner (Elizabeth Olsen), agente do FBI.
O interessante do roteiro escrito por Taylor Sheridan é como ele amarra as pontas da história, unindo a investigação do crime ao passado de Cory (que é casado com uma descendente de índios e perdeu uma filha adolescente em circunstâncias parecidas com o crime de Natalie) e à tentativa de autoafirmação de Jane, que, no meio de profissionais experientes e de situações totalmente novas em sua trajetória como agente, tem que aprender a se firmar.
Terra Selvagem chama a atenção por ser um filme surpreendente. A condução da (previsível) trama é feita com muita maestria por Taylor Sheridan, que constrói um filme policial digno do gênero e com alguns momentos inquietantes. Além disso, o diretor soube arrancar ótimas atuações de seu elenco, em especial de Jeremy Renner e de Elizabeth Olsen. Um dos melhores filmes a chegar no Brasil, em 2017, sem dúvida alguma.
Terra Selvagem (Wind River, 2017)
Direção: Taylor Sheridan
Roteiro: Taylor Sheridan
Elenco: Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Graham Greene, Kelsey Asbille, Julia Jones, Teo Briones, Althea Sam, Jon Bernthal
Avaliação/Nota
Média Geral
parece um filme de crime/mistério de boa qualidade. vejo que está em algumas listas de melhores do ano de blogueiros por aí.
é apenas o segundo filme do diretor taylor sheridan, que estreou na direção com um filme de horror chamado Vile em 2011, com nota bem baixa no IMDb.
Hurley, sim, foi uma das agradáveis surpresas que tive no cinema, em 2017. Um ótimo filme!